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Pesquisa CINAU revela apagão em mão de obra

REMOVER SUBTITULO MATERIA NÃO PUBLICADA

Alexandre Akashi
11 de agosto de 2010

capa
Estudo inédito da Central de Inteligência Automotiva mostra que 97% dos donos de oficina têm
dificuldade em contratar funcionários e que a falta de qualificação é o principal motivo


Mercado automotivo aquecido, vendas de veículos zero km em alta constante, indústria de autopeças
a todo vapor e a demanda elevada nas oficinas de reparação, pelo menos na região metropolitana
de São Paulo, responsável por mais de 20% da frota brasileira.

O cenário é propício ao crescimento, mas existe um gargalo que pode jogar um balde de água fria nos planos das empresas do setor, principalmente nas oficinas, elo que tem grande volume financeiro, porém distribuído em um maior número de participantes: a escassez de mão de obra.

Já não é de hoje que o setor da reparação automotiva tem sentido dificuldade em contratar funcionários, porém pesquisa inédita realizada pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva) revelou um verdadeiro apagão de mão de obra nas oficinas de quatro estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.Os números impressionam, pois 97% dos empresários da reparação entrevistados afirmam encontrar dificuldade em contratar funcionários, sendo que a falta de qualificação é a principal razão, com 97% das respostas.
Na edição do mês passado, a CINAU já havia identificado esta dificuldade, quando analisou o comportamento do mercado nos primeiros seis meses do ano. Reparadores ouvidos pela reportagem foram categóricos: há vagas em aberto e não se encontra mão de obra qualificada para preenchê-las.
E o pior: na cidade de São Paulo, a demanda pode dobrar até o fim deste ano, porém, sem mão de obra, não haverá como converter este aumento de procura por serviços em faturamento, pois simplesmente faltam profissionais para atender a quantidade de clientes.
Ao todo, participaram da pesquisa XXX empresas, sendo que 28% eram centros automotivos e 72 oficinas mecânicas, 41% possuem ente 6 a 10 funcionários, 41% até 5 funcionários e 12% mais de 11 funcionários.

Demora
Um dado interessante da pesquisa CINAU – Mão de Obra, 2010 é o tempo de procura por novos funcionários. A grande maioria das oficinas (59%) levam entre 4 a 6 meses para encontrar um colaborador, 12% demoram entre 7 a 9 meses, e 13% mais de 10 meses. Somente 16% conseguem incrementar o quadro em menos de 3 meses.
Outra informação alarmante é o índice de reprovação do novo funcionário no período de experiência, ou seja, a dispensa em até 3 meses. Do total de oficinas consultadas, 41% reprovam 80% dos novatos em menos de 3 meses, e outros 31% reprovam 70% dos calouros neste período.
Este alto índice de não-admissão indica que a mão de obra disponível no mercado está muito fora de um padrão mínimo de conhecimento necessário para atuar em uma oficina de reparação.  Mostra ainda, que não basta encontrar uma pessoa somente para preencher vaga. É preciso garimpar.

Rotatividade
É nessa hora que algumas mazelas de mercado vêm à tona, pois ao garimpar, as oficinas começam a ‘roubar’ funcionários umas das outras. A CINAU mediu o índice de rotatividade da mão de obra e descobriu que a 41% troca de emprego entre 31 a 36 meses. Em outras palavras, a maioria não completa três anos de empresa e parte para uma nova empreitada, um novo desafio, provavelmente para ganhar mais.
Assim, o que fazer? Para o presidente do Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo), Antonio Fiola, a receita é investir no funcionário de forma tal que ele se sinta privilegiado e não tenha vontade de trocar de emprego.
A receita é acertada, porém de custo elevado. Os benefícios, no entanto, podem compensar. Exemplo disso é a Stilo Motores, oficina localizada na zona Norte de São Paulo, de propriedade do conselheiro do jornal Oficina Brasil, Francisco Carlos de Oliveira, que adota o sistema de divisão de lucros com os funcionários. “Depois que comecei a trabalhar dessa forma, consigo tirar férias de 30 dias todos os anos, sem me preocupar com o faturamento da oficina, pois eles sabem que quanto mais trabalharem, quanto maior for a rentabilidade da empresa, melhor será a remuneração deles”, diz Oliveira.

