Notícias
Vídeos
Fórum
Assine
Há cerca de dois meses, um lote de retentores da Sabó foi roubado na Argentina, durante o transporte para o Brasil. Meses depois, funcionários da empresa descobriram que as peças estavam sendo comercializadas livremente em lojas de autopeças nas cidades de Sorocaba, Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Leme, todas no interior de São Paulo.
Como descobriram? Fácil. Rastrearam a carga, uma vez que cada lote apresenta um número de série próprio. Além disso, as peças eram comercializadas sem embalagem, procedimento que não corresponde ao padrão da empresa. “Sempre que o varejista encontrar peças Sabó com um preço muito abaixo do normal e sem embalagem, é 100% certeza de que algo está errado com estas peças”, afirma o diretor de Aftermarket América Latina da Sabó, Marcus Vinicius.
E, segundo Vinícius, este caso não ocorreu apenas com produtos da Sabó, recentemente Bosch e Metal Leve tiveram o mesmo problema.
Pirataria
Outro crime que sempre é descoberto pela Sabó é a pirataria. “De cada 10 reclamações que recebemos no nosso serviço de assistência técnica, nove são improcedentes por se tratar de peça pirata”, afirma Vinícius.
Segundo o executivo, os reparadores devem ficar atentos aos e-mails de ofertas de produtos Sabó e também de outras marcas com preço muito abaixo do normal, inclusive de lojas de autopeças grandes e concessionárias. “Já pegamos um caso em que uma concessionária GM anunciava promoção de peça com a referência Sabó e no final das contas era outra marca”, conta.
Um caso de grande repercussão foi o de apreensão de milhares de retentores piratas, de diversos modelos, embalados e vendidos como se fossem da Sabó, ocorrido em 2009 na cidade de Maringá, no Paraná.
Crime
Tanto a venda de peças roubadas quanto a de piratas (que são vendidas como se fossem uma marca e na realidade é outra) é considerado crime, e ambas têm pena de um a quatro anos de prisão e multa.
“Quem compra componentes roubados ou piratas sabe o que está adquirindo e temos condições de descobrir quem são”, alerta Vinícius. “É preciso acabar com esta hipocrisia e trabalhar com ética”, conclui.
Risco
O reparador deve, assim, ficar atento ao que compra, pois o risco de utilizar um componente pirata é grande, principalmente na segurança do veículo e do cliente. Assim, peça sempre a nota fiscal e evite comprar produto sem embalagem e a preço muito abaixo do normal, praticado pelo mercado. Este é um risco que não vale a pena correr.
Marcus Vinícius, da Sabó