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O carro do papai e o da mamãe: quanta diferença!


REMOVER SUBTITULO MATERIA NÃO PUBLICADA

Alexandre Akashi
18 de fevereiro de 2010

Muito mais do que silhuetas diferentes, o Peugeot 307 Sedan 2.0 flex e o Nissan Livina 1.8 flex apresentam conceitos distintos de transporte. Porém, há uma semelhança: o custo de manutenção

Em muitas famílias, o carro do papai é um sedan, enquanto o da mamãe, uma minivan. Nem precisa falar que são dois tipos de veículos completamente diferentes, pois só de olhar, percebemos pela silhueta o que um tem a mais ou a menos do que o outro.

Mas, como nem tudo são obviedades, preparamos este comparativo técnico para irmos um pouco mais a fundo do que uma simples observação pode mostrar, pois nem tudo que vemos se traduz em verdade absoluta.

Para tanto, elegemos o Peugeot 307 Sedan 2.0 como representante do time masculino, e o Nissan Livina 1.8 para o time feminino. Ambos com câmbio automático, motor bicombustível (álcool/gasolina), nas versões topo de linha. Isso não significa que o 307 é carro que só homem dirige, nem que o Livina é só para mulheres.

Assim, vamos à primeira observação: a procedência dos veículos. Apesar de a Peugeot fabricar carros no Brasil a mais tempo do que a Nissan, o 307 é produzido na Argentina, enquanto o Livina em Curitiba.

De acordo com a tabela Fipe, de 20 de janeiro, o Peugeot é cotado a R$ 65.909, enquanto o Nissan sai por R$ 54.916. A diferença de R$ 11 mil torna o carro da mamãe mais acessível ao bolso do consumidor. Vale lembrar que a Nissan dispõe ainda de uma versão um pouco maior da minivan, a Grand Livina, de 7 lugares, que na versão mais completa, com o mesmo motor 1.8 litro, tem preço equiparado com o Peugeot, e sai a partir de R$ 66.502.

Powertrain
Sob o capô o sedan médio da Peugeot apresenta propulsor de 2.0 litros, 16 válvulas, bicombustível, que rende potência máxima de 151 cv/143 cv a 6.000 rpm (álcool/gasolina) e torque máximo de 22 kgfm/20 kgfm a 4.000 rpm (a/g). Lançado em 2008, o motor 2.0 flex é o mesmo que equipa o Citroën C4 e C4 Pallas.

O conjunto powertrain é formado ainda por um câmbio automático Tiptronic de quatro velocidades, com possibilidade de trocas manuais, que apesar de melhorado em relação às versões anteriores, ainda deixa a desejar quando o assunto é retomada.

No carro da mamãe, a Nissan disponibiliza um propulsor 1.8 litro, 16 válvulas, bicombustível, CVVTCS (dispositivo que varia a abertura das válvulas através de variador de fase, o tal do comando de válvulas variável), que desenvolve potência de 126 cv/125 cv @ 5.200 rpm (a/g) e torque máximo de 17,5 kgfm @ 4.800 rpm (em ambos combustíveis). Este motor foi apresentado em março e também é encontrado no hatchback Tiida.

Acoplado ao motor, um câmbio automático de quatro marchas com overdrive, que alonga a relação da quarta marcha para privilegiar a economia de combustível em rotações mais elevadas.

As diferenças de motorização dos dois modelos são perceptíveis na performance e desempenho. O sedan, com motor mais potente, tem velocidades máximas declaradas pela fábrica de 207 km/h; 203 km/h (a/g), enquanto a minivan chega apenas a 182 km/h; 181 km/h (a/g). Isso não chega a ser uma grande vantagem, raramente encontramos lugares seguros para atingir estas velocidades.

Já quando o assunto é consumo de combustível, menos é mais. A Nissan declara que a minivan roda cerca de 7,0 km/l; 11,6 km/l (a/g), no ciclo urbano, e 10,3 km/l; 17,2 km/l (a/g) no rodoviário. A Peugeot não divulga os números oficialmente, porém em teste, após cerca de 3.000 km rodados, medimos consumo médio de 6,5 km/l; 9,2 km/l (a/g), no ciclo urbano, e 8,7 km/l; 14,4 km/l (a/g) no rodoviário. Em transito intenso, com ar-condicionado ligado e abastecido com gasolina, a média foi 8,0 km/l.

