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AUDAZ conta sua trajetória, desafios e seus planos para o futuro


Nesta edição, entrevistamos Alexandre Bassora, fundador da Audaz, uma agência de comunicação referência quando o assunto é inovação

Por: Da Redação - 27 de julho de 2022

Conte um pouco de sua trajetória profissional até os dias atuais à frente da Diretoria da empresa.

Sempre acreditei que criatividade, tecnologia e design são processos de inovação e diferenciação fundamentais para a transformação dos negócios. Logo que me formei em Publicidade e Propaganda, pela PUC-Campinas, vi que não podia esperar mais para criar uma empresa que oferecesse um modelo de comunicação que revelasse o melhor das pessoas e das marcas.

Aprendi muito nos estágios que fiz em São Paulo e no interior, mas foi a partir da fundação da AUDAZ, em 1999, que crescemos de maneira exponencial. Nas duas primeiras décadas, atuei como norte criativo e de negócios. Hoje, como CEO, faço questão de acompanhar de perto cada etapa de tudo o que a AUDAZ produz para o Brasil e para o mundo.  

Conte um pouco a história da AUDAZ.

Começamos em Nova Odessa e logo nos mudamos para Americana. Desde 2008 temos escritório em São Paulo. Também nos preocupamos com o mundo à nossa volta, e com os profissionais da equipe AUDAZ. Investimos em terapias, criamos uma prefeitura para cuidar das demandas dos audacianos, como nos chamamos aqui, e conquistamos o selo GPTW na primeira participação do mais importante modelo de avaliação global de cultura organizacional. Tenho muito orgulho da contribuição da AUDAZ para transformar marcas como ACUVUE (JONHSON & JOHNSON para América Latina), ZF e as marcas LEMFÖRDER, SACHS, TRW, VARGA e, adicionado recentemente, WABCO. Também AVERY DENNISON para América Latina, PABU (Pacaembu Autopeças), Instituto CPFL, CPFL Soluções e ENVO, ambas do grupo CPFL Energia. BOSCH e, agora, MAHLE, conquistada em 2021, e HYUNDAI, recente conquista. Também temos em nossa história recente um dos mais importantes prêmios criativos da TV Brasileira, o Profissionais do Ano da Rede Globo, com uma sequência de filmes para supermercados sem oferecer um produto sequer.

A área da comunicação sofreu uma mudança radical com o advento da internet. Diante disso, como a AUDAZ avalia este novo cenário? Há mais desafio ou oportunidades?

As exponenciais mudanças são e continuarão sendo técnicas, com a adição de meios não comportamentais em sua essência. Continuamos sendo pessoas com desejos e necessidades iguais às que havia antes da entrada da internet intensamente em nossas vidas. Sentimentos básicos como amor, dor, fé, descrença, esperança, pessimismo, afeto e fúria, entre tantos outros comportamentos e reações de nós mesmos, nada mudou. Isso pauta tudo o que fazemos na AUDAZ: pessoas e seus comportamentos. Perceber, reagir, sentir e viver.

Em tempos não muito distantes, o “advertising” compunha um dos principais focos de uma agência de publicidade. Mais recentemente observamos uma maior preocupação com o “business”, ou seja, um fusionamento entre marca e negócios.

Como a AUDAZ avalia esta necessidade dos clientes?

Advertising significa divulgar, falar, comunicar, emitir uma mensagem. Tudo comunica. Tudo. E nada faz sentido se ficarmos apenas no âmbito da ideia ou do projeto, sem o tornar real, sem lançar ao mundo uma ideia, uma mensagem, seja qual meio for o mais pertinente. Tudo em marketing se transforma em algo, deve sair do papel. E quando isso acontece, o “anúncio” acontece, a comunicação ocorre. O ponto é: o modelo de negócio das agências de publicidade que, predominantemente, se estabeleceu na compra de mídia dos meios, até então, mais clássicos como TV, revista, jornal e rádio, perdeu relevância (ainda há, e muito). As pessoas não acessam mais, exclusivamente, informações por esses meios. Muitos outros foram adicionados. As agências que entendem, sabem do seu papel e importância nos negócios de seus clientes, nunca deixaram de pensar no impacto de tudo o que fazem para o “business” de marcas e empresas. Assim, continuamos, me referindo ao segmento agência de publicidade, tão relevantes como historicamente sempre fomos. 

A AUDAZ tem se destacado no atendimento de clientes que atuam no mercado automotivo, inclusive no muito específico “aftermarket”. Como foram desenvolvidos estes “skills” para um nicho tão específico?

Temos história com o setor automotivo. Tive o privilégio de contribuir para que o Brasil entendesse a importância do airbag. Participei intensamente do processo que tornou lei a obrigatoriedade da produção de veículos com airbags e ABS a partir de 2014. Esse envolvimento deu visibilidade ao trabalho da Audaz e nos permitiu conquistar ainda mais o mercado. 

Somos parte do processo de transformação da relação da indústria automotiva com oficinas mecânicas e aplicadores em todo o Brasil. Criamos, junto ao brilhante comando diretivo e a equipe de marketing liderada por Fernanda Giacon, o programa Amigo Bom de Peça, da ZF, que este ano atingiu 24 mil mecânicos cadastrados, 150 mil followers (seguidores) nas redes sociais, 100 visualizações por hora, 3,7 milhões de views desde o início início do projeto, mais de 140 mil certificados distribuídos e quase 120 mil horas de aulas assistidas. E o ABP se tornou muito mais que um programa de EAD. Tínhamos ciência disso desde o nascimento da ideia. É um projeto de profundo entrelaçamento estratégico de marketing e comercial, de relacionamento. Posso dizer, com segurança, que este projeto mudou o aftermarket brasileiro como nenhum outro projeto de marketing do setor foi capaz.

