Jornal Oficina Brasil
Início
Notícias
Fórum
Treinamentos
Vídeos
Jornal
Para indústrias
Quem Somos
EntrarEntrarCadastre-se
Jornal Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se

Notícias

Página Inicial
Categorias

Vídeos

Página Inicial
Categorias

Fórum

Página InicialTópicos Encerrados

Assine

Assine nosso jornalParticipe do fórum
Banner WhatsApp
Comunidades Oficiais
WhatsApp
Jornal Oficina Brasil

A plataforma indispensável para uma comunidade forte de reparadores.

E-mail de contato: [email protected]

Atalhos

NotíciasComunidade

Outros Assuntos

Oficina Brasil EducaMarcas na OficinaImagem das Montadoras

Fórum Oficina Brasil

Conheça o FórumAssine o Fórum Oficina Brasil

Jornal Oficina Brasil

Conheça o JornalReceba o Jornal na sua Oficina
Oficina Brasil 2025. Todos Direitos ReservadosPolítica de Privacidade
  1. Home
  2. /
  3. Técnicas
  4. /
  5. Sistema de Recirculação dos Gases de Escape do Motor EA189 2.0 TDI da Amarok

Sistema de Recirculação dos Gases de Escape do Motor EA189 2.0 TDI da Amarok

O funcionamento do sistema de Recirculação de Gases de Escape no motor EA189 2.0 TDI da Amarok

Da Redação
17 de setembro de 2025

O motor EA189 2.0 TDI (com turbocompressor e injeção direta de diesel) é reconhecido mundialmente por sua alta tecnologia. Dotado do sistema Common Rail — um sistema de injeção direta de combustível que opera em uma faixa de pressão entre 230 e 1.800 bar —, esse motor atende às rigorosas normas de emissões de poluentes dos mercados globais. Essa ampla variação de pressão, aliada ao controle eletrônico preciso, permite seu uso em diversos modelos da Volkswagen, como Passat, Golf, Tiguan e Amarok. No Brasil, é amplamente conhecido por equipar todas as versões da Amarok 2.0, tanto monoturbo quanto biturbo.


Imagem sem descrição

LEGENDA: A figura apresenta os principais componentes do sistema Common Rail:

  • Bomba de combustível de baixa pressão G6, instalada no tanque;

  • Filtro de combustível, principal componente para a drenagem da água do diesel;

  • Sensor de temperatura do diesel, do tipo NTC (Coeficiente de Temperatura Negativo);

  • Bomba de alta pressão, equipada com válvula de dosagem de diesel N290;

  • Galeria de combustível (Rail), construída em aço forjado e equipada com o sensor de pressão G247 e a válvula de controle de pressão N276;

  • Injetores de diesel: piezoelétricos até 2012 e eletromagnéticos a partir de 2012.

Sistemas de Controle de Emissões

Diversos sistemas são integrados ao motor EA189 para garantir a conformidade com as normas de emissões, especialmente considerando que o diesel é um combustível naturalmente mais poluente. Entre os principais sistemas estão o DPF (Filtro de Partículas Diesel) e o EGR (Recirculação dos Gases de Escape).

Formação de Gases Poluentes

O processo de combustão dos motores diesel com sistema Common Rail utiliza uma mistura extremamente pobre de ar/combustível, já que não há controle sobre a entrada de ar — a válvula borboleta permanece totalmente aberta. A rotação do motor é controlada unicamente pela quantidade de diesel injetado em cada ciclo de combustão. Esse excesso de oxigênio favorece a formação de óxidos de nitrogênio (NOx), compostos altamente nocivos. Também são geradas partículas sólidas de fuligem (hollín), expelidas pelos gases de escape.


Imagem sem descrição

LEGENDA: As partículas de hollín são esferas microscópicas de carbono (cerca de 0,05 µm de diâmetro), com núcleo de carbono puro e revestimento de hidrocarbonetos, óxidos metálicos e enxofre.

A formação dessas partículas está diretamente relacionada à presença de enxofre no diesel. Por exemplo, no diesel S-10, há 10 partes de enxofre por milhão.

Filtro DPF com Função Catalítica

O filtro DPF do motor EA189 possui função dupla: atua como filtro de partículas e como conversor catalítico.

Na função de conversor catalítico:
O filtro é composto por um corpo cerâmico de carboneto de silício, revestido com óxidos de alumínio e cério, que servem de substrato para o metal nobre platina — catalisador responsável pela oxidação de gases nocivos. A aproximadamente 300°C, a platina promove reações químicas que convertem CO (monóxido de carbono) em CO₂ (dióxido de carbono) e H₂ (hidrogênio) em H₂O (água).


Imagem sem descrição

LEGENDA: Filtro DPF na função de conversor catalítico.

Na função de filtro de partículas:
O corpo cerâmico é formado por canais paralelos fechados alternadamente. Isso obriga os gases a atravessarem paredes filtrantes porosas, retendo as partículas sólidas de hollín. O acúmulo dessas partículas é periodicamente incinerado por meio da função de regeneração, acionada pela central eletrônica, transformando-as em CO₂.