Conforto
Ambos veículos são confortáveis. O sedan roda macio, graças ao conjunto de suspensão bem acertado, com rodas independentes na dianteira e traseira, e conjunto roda/pneu 205/55 R16. Na dianteira, a suspensão é do tipo pseudo McPherson invertido, com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos pressurizados. Atrás, conta com barra de dois braços deformáveis, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos e pressurizados.



O Peugeot 307 Sedan conta com motor 2.0 litros de 151 cv (álcool) equanto o Nissan Livina vem equipado com propulsor 1.8 litro, de 126 cv (álcool)

A direção do Peugeot possui assistência eletrohidráulica variável e se mostrou um tanto o quanto pesada nas manobras de estacionamento (característico da marca, pois o mesmo já havia sido percebido em outros modelos Peugeot) e, por uma infeliz coincidência, apresentou vazamento do fluido durante o período de teste, causado pelo rompimento de um anel o’ring de borracha. No entanto, em condições normais, a direção responde de acordo com a expectativa.

Conta ainda com sistema de ar-condicionado dual zone, regulagem de altura e profundidade do volante, bancos com revestimento em couro e regulagem de altura, sensores de acionamento automático dos faróis e do limpador do parabrisa, retrovisor interno eletrocromático, piloto automático com regulador de velocidade, sensor de estacionamento traseiro e MP3 player com Bluetooth com comando satélite na coluna de direção.

O Livina, por sua vez, oferece dirigibilidade como nenhuma outra minivan, apesar de faltar a regulagem de altura do volante e também do cinto de segurança. Mas, o que mais chamou atenção foi a estabilidade, algo raro em minivans.
A suspensão dianteira é independente, tipo McPherson com barra estabilizadora, mola helicoidal e amortecedores hidráulicos. Na traseira, apresenta eixo de torção com barra estabilizadora e molas helicoidais e amortecedores hidráulicos. O conjunto é completado por rodas e pneus 185/65 R15, muito bem dimensionados para o tamanho do veículo, sem os exageros cometidos por algumas marcas. A direção possui assistência elétrica variável, bem leve nas manobras e de resposta regular em velocidade, porém precisa.

Por dentro, uma configuração mais espartana, típica dos modelos japoneses. O sistema de ar-condicionado é analógico, que em parte justifica o preço mais em conta do modelo, em relação ao irmão maior, o Grand Livina, também na versão topo de linha, a SL, que tem como principal diferencial o sistema digital de condicionamento de ar.

No quesito mimos, o carro do papai é mais bem equipado do que o da mamãe. Porém, os recursos básicos de conveniência estão presente no Nissan, como vidros e travas elétricas, e travamento automático de portas. A ausência de computador de bordo é decepcionante, pois este recurso já está disponível até mesmo em veículos de ‘casta’ inferior. Outro dispositivo que poderia ser oferecido é o piloto automático, uma vez que o modelo conta com sistema de acelerador eletrônico (drive by wire). O acessório não está disponível nem mesmo como opcional.


Mais espartano, o Livina não conta com isolamento acústico no capô



Por dentro, o Nissan tem acabamento mais simples, mas nem por isso deixa de ser confortável

Segurança
Em se tratando de itens de segurança, o Peugeot vem equipado de fábrica com freios a disco nas quatro rodas, sendo os dianteiros ventilados, e os traseiros, sólidos, com sistema ABS e de assistência de frenagem de emergência (EVA) - que garante capacidade máxima de desaceleração em condições extremas -, e repartidor eletrônico de frenagem (REF).

Já o Livina, apresenta freios a tambor na traseira, sistema ABS com controle eletrônico de frenagem (EBD) e assistência de frenagem (BA). Em ambos o air bag é duplo (motorista e passageiro).

Vale ressaltar que nenhum dos modelos tem controle de estabilidade (ESP), o que é uma pena, porém a inclusão deste dispositivo provavelmente obrigaria as montadoras a reforçar os controladores eletrônicos dos veículos, o que encareceria o produto final.