Ainda falando de mercado automotivo, a AUDAZ tem planos para conquistas de novas contas no segmento? 

Não temos planos, temos convicções. A melhor maneira de conquistarmos novas contas, marcas e clientes é seguir fazendo o que sempre fizemos: gerar imenso resultado aos clientes que se relacionam e confiam no meu trabalho e de minha empresa. Com isso, naturalmente, ao tornar esse resultado conhecido do mercado, as novas conquistas ocorrerão naturalmente. O sucesso da minha empresa depende do sucesso dos meus clientes. A propaganda que faço da Audaz é gerar resultados, felicidade e prosperidade aos meus clientes.

Além do automotivo, em que outros segmentos a AUDAZ possui clientes?

Nos posicionamos com uma não-agência. Temos redesenhando o modelo de agência até então conhecido. Somos nossos clientes e a audiência (consumidor) de nossos clientes. Somos especialistas multidisciplinares. Tudo comunica. Não importa o segmento. Eu luto, diariamente, para ser uma fonte inesgotável de energia e criatividade transformadora. Feita por pessoas que vivem e entendem de pessoas. Somos geradores de prosperidade e fazemos isso para os segmentos de varejo alimentar, corporativo e de bens de consumo. Atuamos no segmento de startups e contamos com importantes clientes dessa área. Entendemos de real estate, de moda. Adoro dizer que o meu segmento são todos os segmentos que as pessoas fazem parte deles (risos).

O universo digital oferece desdobramentos incríveis, entre eles mídias sociais, ao comércio eletrônico, sites, influenciadores, informação (BIG DATA). Toda esta atividade possui mensuração, logo as métricas (ROI, KPISs) das ações ficam mais evidentes. Como a AUDAZ lida com a mensuração?

Lidamos de modo adequado e obrigatório na AUDAZ, ou seja, compondo, unindo especialidades estatísticas e exatas, matemáticas, aos “skills” de planejamento e criativos da agência. Temos alguns mantras na AUDAZ, um deles é: “somos tão bem informados quanto criativos, mas somos mais criativos”. Tecnologia, dados, métricas, são commodities. Hoje em dia, toda empresa pode e tem o dever de ter. A diferença é o que você faz ao analisar, interpretar e agir diante da informação dos dados antes e depois das ações.

O mundo da comunicação, principalmente na área digital, está lidando com o desafio da LGPD. Para a AUDAZ esta legislação traz mais desafios ou é encarada como uma necessidade para proteção do consumidor?

Uma lei que proteja nossas idiossincrasias e informações é um avanço, como observado em todo mundo, a propósito. No entanto, de nada adianta a LGPD se o usuário, se as pessoas proprietárias dos dados de si mesmas não souberem e, predominantemente não sabem, o valor que há nisso. As linhas finas com textos em dimensões inelegíveis, os botões de “aceito”, têm “engolido” a proteção de dados do usuário. Na web 3.0, espontaneamente e no modo como será estruturada, o usuário é detentor de seus próprios dados em blockchain. Isso vai mudar o jogo da comunicação. Já está mudando, e muito em breve veremos, sentiremos. 

Nos dias atuais observamos uma grande concorrência no mercado de publicidade, inclusive com a entrada de novos players como consultorias e empresas de tecnologia. Qual a “receita” da AUDAZ para driblar esta concorrência e alcançar tanta projeção?

Criatividade, poderoso e sincero afeto nas relações interpessoais. Respeito. Insaciedade qualitativa, querer sempre mais, mais e melhor. Fúria para fazer um trabalho magnífico, com resultados reais e aferidos no bottom line das empresas. Somos plenamente tecnológicos e absolutamente biológicos. Enquanto tudo o que existir neste mundo continuar existindo para as pessoas, e reflita, é isso o que ocorre, tudo é feito para nós, pessoas, seres humanos, eu vou competir com quem quer que seja pela atenção, lembrança e atitude dos consumidores, da audiência de nossos clientes e marcas atendidas.

Já que a AUDAZ é uma empresa com forte atuação na área automotiva, inclusive no aftermarket, fique à vontade para mandar uma mensagem aos nossos assinantes, que compõem mais de 70% do mercado profissional consumidor de autopeças. 

Enquanto houver ruas e estradas, asfaltadas ou não. Enquanto a necessidade de transportar algo de um local a outro existir, enquanto houver pessoas desejando sair de um ponto e chegar a outro, com segurança e paz, haverá o trabalho de dezenas de milhares de trabalhadores a serviço da reparação, do transporte, da mobilidade em toda cadeia produtiva ligada a este setor, no Brasil e no mundo. Do diretor presidente de um grande grupo internacional ao jovem aprendiz numa oficina mecânica de um canto remoto deste nosso incrível país. O planeta se movimenta, literalmente, com o maravilhoso e valioso trabalho de todos vocês.

Eu tenho uma responsabilidade, e honra imensa, de fazer o que amo fazer. Me faz feliz e é gratificante atuar ao lado de expressivos clientes do setor automotivo. Ao lidar com pessoas através da comunicação, do design e da tecnologia, eu me realizo pessoal e profissionalmente. Parabéns querido Cássio Hervé e todos em Oficina Brasil. Vocês são um meio, estratégico e tático, fundamental para que o meu trabalho seja percebido. Vocês são essenciais e determinantes para o sucesso dos clientes do segmento automotivo que tenho o privilégio e o prazer de atender. Muito obrigado. Santé!