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As vantagens do sangrador de freios

REMOVER SUBTITULO MATERIA NÃO PUBLICADA

Arthur Gomes Rossetti
19 de março de 2009
O uso da máquina de substituição do fluido evita danos aos componentes internos do cilindro mestre, assim como o surgimento de bolhas de ar no sistema

Quem é que já não fez ou até mesmo viu alguém aos berros dentro da oficina repetindo as seguintes palavras: Bóóómba... Segúúúra... Bomba... Segura...

Pois é, elas podem ser extintas do vocabulário do reparador a partir da aquisição de uma máquina de substituição do fluido de freio ou máquina de sangrar como é mais conhecida.

Hoje encontramos no mercado diversas marcas, tais como Kitest, com os modelos KA-016 e KA-023, PlantaTC, com os modelos SG-1200, SG-1500 e SG-3000, PolyParts, com o modelo Brake Flush, entre outras.

Antes de nos aprofundarmos no assunto e explorar suas vantagens, vamos analisar as desvantagens da empresa que não a possui.

Ao se deparar com um veí­culo que necessita substituir o fluido de freio, o reparador precisará, imediatamente, de um ajudante para bombear o pedal, quando preciso.

Além de desperdiçar a valiosa mão-de-obra e tempo do ajudante, o procedimento de bombear o pedal, comprimindo-o com força, repetidas vezes até o momento exato da abertura do sangrador da roda, ordenado pelo outro reparador, causará uma condição irreal de funcionamento do sistema e vamos descobrir por quê.

Dentro do cilindro mestre temos basicamente os seguintes componentes: mola de retorno, êmbolo (ou pistonete), gaxetas (de material nitrílico ou borracha sintética), travas, retentores e guarda-pó.

Numa condição normal de funcionamento, o condutor, ao acionar o pedal de freio, provocará o seu deslocamento em um espaço controlado, ou seja, numa área limitada pelo próprio sistema. O avanço fica na casa dos 20 mm podendo variar para mais ou para menos.

Quando o ajudante aciona o pedal com certa força, a pressão no sistema poderá atingir a casa dos 70 Bar, podendo danificar os componentes internos do cilindro mestre, pinças e cilindros de roda. Quando o outro reparador abre o sangrador de roda (no momento exato), o êmbolo localizado dentro do cilindro mestre percorrerá todo o seu curso, ocasionando o atrito das gaxetas em local de diâmetro sensivelmente inferior (o qual nunca fora exigido). Em cilindros com vários anos de uso é comum o aparecimento de calosidades em seu interior, justamente entre o limite da área de uso "normal" e a área reserva. Caso a gaxeta "raspe" nesta calosidade, poderá rasgar e comprometer todo o conjunto.Já com o uso da máquina, a pressão não passa de 2 Bar, protegendo todo o conjunto.

Vantagens

Pronto, agora que você atentou para os riscos do processo de substituição do fluido de freio sem a máquina, vamos destacar algumas vantagens e regalias que ela pode oferecer.

O ajudante que antes era peça fundamental para efetuar o acionamento do pedal agora poderá focar o seu tempo e esforço em outra atividade e consequentemente gerar mais lucro para sua empresa.

O cilindro mestre estará protegido perante a condição irreal de funcionamento, pois o êmbolo permanecerá na posição de descanso com o uso da máquina.

O reparador economizará uma quantidade considerável de fluido de freio, pois devido o fluxo ser constante, o antigo é expelido de maneira contínua, favorecendo a entrada do novo líquido, isento de bolhas de ar. Desta maneira a sangria torna-se praticamente desnecessária.

Responsabilidade

Até pouco tempo atrás, a cultura da troca do fluido de freio não fazia parte do dia-a-dia do reparador. Atualmente, este procedimento se faz necessário porque os veículos estão cada vez mais potentes e velozes, e as novas tecnologias, como o ABS, pinças flutuantes, freios de carbono, entre outras, exigem mais do sistema hidráulico como um todo. Devemos, portanto, virar a página do defasado conceito de não verificar o estado do fluido.

Um veículo com o sistema de freios sem manutenção é um fato que pode ocasionar acidentes e mortes. Vamos fazer a nossa parte, orientar os nossos clientes e proteger o patrimônio mais importante: o direito à vida e à segurança. Fazer manutenção em sistemas de freios é, portanto, muito mais que uma oportunidade de negócios, é uma responsabilidade profissional tão importante quanto a de um médico que se prepara para operar um paciente.


