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Com design futurista e inovador, Yamaha MT-03 mescla esportividade e fácil tocada na cidade


REMOVER SUBTITULO MATERIA NÃO PUBLICADA

Por: Arthur Gomes Rossetti - 23 de setembro de 2009

Para quem gosta de torque ela é um prato cheio! Acompanhe a partir desta matéria um pente fino técnico jamais feito neste tipo de motocicleta

 

Nesta segunda motocicleta avaliada pelo jornal Oficina Brasil na oficina Gepeto’s Motorcycles, com o auxílio dos técnicos Marcos Pereira dos Santos (o Marcão) e Paulo José de Sousa, notamos que estávamos com um produto completamente diferenciado nas mãos, de características únicas no mercado.


Estilo diferente, incluso em uma nova categoria denominada pela própria fabricante como Roadster Motard


Antes de retirá-la nas dependências da Yamaha, fiquei por alguns instantes analisando cada componente, que além de ter função prática, detém exclusividade no desenho, assim como a fixação. Logo de cara, o item que mais chama a atenção é a posição do braço da suspensão traseira. Aliás, bastava estacioná-la em lugares públicos onde havia concentração de pessoas, que logo era formada uma roda em volta da motocicleta. Cheguei a ouvir vários comentários do tipo “Mas que moto é essa?” ou também “Que moto doida!”. Comentários a parte, o primeiro balanço desta coleta de opiniões mostrou que o consumidor brasileiro carece de modelos mais sofisticados e diferenciados. No passado tivemos algo parecido, como por exemplo, as Aprilia Motó 650, BMW F650, Suzuki DR800, Cagiva Super City, entre outras que deixaram uma legião de fãs e estão na memória de muitos até hoje.


O painel é simples e funcional. Em dias de sol forte as luzes espia aparecem com menor intensidade, a exigir mais atenção do condutor


Impressões
Ao ligá-la, o ruído do motor aliado a uma leve trepidação do guidão logo denuncia que estamos sobre uma máquina monocilíndrica de alto torque. Se a antiga XT 600 Ténéré fez escola por causa do “enorme caneco”, a MT-03 surpreende com um acréscimo de 60cc em comparação a geração Yamaha de anos atrás.

O painel é simples e moderno, com instrumentação analógica (conta giros) e digital (velocidade, odômetros total e parcial) mais as luzes espia.
Ao engatar a 1ª marcha com o motor ligado surge um “clec” instantâneo, sem delicadeza alguma, deixando claro que o conjunto é robusto. Ao sair, temos a semelhante sensação de conduzir um veículo a diesel, devido o alto torque disponível desde a marcha lenta. É uma moto que não necessita de queimadas na embreagem para que o motor acorde, muito pelo contrário, caso isso seja feito ela responderá com uma bela empinada na saída de um farol por exemplo. Ainda bem que não havia policiais no local...

O que incomodou e em certos momentos, atrapalhou a condução ocasionando certo desconforto no meio do trânsito foi o acerto da injeção eletrônica Magneti Marelli, que permite “buracos” constantes e fez com que o motor “apagasse” em uma reduzida de marcha em plena Avenida movimentada. Questionada, a Yamaha afirmou que o modelo estava devidamente revisada e regulada. Durante os 1.500km de testes, utilizamos a gasolina comum, aditivada, Premium e Podium, no intuito de constatar se havia melhoras, o que ficou confirmado ligeiramente no caso dos dois últimos combustíveis citados.

Em meio ao trânsito pesado da cidade de São Paulo, notamos que o guidão, apesar de permitir boa postura do condutor, poderia ser mais estreito, visto a largura excessiva atrapalhar no momento de transitar em locais com pouco espaço.


O conjunto de freio traseiro deixou a desejar, mesmo com a renomada pinça Brembo

Na estrada fica nítida a falta de mais cilindros. É nesta situação que o “caneco solitário” sofre! Atingir a rotação de corte (7.500 rpm) é a coisa mais fácil do mundo, mas se mantido nesta condição por longos quilômetros poderá acarretar danos ao motor.

A maneabilidade e ciclística merecem elogios. Na cidade ela mostra-se incrivelmente ágil, sendo possível acompanhar motocicletas de menor cilindrada sem maiores dificuldades e na estrada então nem se fala. Foi possível encarar até mesmo as superesportivas com mais de 600cc e quatro cilindros nas curvas da estrada que interliga a cidade de Amparo a Serra Negra. Chegando ao destino, outros motociclistas que estavam no mesmo pelotão ficaram curiosos com o desempenho nas curvas e vieram fazer alguns questionamentos. Mais uma vez a suspensão traseira foi o centro das atenções.

Os freios dianteiros mostraram-se eficientes, com precisão sempre que exigidos. O mesmo não pode ser dito do traseiro, que apesar de pertencer a grife Brembo demonstrou funcionamento “borrachudo”, com pouca eficiência.

O banco do garupa apresentou pequenos rasgos na parte de trás. Ao conversar com outros profissionais do mercado, foi informado que este é um problema comum de ocorrer, pois a própria estrutura interna ocasiona atrito nas laterais superiores da superfície quando há um segundo ocupante.
Acompanhe na próxima edição a continuação desta série de três matérias sobre a MT-03, com muitas dicas e procedimentos de reparação preventiva e corretiva!

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