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Os populares da marca estão agora com o visual alinhado aos demais modelos, com grade mais imponente e algumas melhorias em acabamento interno; mecanicamente permanecem os mesmos de sempre: manutenção de baixo custo e desempenho compatível com a categoria
Sem grandes mudanças, a GM lançou no mês passado a linha 2012 dos populares Celta e Prisma. Sob o capô, nenhuma alteração. O Celta mantém o bom e conhecido motor VHCE Flexpower, 1.0l 8v, que rende 78/77 cavalos de potência a 6.400rpm (etanol/gasolina) e torque máximo de 95/93Nm a 5.200rpm (etanol/gasolina).
Já o Prisma tem, além da versão com motor 1.0l 8v (o mesmo do Celta), o motor 1.4l 8v Econo.Flex, que rende 97/95 cavalos de potência a 6.000rpm (etanol/gasolina) e torque máximo de 134/129Nm a 2.800rpm (etanol/gasolina).
O destaque fica por conta da nova frente dos modelos, que estão agora alinhados com a nova identidade visual da marca: grade frontal dividida por uma barra central, na cor do veículo, e com a gravata dourada ao centro.
Externamente, o Prisma ganhou ainda uma faixa cromada na tampa traseira, conferindo ao modelo a impressão de maior sofisticação.
Novas versões
Neste ‘facelift’, a GM aproveitou para renomear as versões, que agora são duas: LS e LT. No Celta, a LS está disponível com carroceria de duas e quatro portas, enquanto a LT, mais completa, apenas com quatro portas. No Prisma, a principal diferença das versões é o motor. Na LS o motor é 1.0l, enquanto na LT, 1.4l.
Nos dois modelos populares a Chevrolet caprichou no desenvolvimento do habitáculo, deixando os veículos com maior sensação de conforto e sofisticação, graças à aplicações de cromado no volante e painéis de porta e também novos estofamentos. O painel de instrumentos recebeu novo grafismo e iluminação, batizado pela GM de Ice Blue, o mesmo que equipa outros veículos da marca, como Agile, Montana, S10, Malibu e Camaro.
Na estrada
O lançamento da linha 2012 do Celta e Prisma foi acompanhado de test-drive em rodovia, trechos planos e retos, em que foi possível avaliar, sobretudo, o comportamento do motor.
Apesar de populares, ambos demonstraram boa relação de torque-potência/peso. Em outras palavras, o 1.0l empurra bem o Celta, ainda que tenha torque e potência máxima em rotações mais elevadas, o que não é muito bom para o consumo. Mas, a relação de marchas está bem equilibrada para o modelo, porém não espere um carro muito econômico: bebe tanto quanto o 1.4l Econo.Flex.
Para melhorar isso, só mesmo puxando a rotação de torque máximo mais para baixo e trocar a relação de marchas, porém sob o risco de perder agilidade. Assim, não há como escapar da elevada rotação do motor a 120km/h, mesmo em quinta marcha (por volta dos 4.000rpm).
Já o Prisma com propulsor 1.4l Econo.Flex é bem diferente. Mesmo mais pesado que o Celta, (são cerca de 75kg de diferença) o motor não se esforça tanto; trabalha em ritmo mais tranquilo, com rotações mais baixas. A 120km/h o contagiros marca 3.500rpm, um valor bastante próximo dos veículos com motor 1.6l.
Desta forma, o modelo fica bem econômico e confortável, principalmente no quesito ruído interno do motor, quase imperceptível na faixa de torque máximo (acima de 4.000rpm, porém, não tem jeito, é ruidoso mesmo).
Tal como as executivas da GM Isela Costantini e Mônica Azzali comentaram na apresentação do produto, respectivamente diretora geral de Pós-Vendas e diretora geral de Qualidade, tanto Celta quanto Prisma são veículos que têm como principal função na linha conquistar o cliente que está adquirindo o primeiro automóvel zero km. Assim, não é de estranhar que a marca desprenda tanto esforço na qualificação destes dois produtos, que foram projetados para custar pouco, apresentar baixo custo de manutenção e proporcionar a locomoção motorizada com o maior conforto possível a partir destas duas premissas.
Nestes termos, cumprem bem o papel para o qual foram designados. Se podem melhorar, é claro que sim, mas aí não seriam mais veículos populares...