Formação
Outra maneira de investir no funcionário é oferecer a ele a qualificação necessária para que possa exercer a função. Este é um ponto delicado, pois assim que aprende, muitos trocam de emprego e o tempo investido na capacitação técnica acaba sendo aproveitada por outra oficina.
“Este é um risco que se corre, mas se a oficina tiver um plano de carreira e conseguir comprometer o funcionário dentro desse plano, as chances dele sair da empresa diminuem”, afirma Fiola.
Mas, o fato é que as oficinas têm sentido cada vez mais dificuldade de contratar mão de obra especializada, graças ao mercado aquecido, principalmente no setor industrial (montadoras e autopeças), que geralmente pagam salários mais altos. “Esta é uma realidade que o nosso setor já vive a um certo tempo”, afirma Fiola.
Cursos profissionalizantes, de aprendizagem, iniciação profissional, qualificação, aperfeiçoamento e especialização é o que não faltam, principalmente em São Paulo. Somente o Senai Conde José Vicente de Azevedo, localizado no bairro do Ipiranga, capacita mais de 22 mil profissionais todos os anos. “E temos capacidade para mais”, afirma o responsável pela área de Gestão de Negócios do Senai Ipiranga, Valdir de Jesus.
Além do Senai, há outras instituições de ensino, como as Escolas Técnicas Estaduais (ETEs), e os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), assim como escolas técnicas particulares espalhadas por todo o Brasil, e treinamentos gratuitos oferecidos pela indústria.
De fato, existe muita oportunidade no setor de reparação automotiva e, com a carência de mão de obra especializada, os salários tendem a se elevar. Segundo o presidente do Sindirepa-SP, a média salarial da categoria subiu cerca de 10% nos últimos meses por conta deste descompasso entre oferta e procura.


Falta é geral, dizem pesquisados
Entre as diversas especialidades de mão de obra existentes no setor da reparação, não há uma em destaque, mas, sim, uma falta generalizada, segundo 63% dos entrevistados.
Entre os cargos mais específicos, o de reparador de sistemas de injeção eletrônica é o que aparece em primeiro lugar, com 16% das opiniões. Em segundo, alinhador, com 6%. Faltam ainda eletricistas, funileiros, reparador de pintura, mecânica diesel, todos com 3% das opiniões.
A pesquisa mostra assim grandes oportunidades para quem deseja se especializar em uma atividade.


É preciso ter cuidado na forma de contratação
Ao contratar um novo funcionário, existem algumas regras que devem ser observadas para que a alegria de hoje não se torne a dor de cabeça de amanhã. Por isso, sempre que há um grupo de reparadores proprietários de oficina reunidos, uma pergunta é recorrente: Qual a melhor forma de contratação?
De acordo com a advogada Alessandra Milano Moraes, especialista no atendimento a profissionais do setor da reparação automotiva, o melhor tipo de contrato é o registrado pela CLT, com carteira assinada. Porém, Alessandra alerta para os riscos dos contratos por comissão. “Quando se paga por comissão, o valor comissionado deve constar no holerite e o cálculo para efeito de recolhimento de impostos deve ser feito sobre o total do pagamento”, explica.
Em outras palavras, se o funcionário tem salário de R$ 1000 e recebe mais R$ 1000 de comissão, o cálculo dos impostos é feito sobre a soma dos dois valores. “Se o empregador fizer somente sobre o valor do salário, corre o risco de ser multado por sonegação”, afirma Alessandra.
Uma forma de evitar isso é remunerar por premiação, bonificação, por superação de metas. Porém, há um limitante: os bônus devem ser diferentes a cada mês, pois do contrário são encarados como comissões.
Existe também a bonificação por PLR (Participação nos Lucros e Resultados), que podem ser distribuídos uma vez a cada três meses, ou quatro vezes por ano.


Empresários ministram cursos de mecânica
Com objetivo de descobrir novos talentos, empresários da reparação da cidade de Conchal, no interior de São Paulo, montaram um curso de Mecânica Básica para adolescentes que frequentam o Programa Escola da Família.
As aulas são ministradas pelos integrantes do grupo NACO (Núcleo Automotivo de Conchal), formado por oito oficinas. Segundo o reparador e instrutor Jacimil Moreira dos Santos, há falta de mão de obra especializada na região e, por isso, o curso ajuda as empresas na hora de contratar funcionários.
As aulas são ministradas aos domingos, de manhã, e o curso tem duração média de oito meses. “Esta é uma iniciativa que começou por acaso, e agora toma corpo, tanto que a escola está em reforma, para a construção de uma sala para colocarmos nosso material”, conta Santos.
O curso conta com apostila e muitas aulas práticas sobre os principais sistemas de um automóvel, como freios, motor, câmbio, diferencial e suspensão.
Outra iniciativa é o Programa Educar, criado em 1996 pelo empresário Marseau Bleuler Franco e sua esposa Carmen Cabral Franco, em São Paulo, com objetivo de oferecer formação técnica profissionalizante qualificada e certificada pelo SENAI, a jovens que vivem em situação de risco na cidade de São Paulo.
Entre os cursos oferecidos, há o de Noções de Mecânica de Empilhadeiras / Autos, que aborda sistemas de freios, eletricidade básica, metrologia, desenho técnico, organização e vivência administrativa, informática e empreendedorismo.
O curso é totalmente gratuito, com aulas de segunda à sábado das 8h às 15h, duração de 6 meses.

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