O setor de motocicletas do Distrito Federal fecha o ano de 2008 com um crescimento de 24,84%. Foram 21.322 unidades emplacadas, contra 17.080, de janeiro a dezembro de 2007, segundo dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (SINCODIV/DF).
Contudo, as projeções para o segmento para o primeiro trimestre de 2009 não são muito otimistas. Mas isso não quer dizer que o atual momento seja ruim para a aquisição de motos. Pelo contrário. De acordo com o consultor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do DF (SINCODIV-DF), Adevilton Pereira da Silva, a crise financeira, que obrigou os bancos a serem mais rígidos na liberação de crédito, forçou a queda dos preços. "A redução ficou em torno de 20%", afirma.
Silva afirma que o segmento de motocicletas espera que o governo federal, a exemplo da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedida para o setor de automóveis, também crie medidas para aquecer o mercado de motos. "Sem um incentivo, fica mais difícil retomar o crescimento rapidamente", considera.
Os efeitos da restrição de crédito e da alta de juros podem ser percebidos nos números. Os dados do Sindicato revelam que, desde setembro, quando 2.265 unidades foram emplacadas, a comercialização de motos tem caído. Em outubro, os concessionários comercializaram 1.531 unidades - queda de 32,41% em novembro, 1.313 - queda de 14,24% em dezembro, 1.244 - queda de 5,26%.
Segundo Adevilton, a situação melhorou um pouco, pois há três meses, por exemplo, as financeiras exigiam 20% de entrada para liberar o financiamento. Hoje, há bancos que já financiam 100% do valor da moto. &ldquoSem um incentivo, no primeiro trimestre deste ano, dificilmente conseguiremos retomar o bom momento vivido pelo setor antes da crise. Mesmo assim, a situação tende a ficar mais estável”, argumenta.