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O início de 2009 foi marcado por uma redução de 30% no número de motocicletas comercializadas no mercado interno, em comparação aos seis primeiros meses de 2008, de acordo com balanço divulgado pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bibicletas e Similares).
O presidente da associação e executivo da Honda, Paulo Shuiti Takeuchi, credita a queda à maior exigência para liberação do crédito aos consumidores por parte das financeiras e as expectativas pessimistas sobre o futuro dos mercados, na fase do auge da crise financeira internacional.
No mesmo período as exportações caíram 50%. “Devido ao posicionamento diferenciado adotado pelas montadoras brasileiras, os nossos produtos possuem tecnologia e qualidade superior aos produzidos nos países da Ásia, o que nos deixa em desvantagem no quesito preço e consequentemente acabamos por vender menos, mesmo tendo um produto superior”, afirma Takeushi.
No entanto, segundo dados da entidade, no comparativo entre os dois primeiros trimestres do ano, houve alta de 36%. De janeiro a março de 2009 o setor comercializou 309.630 unidades contra 422.338 no período de abril a junho.
Para alavancar ainda mais as vendas, o governo acaba de liberar uma linha de crédito de R$ 100 milhões aos motociclistas que exerçam alguma atividade profissional com o auxílio da motocicleta. O motoprofissional terá à disposição um teto de R$ 8,5 mil e poderá adquirir apenas modelos zero quilometro de até 150 cilindradas. O crédito é liberado apenas uma vez, pois estará diretamente ligado ao CPF do tomador.
Segundo a Abraciclo, esta medida poderá provocar a diminuição ou até a extinção da projeção de que a indústria fechará o ano de 2009 com cerca de 10% a menos no volume de unidades vendidas no mercado interno, em comparação a 2008.
De janeiro a junho de 2009, as marcas que lideram o ranking do mercado interno são: Honda com 580.580 unidades (79,3%), Yamaha com 99.036 unidades (13,5%), Dafra com 33.079 unidades (4,5%) e Sundown com 15.657 unidades (2,1%). Suzuki e Moto Traxx não divulgaram os números de vendas. O grupo Bramont (Ducati, Husqvarna, Malaguti e Triumph), Buell, Harley-Davidson e Kasinski representam isoladamente, menos de 1% do mercado.
Motocheck-up
O Motocheck-up, evento realizado pela Abraciclo no final de maio, apontou que em quase 50% das 13 mil motocicletas avaliadas, o freio traseiro e a relação (coroa, corrente e pinhão) estavam deteriorados ou em final de vida útil. Em 39%, o freio dianteiro também necessitava manutenção (final de vida útil ou deficiente). Em 20% os pneus necessitavam ser substituídos.
Está aí uma boa oportunidade de negócio para o reparador abastecer o seu estoque com esta linha de produto, paralelamente a uma estratégia de manutenção preventiva junto aos clientes.