
Novamente, a Mercedes-Benz confirmou a demissão de funcionários da fábrica de caminhões e ônibus em São Bernardo do Campo (SP). Segundo a montadora, são 1.870 trabalhadores excedentes atualmente. Até junho eram 2.500, porém 630 entraram para o Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto naquele mês. Ainda assim, a adesão ficou abaixo da expectativa da empresa: "Nesse momento, diante de um cenário que tem se agravado cada vez mais, não temos outra alternativa a não ser a redução do quadro de pessoal dessa fábrica", afirma em nota a Mercedes-Benz . A fabricante já havia comentado a possibilidade de cortes no Brasil, porém ainda não divulgou se demitirá todos os 1.870 funcionários que considera excedentes. No entanto, somente a partir de setembro é que estes cortes podem ter início, pois, toda a fábrica aderiu ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE) entre setembro do ano passado e o fim de maio deste ano, o que garante aos funcionários estabilidade até 31 de agosto. Ao todo, 1.400 empregados estão em licença remunerada por tempo indeterminado desde fevereiro. "Ainda assim, a fábrica continua operando com um dia a menos na semana com a concessão de folga remunerada para os demais funcionários das áreas produtivas", disse a Mercedes. "Há 4 anos, o desempenho do mercado de veículos comerciais tem sido muito difícil. A Mercedes-Benz tem sofrido os efeitos dessa drástica queda causada pela crise política e econômica do país", argumentou. "É importante lembrar que, desde 2014, a empresa vem adotando diversas medidas de flexibilidade e gestão de mão de obra para gerenciar o excedente de mais de 2,5 mil pessoas na fábrica de São Bernardo do Campo."