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Salão do Automóvel de São Paulo - Tecnologias e tendências na visão do Reparador Automotivo


Veja quais são as novidades que já circulam pelas ruas do Brasil e que em breve estarão nas oficinas independentes. Os profissionais do aftermarket devem se preparar o quanto antes para recebê-las

Por: Tenório Junior - juniordajr@yahoo.com.br - 24 de dezembro de 2016

Em 2016, ao completar 56 anos, o maior evento da indústria automotiva aconteceu no São Paulo Expo Imigrantes. Foram 30 marcas reunidas em 110 mil m² de área total, sendo 90 mil m² de área interna.

No dia em que visitei o Salão do Automóvel (19/11), fiquei impressionado positivamente com a organização e limpeza. A área externa parecia um evento à parte; música ao vivo, variedades de comidas e bebidas, mesas e cadeiras à vontade, além de uma vista privilegiada para as pistas de “Test drive”. Mas primeiro, vamos falar das novidades que o evento trouxe e anunciou para o mercado, que em breve estarão nas nossas oficinas:

Logo na entrada me deparei com o estande da Chevrolet, que me atraiu pela projeção de imagens na lateral de um Onix. E nessa demonstração era possível ver o pacote de inovações tecnológicas daquele modelo, tudo o que os apaixonados por carros e tecnologias gostariam de ter. 


Além da notória mudança no visual, que inclui os faróis com iluminação diurna e lanternas, o que importa para nós é que o Onix 2017 dispõe do novo sistema Onstar, com uma série de serviços essenciais: emergência, segurança, conectividade e serviços de assistência pessoal. Ainda há a possibilidade de monitoramento via celular de: pressão dos pneus, quilometragem, tempo de troca de óleo do motor, código de falha do sistema de injeção eletrônica, entres outras funções úteis que realmente auxiliam o motorista e o reparador quando falamos de manutenção, pois há o Diagnóstico Avançado. Ainda não há confirmação desse sistema para as oficinas independentes, mas a GM também não descarta a possibilidade. 

Ainda no estande da GM, pude ver o “Bolt”. Um carro conceito, 100% elétrico, que está previsto para ser lançado em 2017 nos EUA; no Brasil ainda não tem previsão de chegada.

Dentre os carros expostos pela Peugeot o que chamou a atenção foi o modelo 208 1.6 THP de 173cv, com injeção direta de combustível, comando duplo no cabeçote acionado por corrente, variável na admissão e escape, torque de 24,5 kgfm a 1.400 rpm, câmbio manual de 6 marchas e direção com assistência elétrica. O modelo já está à venda desde abril de 2016. 


Bem, após algumas horas andando por entre os mais diferentes carros, percebi que a disputa entre as marcas está cada vez mais acirrada. Do ponto de vista do consumidor final isso é saudável, porque estimula o processo de melhoria contínua das montadoras, promove o equilíbrio de preços e, consequentemente, aquece a economia do país. 

Sob a ótica do reparador independente a percepção fica restrita às questões técnicas, que envolvem tecnologia e reparabilidade desses veículos que, não por acaso, foram objetos dessa matéria. Tratam-se de modelos que “ditam” tendências, possuem tecnologia de ponta com preços acessíveis e já circulam em nossas ruas, portanto, em breve estarão frequentando nossas oficinas.

Estou me referindo aos veículos turbinados de baixa cilindrada; motores compactos de três cilindros; transmissão automática em veículos de médio e pequeno porte; direção com assistência elétrica; sensores e atuadores que auxiliam na dirigibilidade e aumentam a segurança; são itens que estão cada vez mais presentes nos veículos que, num futuro muito próximo, serão chamados de “populares”. 

Se por um lado essa “enxurrada” de tecnologia eleva o nível dos carros e salta aos olhos do consumidor, por outro, é um sinal de alerta para o reparador independente que, inevitavelmente, terá que se atualizar acompanhando de perto as novidades e mudanças, tanto no ponto de vista técnico quanto no conceitual. É hora de se reciclar!