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Sociedade Empresarial, um desafio com grande relevância para o seu negócio


Listada entre as razões que mais frequentemente causam o fracasso ​nos negócios, gerenciar uma empresa com sócios tem lá os seus desafios. Veja como a composição societária pode tornar​-se​ ​o seu ponto forte​

Por: Patricia Micolaiciunas - 01 de outubro de 2017

Diversas são as motivações para ter-se um sócio... Uma sociedade pode ser composta por profissionais com perfis distintos que se unem para complementar-se na realização de atividades que resultam na oferta de um serviço ou produto ao mercado. Pode acontecer também da sociedade ser composta por pessoas com perfis parecidos e conhecimento técnico semelhante que se uniram para viabilizar um negócio ou ainda, uma sociedade estabelecida por um vínculo ou sucessão familiar.
Seja qual for a motivação, constituir uma empresa numa composição societária tem lá os seus desafios.

De igual modo, além dos já citados, há diversos benefícios nesta composição, como o apoio encorajador, tão importante em momentos de dificuldade. Quando uma das partes pensa em desistir, haverá alguém para estimular e caminhar em conjunto.
Ou a possibilidade de ter alguém para discutir ideias, validar pensamentos e reflexões, podendo-se obter um outro ponto de vista de alguém que está tão inserido no negócio quanto você.

A união de duas ou mais pessoas, numa sociedade que atua em cooperação, supera a soma do número dos seus integrantes, tornando esta composição muito mais forte.

No entanto, uma das maiores dificuldades, responsáveis por muitas pessoas desistirem da composição societária ou nem mesmo considerar a possibilidade de tê-la, pode estar relacionada às palavras: relacionamento, comunicação e tomada de decisões, as quais estão fortemente interligadas.

Como latinos, apesar de falarmos com facilidade, temos uma grande dificuldade em dizermos o que realmente precisa ser dito. Se nos compararmos com os povos não-latinos, perceberemos que eles tratam com naturalidade certos assuntos que para nós seria muito difícil abordar. Mas, sejamos europeus, latinos, asiáticos..., temos algo em comum: a dificuldade em falar sobre sentimentos e percepções.

Mais do que a união de conhecimentos, experiências e esforços disponibilizados em favor da empresa, numa sociedade empresarial, os sentimentos, expectativas, sonhos, ansiedades e percepções dos diversos sócios tem que ser considerados. Para tanto, é necessário aprender a dialogar com transparência não somente no momento da concepção da empresa, mas ao longo do desenvolvimento do negócio.

Muitas pessoas possuem como referência relacionamentos frustrantes e pouco produtivos, que se distanciam do tipo de relacionamento que se desejaria obter. Guiados por tal referência, buscam acreditar que na sociedade empresarial não seria necessário construir relacionamentos com transparência, fato que promove grande fragilidade para o negócio.
Encoraje-se a exercitar o diálogo com o seu sócio! Quem sabe através deste exercício, outros relacionamentos possam se tornar mais saudáveis e produtivos na sua vida.

Além disso, e de forma prática: estabeleça quais são os objetivos que vocês têm para a empresa, quais são as responsabilidades de cada sócio, o nível de autonomia, quais são os projetos que serão priorizados nos próximos períodos, quais são as áreas de atuação de cada um e por consequência, qual equipe estará subordinada a cada sócio.
Se a decisão for manter equipes subordinadas a mais de um sócio, certifique-se de alinhar expectativas e prioridades antes de solicitar atividades, evitando desperdício de tempo e perda de foco em solicitações que podem ser divergentes. Mas, acima de tudo sejam sinceros, conversem!

Busque adquirir o hábito de reunir-se, conversar, buscar compreender como as suas ações afetam aos demais sócios, qual o sentimento de todos em relação à forma que estão conduzindo o negócio, isso os tornará mais próximos e mais fortes.
Muitas empresas em fase de crescimento e até mesmo com resultados momentâneos de sucesso não priorizam tempo para planejar, definir estratégias, rever o modelo de negócios, aprimorar processos para melhoria de performance, se limitando a tratar dos assuntos na medida que as urgências aparecem.

Este tipo de “administração” além de muito desgastante para gestores e equipes, fragiliza as organizações, tornando-as incapazes de suportar as ambições de crescimento e os desafios que virão pela frente.
É necessário construir alicerces sólidos e sustentáveis, através de discussões guiadas por perguntas-chave e uma dose de reflexão.

Durante este processo, divergências podem surgir sem um consenso claro, assim como a ausência de referências e metodologias podem dificultar a obtenção de um planejamento adequado e definição de estratégias que realmente conduzam ao crescimento. Se este for o caso, busque por profissionais experientes que possam auxiliar na construção destes alicerces, mas não desista!

Persista na construção de um negócio com alicerces firmes e bem fundamentados.