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Atender às legislações vigentes de cada setor é a maneira de ser socialmente responsável
A responsabilidade social é um compromisso que deve ser levado em conta dentro da oficina. Mas não pense que estamos falando daquela feita de ano em ano, no natal ou no dia das crianças. Isso tem outro nome: ação social.
Quando se fala em responsabilidade social como compromisso para que a sua oficina funcione de maneira certa, falamos daquela que atende as regulamentações previstas em todos os setores de uma empresa, como as trabalhistas, ambientais, sociais e fiscais. Como? Atender a esses requisitos já é uma forma de ser responsável socialmente. Mas isso não deve ser feito somente porque está previsto na legislação. As ações de responsabilidade social devem partir da empresa e não porque a lei obriga.
Uma ação que visa à responsabilidade social, por exemplo, é saber como está o nível de atendimento da oficina com relação à legislação, como a saúde, a segurança, a qualidade de ferramentas, o ambiente de trabalho dos colaboradores, se a empresa contrata pessoas com deficiência e mulheres, e se atende às leis trabalhistas “A preocupação do salário também tem que ser levada em conta. O salário do colaborador deve suprir as necessidades básicas do dele e da família”, recomenda José Leidon, auditor do IQA (Instituto de Qualidade Automotiva).
Na questão do meio ambiente, a responsabilidade social é aplicada nas legislações ambientais. “Responsabilidade social pode ser recolher o óleo corretamente ou destinar a bateria usada de maneira correta. É um ato simples, mas que faz a diferença”, ressalta Leidon. No setor fiscal, o pagamento de tributos corretamente, sem sonegações também já é uma forma de ser responsável socialmente.
Uma maneira para saber se a oficina tem responsabilidade social é contratar um serviço de consultoria, que poderá planejar a estrutura da empresa a médio e longo prazo. O empresário, porém deve tomar muito cuidado na contratação do serviço, pois muitas vezes os donos de oficina desconhecem as práticas operacionais e o barato pode sair caro. “Para saber se a consultoria é de confiança, o dono da oficina deve buscar informações sobre ela no mercado, o know how, a experiência no ramo de oficina, quais os clientes já trabalhou, entre outros aspectos”, alerta Leidon.
O mecânico pode procurar o IQA para buscar fontes, o instituto apresenta uma listagem de empresas, mas a cartada final é sempre do dono da oficina. “Algumas oficinas se aliam para diminuir o valor dessa consultoria. Em grupo, o custo pode ser menor”, disse Leidon.
Leidon também diz que as oficinas mecânicas ainda não pensaram em responsabilidade social. “Muitas oficinas ainda não tem a consciência de responsabilidade social. O processo é complexo, mas o setor tem que começar a fomentar esse tipo de princípio. A mudança do comportamento é do próprio dono, que deve trabalhar dentro das conformidades de produtos, serviços e infraestrutura”, afirma.
Com os clientes, o investimento em responsabilidade social resulta em bons negócios. “O dono da oficina deve enxergar a oportunidade de ter sua marca divulgada com essas ações e não somente o retorno financeiro. Quando o empresário percebe o retorno com relação a isso, há outro posicionamento da marca no mercado. Eu não conheço nenhuma empresa que não teve retorno quando investiu em responsabilidade social”, ressalta Leidon.