Evento realizado em dezembro de 2012 na Fecomércio em São Paulo, marcou a confraternização de encerramento de ano da Sicap/Andap, reunindo representantes de entidades do setor de reposição, dirigentes da indústria e distribuidores de autopeças
O ponto alto do encontro foi a palestra apresentada pelo ex-ministro da Fazenda, o economista Maílson da Nóbrega, que fez uma análise da conjuntura econômica mundial e pontuou os principais tópicos e indicadores que o levam a afirmar que o Brasil deve continuar em crescimento.
Crítico quanto à condução da economia brasileira, o economista ressaltou como principais pontos da Nova Política Econômica do atual governo federal os juros baixos, com o Banco Central mais tolerante à inflação; a expansão maior do crédito pelos bancos oficiais; uma contabilidade criativa para cumprir metas fiscais; as desonerações tributárias tópicas; a taxa de câmbio fixa (banda rígida de variação); um controle de preços para cumprir meta de inflação; a privatização envergonhada da infraestrutura; e protecionismo.
Como resultado a estas observações, Mailson da Nóbrega, atribui às seguintes consequências no comportamento do mercado: incertezas, com mais intervenção do governo; uma inflação teimosamente fora da meta; a piora do sistema tributário; menor competição no setor industrial; pouco ou nenhum impacto na produtividade; o Brasil se consolida como país de baixa produtividade, o que resulta em baixo crescimento; porém, apesar deste cenário, sem risco de desandar, na análise do economista.
Confraternização
Para o presidente do Sicap/Andap, Renato Giannini, a aproximação do Sicap/Andap e das entidades do setor, Sindipeças, Sincopeças e Sindirepa junto à Secretária da Fazenda de SP é fundamental para dirimir as distorções na construção das margens de valor agregado MVA, que vêm ocasionando sérios problemas de competitividade entre os canais de distribuição.
“O SICAP e ANDAP continuaram com estudos em 2013, quando será determinado o novo índice. Esse trabalho é permanente para que seja possível reduzir a carga tributária no setor de distribuição”, afirma Giannini.