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Investimentos no meio ambiente podem fazer toda a diferença no final do mês
Soluções ambientais estão em alta e as discussões sobre esse assunto estão em evidência. Investir em soluções ambientais não acarretam só em preservação, mas também em economia na oficina.
Telhas transparentes, instalação de coletores de óleo e separadores de água, sistemas de recolhimento da água da chuva, água de reuso, toalhas retornáveis e uso de produtos biodegradáveis. Tudo isso pode ter um impacto considerável nas contas no final do mês.
Outro investimento simples, que trás retorno para o meio ambiente e muita economia é o uso de toalhas retornáveis no lugar da estopa e adotar o uso de biodegradáveis no lugar de derivados de petróleo. ”O preço é praticamente o mesmo ou mais barato do que os que agridem o meio ambiente. Isso gera economia de material”, disse Antonio Gaspar, diretor técnico do Sindirepa – SP.
Gaspar também ressalta que é importante efetuar um planejamento antes de começar as ações. “É importante ter a certeza de que está sendo feito de forma segura. Deve se saber se os equipamentos e instalações estão adequados à demanda que é atendida na oficina”, explicou.
Investir em meio ambiente também significa garantir credibilidade junto ao cliente. “De imediato, é importante levar ao conhecimento do cliente. As ações devem ser propagadas. Isso resulta em aumento de clientes. Eles chegam com mais segurança e confiança”, afirmou Gaspar.
Além disso, os investimentos implicam na saúde do funcionário, porque o ambiente é controlado e menos afetivo à saúde. É essencial que as reformas atendam as Normas Regulamentadoras, como o NR 7 – de Saúde Ocupacional, a NR 9 – Mapa de Riscos da Empresa e a NR 6 – EPI (Equipamentos de Proteção Individual).
Economia garantida
Na Mecânica Chiquinho, em Itaquaquecetuba, São Paulo, os investimentos garantiram qualidade do ambiente e muita economia. As ações de sustentabilidade estão na oficina há 8 anos e os resultados são efetivos.
A oficina conta com telhas transparentes, captação de água da chuva, cisterna de água da chuva, coleta seletiva (descarte das peças) e caixa de separação de água e óleo. O consumo de água e energia do centro automotivo diminuiu drasticamente. “Nós gastamos bem menos com água e energia. O consumo de água na oficina diminui 80% e energia 85%”, afirmou Francisco Severiano Alves, dono da oficina Para ele todo o investimento compensou. “Já cheguei a gastar R$ 800 de água, hoje gasto R$ 117. Já paguei R$ 300 de conta de luz hoje pago R$ 107”.
As peças de descarte são vendidas a um comprador de confiança que efetua a reciclagem. O óleo é revendido a uma empresa credenciada, que cede nota fiscal. Uma porcentagem do que é arrecadado é dividido entre os funcionários e a outra parte é investida em equipamentos para a oficina.
A água da caixa separadora é de reutilizada na limpeza da oficina e quando é muito suja é descartada. Das cisternas e do sistema de captação da água da chuva, também é usada para lavar oficina, as peças, usada nos sanitários, entre outras. “Todos os clientes aprovaram nossa iniciativa. Ela agradou também os funcionários. A oficina ficou mais limpa e mais otimizada”, concluiu Alves
As ações sustentáveis estão na Peghasus Powered Motors, de São Paulo, há 10 anos e a diferença na economia foi sentida na troca dos produtos a diesel por biodegradáveis. A oficina usa em média 70 litros por mês de produto. A queda foi brusca. “Pagavamos em torno de R$ 3 por litro de produto com base de petróleo, hoje o investimento é de R$ 1,20 por litro em algo que não agride o meio ambiente”, afirmou o dono da oficina, Silvio Ricardo Cândido.
Outra ação da Peghasus que gerou economia foi a venda do óleo que é retirado do separador. O dinheiro é usado na compra das toalhas retornáveis que são usadas diariamente na oficina. Vale ressaltar que a oficina conta ainda com a lavagem dos uniformes por empresas terceirizadas, que dão o descarte correto na água que fica contaminada com óleo diesel. Além disso, a oficina também recolhe o óleo de cozinha da vizinhança, que é doado a uma instituição especializada. “Além de ter o efeito de economia, estamos fazendo nossa parte na preservação ambiental para as futuras gerações”, afirma Cândido.