Até o fim deste ano, a recém-inaugurada fábrica de tensionadores e polias da Dayco Power Transmission, localizada no bairro da Mooca, em São Paulo, vai produzir 1,4 milhões de peças, e atender, assim, 100% dos carros nacionais dos segmentos ABC circulantes na frota brasileira. Esta é a estimativa da diretoria da empresa, que tem, ainda, planos mais ousados para esta planta.
Após 11 anos importando componentes para o aftermarket brasileiro (correias sincronizadoras, Poly-V, tensionadores e polias), a Dayco passa a produzir parte destas peças localmente, e isso, segundo Ronaldo Teffeha, vice-presidente de Aftermarket da empresa (veja box), vai privilegiar os modelos nacionais. “Tínhamos dificuldade com veículos nacionais, pois era tudo importado”, diz. Além disso, a Dayco divulga que há planos para nacionalização dos tensionadores e polias produzidos na Europa, utilizados nos veículos importados, como os Hyundai, por exemplo.
Exportação
A fábrica da Mooca é a primeira planta da Dayco no mundo que produz componentes para abastecer exclusivamente o aftermarket. De acordo com Teffeha, até o final de 2012, a capacidade produtiva deve chegar a 2 milhões de componentes por ano, e a meta para o próximos quatro anos é duplicar este número.
“Estamos nos preparando e investindo para sermos, daqui a alguns anos, os principais fornecedores de componentes da Dayco nos aftermarkets da América do Sul, Europa e Estados Unidos”, afirma.
Com 7.629m², a planta da Dayco na Mooca agrupou toda a operação da empresa no Brasil: os escritórios, o depósito e a linha de produção. Os números do atendimento técnico, porém, permanecem os mesmos.
A ideia da empresa é tornar-se líder de mercado em polias e tensionadores no aftermarket brasileiro em três anos, tal como ocorre hoje em correias de borracha (V, Poly-V e sincronizadoras), produtos que continuarão sendo importados da fábrica da Argentina. “Por uma decisão estratégica da empresa, as correias continuam sendo fabricadas fora e, aqui, faremos somente polias e tensionadores.”
Com a produção local de polias e tensionadores para o mercado de reposição, a Dayco dá um salto em busca de um mercado maior. Segundo informações da própria empresa, existe uma demanda reprimida. “Enquanto se troca 12 milhões de correias por ano no Brasil, a quantidade de polias e tensionadores é de apenas 5 milhões”, informa o diretor.
Este é um dado interessante, uma vez que é recomendada a troca da polia e tensionador sempre que se substitui a correia dentada, por questões de segurança e, até mesmo economia, uma vez que a vida útil do tensionador, principalmente, é próximo ao da correia sincronizadora.
O&M
Em novembro do ano passado, a Dayco inaugurou, em Contagem, MG, a primeira planta da empresa no País (também apenas de polias e tensionadores), para atender apenas os pedidos das montadoras com as quais mantém contrato de fornecimento de peças para as linhas de montagem.
Teffeha é nomeado vice-presidente de Aftermarket
O executivo Ronaldo Tef–feha foi promovido a vice-presidente de Aftermarket da Dayco Power Transmission na América do Sul – acumulando o novo cargo com as funções já exercidas de diretor superintendente de Aftermarket/OEM da empresa no Brasil.
A nomeação ocorreu poucos dias após a inauguração da fábrica de São Paulo. Teffeha tem uma trajetória de sucesso frente à marca no Brasil. Começou há 11 anos com o cargo de diretor de Vendas e Marketing, depois superintendente de Aftermarket/OEM e, agora, vice-presidente da operação de aftermarket abrangendo toda a América do Sul.
Neste curto espaço de tempo, conquistou 30% do concorrido mercado de correias automotivas - V, Poly V e Sincronizadora (dentada). Neste último item, a empresa já detém 42% da reposição nacional. Em sua gestão, a Dayco também lançou, com sucesso, cabos de ignição, tensionadores e polias.