Passo-a-passo do sangrador de freios


Acompanhe abaixo a substituição do fluido de freio em um Volkswagen Fox 1.0

 
1 Abra a tampa do fluido de freio
 

  2 Coloque a tampa adaptadora no reservatório do cilindro mestre. Certifique-se que está bem apertada a ponto de não ocorrer vazamento

 

3 Abasteça a máquina com fluído de freio da mesma especificação (nunca misture Dot 3 com Dot 4, assim como o Dot 5)

 4 Conecte os terminais da máquina na bateria do veículo, respeitando os pólos. Conecte também a mangueira ao engate rápido da tampa adaptadora

5 Antes de erguer o veículo no elevador, ligue o equipamento e faça a pressurização a fim de certificar-se que há vedação perfeita (livre de vazamentos)

6 Levante o veículo no elevador

7 Com o veículo erguido, a mangueira e o reservatório de coleta conectados ao sangrador, ligue a máquina na posição de pressurização e abra-o com a chave fixa de tamanho adequado

 

 
8 Quando o fluído novo sair, isento de bolhas de ar, primeiro feche o sangrador e depois desative a pressurização da máquina

 
9 Repita a operação em todas as rodas, da mais distante para a mais próxima do cilindro mestre

 

 

10 Abaixe o veículo

 

 

11 Desligue a máquina e desconecte a mangueira da tampa adaptadora. Tome cuidado para evitar respingar fluído na pintura e demais peças do veículo
 

 

12 Com o auxílio de uma seringa (inclusa no kit de acessórios da máquina), retire do reservatório do veículo o excesso de fluído, até chegar na marca (Max) de máximo
 
 
13 Reaproveite o fluído desde que o reservatório não tenha desprendido impurezas

 

Dicas da oficina


Dica 1: Os veículos Towner, Kombi e Fusca, F-1000, Besta até 1997, Besta após 1998 e Topic e Silverado necessitam de tampas adaptadoras sobressalentes por causa do formato diferenciado das roscas de seus reservatórios.

Dica 2: O primeiro sangrador a ser aberto (roda traseira direita) é o que vai demorar mais a sair o fluido novo, pois nele será efetuada a troca contida na tubulação correspondente e reservatório. Nas demais tubulações a troca será rápida devido à baixa quantidade de fluido contido em cada uma.

Dica 3: Em casos mais extremos o reservatório do fluido de freio apresenta impurezas espessas em suas cavidades internas, o qual a máquina poderá não conseguir arrastar e, mesmo que consiga, poderá entupir os componentes do sistema de freio. Nesses casos a remoção do reservatório poderá ser inevitável. Tenha muito cuidado, pois as bases plásticas com o tempo ficam muitíssimo sensíveis. Podemos visualizar na imagem um exemplo real.

 


Ao desmontá-lo (com o máximo cuidado) de um veículo Gol, o qual estava recebendo reparos de freio paralelamente ao Fox, a quebra foi ocasionada de maneira inevitável.

O reservatório é uma peça difícil de encontrar no mercado e, quando é encontrado, custa quase o mesmo que o cilindro mestre completo.

Dica 4: A utilização da máquina é essencial em veículos equipados com freios ABS, pois as chances do acumulo de bolhas de ar no corpo de válvulas são grandes. Atenção redobrada às impurezas contidas no reservatório, pois estas poderão entupir os orifícios calibrados do já citado corpo de válvulas.

Dica 5: O procedimento de substituição completo do fluido de freio poderá ocasionar vazamentos em veículos mais antigos, pois as borrachas de vedação dos cilindros poderão não suportar a densidade e fluidez do novo, apresentando vazamentos, nesse caso elas deverão ser substituídas assim como os demais componentes.

Dica 6: A maioria dos fabricantes de automóveis recomenda a substituição do fluido do sistema de freio a cada 15.000 km ou 1 ano (o que ocorrer primeiro). Lembre-se de consultar o manual de reparação do veículo em questão. O prazo de 1 ano é calculado devido à capacidade higroscópica que o fluido possui (capacidade de absorver umidade do ar).

Matéria da edição Nº216 - Fevereiro de 2009

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