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No mês passado, a Chevrolet anunciou no Salão do Automóvel o início da importação oficial do Camaro SS, um muscle car criado na década de 1960 e que chega à quinta geração. Pela GM, só chegará o modelo topo de linha, SS, com motor V8 de 6,2l 16 válvulas, que rende potência máxima de 406cv a 5.900rpm e torque máximo de 56,7kgfm a 4.600rpm. Um tiro.
Por R$ 185.000, o Camaro SS deve vender bem. No dia da apresentação à imprensa, a GM anunciou que já havia comercializado todo o primeiro lote de veículos, de aproximadamente 450 unidades, sendo que mais da metade já havia sido faturada, e outros dois lotes estavam a caminho do Brasil.
Fato é que o Camaro é o carro dos sonhos de muita gente e, por R$ 185.000, mais consumidores terão acesso a este modelo, do que antes, quando era importado por empresas independentes. Afinal, quem não gostaria de estar atrás do volante de uma máquina que faz de 0 a 100km/h em 4,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 250 km/h, limitado eletronicamente.
As tecnologias que se destacam no Camaro são o câmbio automático sequencial de seis marchas à frente e uma à ré, com borboletas atrás do volante, o head up display, sistema que exibe no parabrisas informações de velocidade, rotações do motor etc., o AFM (Active Fuel Management), que desliga quatro dos oito cilindros em velocidades de cruzeiro, tal como ocorre em alguns modelos da Chrysler.
Por baixo, o Camaro apresenta suspensão independente nas quatro rodas, do tipo Multi Link, freios a disco ventilados nas quatro rodas, sendo de 355mmx32mm na dianteira e 365mmx28mm na traseira, com ABS e ESP, direção hidráulica e rodas de 20 polegadas (8” na dianteira e 9” na traseira), revestidas por pneus 245/45Z na dianteira e 275/40Z na traseira.
O tanque de combustível tem 71 litros, o porta-malas carrega 320 litros e o carro tem peso de 1.790 kg, em ordem de marcha. A GM recomenda uso de gasolina Premium ainda mais porque o motor L99 tem injeção sequencial de combustível, que dispara os bicos de forma individual, e não em grupos como nos sistemas convencionais.
Garantia
Aqui, a Chevrolet inovou novamente, ao oferecer ao consumidor do Camaro dois anos de garantia total, e muitos outros benefícios que, somados, permitem gasto zero durante o tempo de garantia.
A primeira revisão deve ser feita aos 10.000km. Nesta quilometragem, o dono do Camaro ganha mão de obra para troca dos oito litros de óleo lubrificante e filtro de óleo, além dos produtos.
A segunda revisão ocorre aos 20.000km e, assim como na primeira, o proprietário ganha mão de obra para o serviço de troca de óleo, filtros de óleo e ar-condicionado e palhetas do limpador de parabrisas, além dos produtos.
Assim, o gasto com manutenção preventiva deste modelo fica muito atraente, pois nas revisões a cada 10.000km fica apenas a troca do filtro de ar e combustível para o consumidor. Em outras palavras, o Camaro somente será visto numa oficina independente daqui a dois ou três anos, no mínimo.
Em movimento
Infelizmente, o test drive do Camaro oferecido pela Chevrolet limitou-se a algumas poucas voltas em um circuito montado no Campo de Provas da Cruz Alta, em Indaiatuba, interior de São Paulo. Não foi o suficiente para testar a aceleração do modelo, mas deu para sentir o tranco do motor quando despeja todos os 56,7kfgm de torque.
Apesar de ser um muscle car, o volante responde com boa precisão ao comando e o sistema de estabilidade eletrônico corrige bem eventuais falhas do motorista.
A vida a bordo é confortável, apesar de a coluna A prejudicar bastante a visão do lado esquerdo do motorista. Os quatro relógios no console central são uma incoerência em relação ao head up display (HUP), pois se o objetivo do HUP é evitar que o motorista tire os olhos da pista, do caminho, relógios no console central fazem o oposto.
Mas, incoerências à parte, sentar atrás do volante do Camaro e ter à disposição mais de 400cv de potência é algo impressionante.