Imagem sem descrição

LEGENDA: Representação interna do filtro DPF com partículas retidas (cinza) e fluxos de gases (setas vermelha e amarela).

Sistema EGR (Recirculação dos Gases de Escape)

Os catalisadores não conseguem reduzir o NOx devido à presença excessiva de oxigênio nos gases de escape dos motores diesel. A solução é a recirculação de parte desses gases para o coletor de admissão, substituindo parte do ar fresco. Isso reduz o conteúdo de oxigênio na mistura, diminuindo a temperatura da combustão e a formação de NOx. Antes de retornar ao motor, os gases passam por um radiador de resfriamento para otimizar esse processo.


Imagem sem descrição

LEGENDA: Esquema do sistema de recirculação dos gases de escape.

Válvula de Recirculação dos Gases de Escape N18

A válvula N18 é do tipo pistão e possui acionamento elétrico, comandado pela unidade de controle. Ela pode ser modulada continuamente, variando de totalmente fechada a totalmente aberta, conforme a necessidade.

Até 2011, a válvula era integrada ao radiador do EGR. A partir de 2012, passou a ser integrada ao corpo da borboleta no coletor de admissão, otimizando o sistema, pois ambas são acionadas simultaneamente.


Imagem sem descrição

LEGENDA: Configuração até 2011: válvula N18 integrada ao radiador EGR, instalada acima do coletor de escape.


Imagem sem descrição

LEGENDA: A partir de 2012: válvula N18 integrada ao corpo da válvula borboleta, no lado esquerdo do cabeçote.


Imagem sem descrição

LEGENDA: Localização da bomba V51, próxima ao filtro de ar e turbina.

Monitoramento da Válvula N18 – Sensor G212

A posição da válvula é monitorada pelo sensor de posição G212, do tipo Contactless. Ele utiliza um sensor Hall e um ímã para medir variações no campo magnético, convertendo-as em sinais elétricos entre 0 e 5 V. Essa leitura pode ser feita por scanner na função “Leitura de valores de medição”.

Sistema de Resfriamento dos Gases do EGR

Como os gases de escape têm temperatura elevada, precisam ser resfriados antes de retornar ao motor. O sistema de arrefecimento é composto por:

  • Bomba elétrica V51, acionada pela unidade de controle com funcionamento do tipo liga/desliga (On/Off);

  • Sensor de temperatura G83, do tipo NTC;

  • Radiador do EGR, que realiza a troca de calor.


Imagem sem descrição

LEGENDA: Sensor G83 instalado na mangueira de saída do radiador principal para o radiador do EGR.


Imagem sem descrição

LEGENDA: Radiador do EGR.


O radiador do EGR garante a separação entre o líquido de arrefecimento e os gases. Caso haja mistura, o líquido pode invadir a câmara de combustão e causar calço hidráulico.



Imagem sem descrição

LEGENDA: Válvula N386 – comutação do fluxo do líquido de arrefecimento.

A válvula N386 (3 vias/2 posições) comuta o fluxo do líquido de arrefecimento. Em fase fria, utiliza o líquido do bloco do motor; em fase quente, direciona o fluxo do radiador principal para o EGR.



Imagem sem descrição

LEGENDA: O circuito reduzido permite atingir mais rapidamente a temperatura ideal de funcionamento.


Na Fase Fria do Motor

Se a temperatura ambiente estiver abaixo de 17°C e a do líquido abaixo de 60°C, a válvula N386 se posiciona para que o fluido circule apenas pelo motor, permitindo aquecimento mais rápido.


Imagem sem descrição

LEGENDA: Circuito mais longo favorece a troca térmica nos componentes do EGR.

Na Fase Quente do Motor

Acima de 17°C ambiente e 60°C no motor, a válvula permite que o líquido do radiador principal circule pelo EGR, mantendo o sistema pronto para recirculação dos gases.

Ajuste Básico do Sistema EGR

Após qualquer intervenção mecânica, é necessário efetuar o ajuste básico da válvula N18.

Procedimento via scanner:

  • Acesse o módulo “01 – Motor”;

  • Apague eventuais falhas;

  • Em “Funções Guiadas”, selecione “Ajuste básico da válvula de recirculação”;

  • O sistema verificará a temperatura do motor e a tensão da bateria (mínimo 12 V);

  • O scanner executará a abertura e fechamento completos da válvula, salvando os parâmetros.


Ajuste Básico da Válvula Borboleta

Como a válvula borboleta é acionada durante a recirculação para criar depressão no coletor, também precisa ter sua posição calibrada após o ajuste da N18. O procedimento é realizado com o mesmo scanner, selecionando a função correspondente.


Imagem sem descrição

LEGENDA: A válvula borboleta do EA189 permanece totalmente aberta em repouso e se fecha parcialmente durante o EGR ou ao desligar o motor.

NOTÍCIAS RELACIONADAS
Técnicas
Técnicas
A Evolução das Normas de Lubrificantes: Entendendo as Diferenças e a Importância das Homologações de Fabricante
Técnicas
Técnicas
Sistema de Recirculação dos Gases de Escape do Motor EA189 2.0 TDI da Amarok
Técnicas
Técnicas
Como uma simples pintura de para-choque gerou um reparo de R$ 4.500