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Transmissão automática DSG de 6 velocidades - Audi/Volkswagen a partir de 2005


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Por: Carlos Napoletano Neto - 13 de abril de 2012


Em continuação a série sobre transmissão DSG 02E (Direct Shift Gearbox – câmbio de engates diretos) utilizada pelas montadoras Audi/Volkswagen, finalizaremos o estudo dos sensores empregados nela e iniciaremos o estudo dos atuadores, que realizam as funções de mudança de marcha e adequação dos parâmetros para o seu funcionamento.

SENSOR DE TEMPERATURA

O sensor G509 está localizado na carcaça do sensor de rotação de entrada da transmissão G182. Ele mede a temperatura do fluido da transmissão DSG na saída das embreagens multi-discos de acoplamento dos eixos de entrada. A partir do momento que este fluido é submetido a uma grande quantidade de pressão e stress térmico, ele atinge a temperatura mais alta da transmissão exatamente neste ponto.
Este sensor foi projetado para medir temperaturas de maneira rápida e precisa. Opera na faixa de temperatura entre -55°C e +180°C.

SINAL G509

Com este sinal do sensor de temperatura G509, a unidade de controle regula o fluxo de fluido para resfriamento do sistema de embreagens multi-discos e inicia medidas adicionais para proteger a transmissão.

FALHA G509

Na eventual falha deste sinal, a unidade de controle utiliza os sinais provenientes dos sensores G93 e G510 como valor de substituição.

SENSORES G93 E G510

Os sensores de temperatura da transmissão G93 e da unidade de controle G510 estão localizados diretamente na unidade mecatrônica. A unidade mecatrônica está circundada permanentemente pelo fluido da transmissão e desta maneira está submetida a aquecimento constante. Um aumento excessivo de temperatura pode limitar as funções eletrônicas da transmissão. Estes sensores medem a temperatura diretamente nos componentes, que estão sujeitos aos maiores riscos em caso de superaquecimento. Desta maneira, as medições são iniciadas para reduzir a temperatura do fluido a tempo de evitar geração excessiva de calor na unidade mecatrônica.

MONITORAMENTO

Os sinais de ambos os sensores são utilizados para monitorar a temperatura da unidade mecatrônica. Adicionalmente, os sinais destes sensores são utilizados para iniciar um programa de aquecimento do conjunto. Ambos testam um ao outro em relação a falhas.

FALHA G93 E G510

Quando a temperatura da transmissão alcança 138°C, a unidade mecatrônica inicia uma redução do torque do motor. Acima de 145°C, o fluido para aplicação das embreagens deixa de ser aplicado às embreagens e elas permanecem desaplicadas.

CURSO DE GARFOS

Os sensores de curso de engate G487, G488, G489 e G490 estão localizados na unidade mecatrônica. São do tipo de efeito Hall. Junto com os ímãs dos garfos seletores, eles geram um sinal que é utilizado pela unidade de controle para detectar a posição dos atuadores de mudança de marcha.

Cada sensor de curso dos garfos de engate monitora a posição de um garfo seletor/atuador de marcha, utilizado para selecionar entre duas marchas.

G487 – para 1ª e 3ª marchas
G488 – para 2ª e 4ª marchas
G489 – para 6ª marcha e Ré
G490 – para 5ª marcha e Neutro

UTILIZAÇÃO DO SINAL

A unidade de controle direciona a pressão hidráulica no atuador de marcha para a seleção da marcha correta, baseada em sua exata posição.

FALHA - CURSO DE ENGATE

Se um sensor de curso de engate falhar ao enviar seu respectivo sinal, a seção afetada da transmissão será isolada. As marchas da seção afetada da transmissão não poderão ser engatadas.

SENSORES DA ALAVANCA

A unidade de controle dos sensores da alavanca seletora J587 está integrada à ela. agindo como uma verdadeira unidade de controle e unidade sensora ao mesmo tempo. Como unidade de controle ela possui a função de controlar os solenóides de bloqueio da alavanca seletora de marchas. A iluminação da alavanca seletora também está integrada ao conjunto.

É composta de vários sensores de efeito Hall, que servem para detectar a operação do sistema Tiptronic e a posição da alavanca seletora.

Os sinais provenientes da posição da alavanca seletora e os sinais da operação do Tiptronic são enviados através da rede CAN à unidade Mecatrônica e à unidade de comando do painel de instrumentos.

ATUADORES

Iniciaremos agora o estudo dos atuadores da transmissão DSG.
VÁLVULA DE CONTROLE DE PRESSÃO 3 N217 - (Válvula de controle da pressão principal): Está localizada na unidade mecatrônica de controle eletro-hidráulico e é uma válvula moduladora, que opera por pulsos.

A pressão principal no sistema hidráulico da unidade mecatrônica é regulada através desta válvula. O fator mais importante para o cálculo da pressão principal é a pressão real das embreagens, a qual depende do torque do motor.

A temperatura e rotação do motor são utilizadas para corrigir a pressão principal. A unidade de controle adapta continuamente a pressão principal às condições de operação do veículo.

FALHA DSG

Na eventualidade de uma falha nesta válvula reguladora de pressão, o sistema a desligará e passará a operar em regime de pressão máxima. Isto acarretará em um aumento no consumo de combustível e ruído durante o engate das marchas.

Na próxima edição continuaremos o estudo dos atuadores da transmissão DSG Volkswagen/Audi.Até lá e bom trabalho!