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Ranger com falha na regeneração do DPF


Ford Ranger apresentava falhas, problema foi solucionado no nosso Fórum

Por: Da Redação - 15 de outubro de 2017

Defeito: Ford Ranger equipada com motor diesel 3.2 acendeu a luz de advertência no painel de instrumentos indicando excesso de fuligem no DPF – Filtro de Material Particulado Diesel. No serviço de regeneração do DPF a temperatura atinge 700º graus mas neste caso não passou dos 200º graus durante o processo de regeneração forçada, com este problema o processo de regeneração não é finalizado corretamente.

Diagnóstico: Durante o processo de regeneração foi observado que a bomba do vaporizador não estava atuando. Fazendo uso do scanner, apareceram alguns códigos de falhas: P2463 – Acúmulo de fuligem excedida, P244C – Temperatura baixa do catalizador banco 1, P246C – Obstrução do filtro DPF.

No manual da Ford Ranger – Controle de emissões do motor- tem informações importantes que são muito úteis para realizar os procedimentos corretos para a regeneração do DPF. Como todos os códigos de falhas indicam problemas no DPF, foi importante seguir as instruções do manual para restabelecer o funcionamento correto do motor.

Neste processo tivemos que tomar alguns cuidados devido ao risco de incêndio devido à elevação da temperatura no sistema de escapamento e objetos como papel, pano ou estopa contaminados com derivados de petróleo, devem ser mantidos bem distantes do veículo.

Como o próprio fabricante recomenda, são dois os procedimentos para a regeneração do DPF, a passiva e a ativa, ambas são realizadas automaticamente sem a intervenção do motorista ou mecânico.

Para que o processo ocorra de forma eficiente, é preciso que o veículo mantenha uma velocidade constante acima de 50Km/h por aproximadamente 20 minutos. A frequência deste procedimento varia em intervalos de 160 Km a 500 Km. Pode ocorrer casos em que o DPF deve ser removido para limpeza em aproximadamente 195.000 Km e isso depende da forma de condução do veículo.

Para quem dirige por distâncias curtas, deixa o motor em marcha lenta por muito tempo, liga e desliga o motor com frequência, tudo isso contribui para diminuir o tempo de vida útil do DPF que poderá exigir a substituição por volta dos 400.000 Km. A regeneração ativa ocorre quando o nível de fuligem aumenta em torno de 50%. É quando a ECU faz pequenos ajustes na injeção de diesel denominada injeção pós-queima que aumenta a temperatura dos gases do escapamento que ao passar pelo DPF, queima tomo o material particulado que estava acumulado. Na regeneração passiva o processo de limpeza do DPF ocorre automaticamente quando a temperatura dos gases de escape atinge cerca de 600 graus. Também é possível realizar a regeneração do DPF com uso de scanner que é conhecida como regeneração forçada com o veículo parado. O sistema de filtro DPF é capaz de reter cerca de 85% da fuligem resultante da combustão do diesel, e sua eficiência é maior nos veículos estradeiros que percorrem longas distancias em velocidades altas mas os veículos de uso urbano sofrem devido à falta de velocidade e dos percursos curtos que não permitem que o módulo realize suas funções completas.

Solução: seguindo as orientações do manual da Ranger, e com a realização de uma nova limpeza do DPF, fazendo o reset dos parâmetros de inicialização do DPF e para deixar a memória zerada, a bateria ficou desconectada por 12 horas.
Depois de fazer um teste de rodagem por 150 Km, foi possível verificar com o uso do scanner que o módulo estava fazendo a limpeza de forma automática a cada ciclo determinado. É importante lembrar que a regeneração do DPF depende da temperatura e do tempo necessário para a queima do material particulado conforme demonstrado no gráfico abaixo.

Deu trabalho, mas o serviço foi bem executado e o cliente ficou satisfeito. Para os próximos carros diesel que chegarem na oficina com este tipo de defeito, será mais fácil resolver porque a lição foi boa e aprendemos direitinho.