Lado a lado, as diferenças das silhuetas; aerokit do Livina confere ao modelo um ar mais jovial

Design

Os carros da Peugeot são famosos no mundo pelo design e estão entre os veículos mais belos do mercado. Porém, o 307 Sedan já apresenta certa defasagem, caracterizada pelo tempo de mercado. Afinal, falamos de um modelo que foi lançado no início do século. Mesmo assim, ainda chama atenção, ainda que a traseira sempre foi considerada muito conservadora.

O consumidor brasileiro ainda aguarda o modelo reformulado, batizado de 308, que estreou na Europa em 2007, porém apenas nas versões hacthback, SW e CC. Desde o final do ano passado, alguns sites chineses mostraram o 308 Sedan que na China será comercializado como Peugeot 408. O modelo provavelmente será produzido na Argentina e deve estrear no Brasil até o final deste ano.

O Livina, por outro lado, é um projeto atual da Nissan brasileira, apesar de ser fabricado no mundo desde 2006, e comercializado na China, Indonésia, Vietnã, Taiwan, África do Sul, Malásia e Filipinas.

O modelo avaliado estava equipado com o que a montadora batizou de Aerokit, formado por spoilers dianteiro/traseiro, saias laterais e aerofólio, conferindo ao monovolume um ar mais esportivo e jovial. Ideal para mamães que gostam de pisar fundo.

Mesmo assim, o Livina é um carro ‘low profile’, não chama atenção e não causa torcicolos nos pescoços das pessoas. Tem design simples, limpo e conservador, típico da categoria. É excelente para quem não gosta de chamar atenção, o que em muitos casos é uma vantagem.

Manutenção
O Peugeot 307 não é um dos veículos mais fáceis de se fazer manutenção, principalmente a corretiva. Grande parcela dos reparadores encontram dificuldade para realizar o correto diagnóstico dos defeitos do carro por conta da complexidade do sistema de gerenciamento eletrônico multiplexado.

Além disso, os equipamentos de diagnose mais populares não são 100% compatíveis com o sistema e, consequentemente, não conseguem acessar todos os códigos de erros, principalmente os de carroceria e sistemas de segurança.

A complexidade da inteligência adotada pela marca é tanta que até mesmo a falha do termômetro que informa aos usuários a temperatura ambiente externa pode desativar o sistema de ar-condicionado.

A explicação é simples: sem acessar a informação, o sistema entende que a temperatura ambiente é zero graus, e com isso desativa o sistema de ar-condicionado, pois não faz sentido o usuário querer ligar o equipamento no frio. Além disso, o carro entende que há gelo na pista e aciona o programa de baixa aderência do câmbio automático, fazendo com que o carro se movimente como se estivesse em pista escorregadia.

Assim, se por acaso algum dia um cliente com um Peugeot 307 chegar a oficina reclamando que o ar-condicionado parou de funcionar e sentiu o carro mais lento na arrancada, verifique se o termômetro localizado na parte de baixo do espelho retrovisor do lado direito está funcionando.

Outra reclamação constante dos mecânicos é sobre o custo elevado das peças de reposição e falta de componentes de excelente qualidade no mercado paralelo (veja mais na reportagem de Avaliação do Reparador da edição de Janeiro de 2010). Neste quesito, no entanto, uma surpresa. No comparativo de custo da cesta básica de peças, Peugeot e Nissan Livina empatam tecnicamente, com uma ligeira vantagem de 4,5% para o descendente japonês.

Se por um lado a substituição dos componentes do freio do carro do papai custa quase o dobro do que o da mamãe, por outro as correias dentada e poli-V do Livina são em média 60% mais caras do que as do Peugeot. Outro item que chamou atenção foram as velas de ignição do Nissan, quase 5 vezes mais caras do que as do Peugeot.

Em relação à acessibilidade dos componentes do Nissan Livina, o conselheiro Claudio Cobeio, da CobeioCar, chama atenção o sistema de ancoragem do subchassi, que na avaliação dele é muito frágil, pois apresenta poucos pontos de apoio e tende a afundar em caso de batida. Outro componente criticado pelo reparador foram as bieletas. “São muito longas o que aumentam as chances de folgas”, disse.

Mas, Cobeio elogiou os coxins que sustentam o motor do Nissan. “Aparentemente são bem resistentes”, afirmou Cobeio. Outro ponto que mereceu elogios do reparador foi o capricho nas tubulações, que na opinião dele “demonstram todo cuidado da montadora com o projeto.”

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