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Ele está de volta! Conheça o Yamaha Neo 125, modelo de sucesso entre os Scooters


Mais eficiente e econômico, Yamaha revive o Scooter Neo depois de seis anos de aposentadoria da primeira versão, com agilidade de motocicleta e rodas grandes que estão presentes desde o começo de sua produção

Por: Lucas Paschoalin - 06 de abril de 2017


Scooter mais uma vez? Sim, mas prometemos que é o último da série. É que a moda está com força, e já que vem lançamento atrás de lançamento, não podemos abrir mão de falar de mais novidades e do que pode ir parar na sua oficina, como o Yamaha Neo 125. Este nome é popular, você deve ter ouvido falar dele pela primeira vez em 2004, quando a marca japonesa mostrou seu então inovador produto para os Brasileiro. Rodas grandes para fugir dos buracos, design esguio e uma agilidade de motocicleta de verdade eram seus maiores atrativos. Até sua extinção nacional, ele ainda passaria por mais uma mudança, lá pelo ano de 2007, que mais significaria na estética do modelo do que em melhorias mecânicas e tecnológicas. Mas o tempo foi passando e o scooter com aptidão de CUB (motonetas do estilo Honda Biz e Yamaha Crypton), de freios extremamente potentes, ficou estacionado em relações a mudanças até que a Yamaha resolveu o tirar de linha, em meados de 2012. Mas ele está de volta!


Mais potente e econômico do que um dia você conheceu, guarde apenas como referência do passado o porte fino e o nome. Em sua versão 2017, o Neo ganhou novo propulsor de 125 cm³, que agora rende 9,8 cv de força a 8.000 rotações por minuto. A faixa de entrega de potência é a mesma que as versões anteriores, mas o ganho de cavalaria representa 1,5 cv a mais de força. O modelo atual também já vem com injeção eletrônica no lugar do finado carburador Mikuni da versão de 115 cc, que tinha como uma de suas características negativas a fraca arrancada com os 0,8 kgfm de torque a 7.000 rpm. Essa talvez seja uma das mudanças mais perceptivas do propulsor, já que motoneta ganhou 0,18 kgfm de torque e antecipou seu pico de energia para os 5.500 rpm. Antigamente o Neo contava com partida elétrica e a pedal, mas, no modelo 2007, você encontrará apenas o botão de ligar. Se você vê isso como algo negativo por um lado, veja que do outro isso foi um dos motivos que contribuiu para que a nova versão tivesse apenas 96 kg em ordem de marcha - 7 kg menos que o 115. Sua tocada é bem fácil e lisa, fruto de um desenvolvimento que tem como interesse agradar principalmente o público feminino. O comando de acelerador é macio e fácil de dosar, permitindo uma pilotagem mais precisa em meio ao trânsito. 


O monociclíndrico de comando simples (SOHC) para as duas válvulas de balancins roteados é arrefecido por ar, captado na região próxima à pedalaria direita da garupa e jogado pela ventoinha para dentro de uma caixa plástica. O baixo índice de ruído e de vibração tem a ver com o cilindro fundido em alumínio e silício com o pistão forjado (tecnologia presente também na família MT e no X-Max e nas motos de motocross). A lubrificação é feita por cárter úmido, a embreagem é seca e o câmbio é automático CVT. Diferente dos produtos mais recentes de todo o mercado, o scooter de 52,4 mm de diâmetro por 57,9 mm de curso e taxado em 9,5:1, só pode ser abastecido por gasolina. Para ver se sua tocada está boa, basta acompanhar a luz “ECO” no painel, que gerencia todo o funcionamento do motor e avisa quando dentro dos padrões mais econômicos do modelo. Não vá achando que irá virar o punho e se empolgar, pois não é esta a intenção do produto. Esta sensação você só terá após encher o tanque de 4,2 litros no posto de combustível por menos de R$ 20.

O disco de freio dianteiro é de 200 mm...
Sempre me lembro do antigos proprietários do Neo frisando o quanto ficavam assustados com a potência dos freios do scooter. O destaque ia principalmente para o equipamento da frente, a disco, com 200 mm. Ele era muito ignorante, e uma das coisa que mais me agradava, já que com pouco curso da alavanca do freio, você já havia passado muita potência para a pinça. O sistema permanece igual, tanto na frente quanto atrás, com o tambor de 130 mm. Mas existe uma diferença que amansou um pouco toda aquela braveza, chamado pela Yamaha de UBS - nada mais do que aquele sistema de combinação de frenagem, que transfere 30% de potência para roda da frente quando acionado o traseiro em seu limite. Não está pior. Muito pelo contrário, a correção do freio combinado auxilia para uma parada mais eficiente. Mas também não sentimos mais todo aquele fôlego do passado.

Já o freio traseiro é tambor de 130 mm
Apesar de toda agilidade encontrada no modelo anterior, quem era proprietário de um 115 (ou é), sente falta de um pouco mais de praticidade e conforto. Primeiro por que o banco da versão passada é egoísta demais, com pouca espuma e largura para nos recepcionar. Segundo que o espaço de baixo da antiga versão é quase nulo, e não havia bagageiro original para colocar um baú e carregar os seus pertences. Mas essas foram coisas que também mudaram, fazendo o 125 assumir uma presença mais de scooter. O vão-livre de 11,7 cm passou para 14 litros, permitindo receber um capacete aberto. Não é lá grandes coisas, mas já ajuda. Mas para ganhar este espaço todo o Neo teve que perder em uma de suas mais fortes características: as rodas - de 16” para 14”, em ambos os eixos. Existe aquele tradicional gancho para sacolas ou mochilas abaixo do painel. Para compensar a perda de um lado, a Yamaha alargou os aros de 70/90-16 dianteiro e 80/90-16 traseiro (115) para 80/90-14 e 90/90-14, respectivamente, no 125. O pneu original é da Metzeler e o modelo é o Feel Free.

O preço inicial da Neo é de R$ 7.990, sem o frete
O chassi permanece no estilo Underbone, mas precisou de uns centímetros para lá e outros para cá para garantir mais espaço, tanto que agora há uma plataforma inteiriça para os pés. O conjunto de suspensão continua igualmente firme, mas as pancadas secas, principalmente na frente, estão mais amenas. Garfos telescópicos com 90 mm na dianteira e agora um simples amortecedor de 80 mm na traseira são os responsáveis pela apresentação de uma boa estabilidade e agilidade em meio ao trânsito. 

A nova Neo pode ser encontrada em branco, cinza ou vermelho
Cada vez que ando em um scooter me lembro por que eles estão tão em destaque no momento. É muita agilidade e praticidade. Chega fazer tudo parecer mais fácil, e olha que sempre fui um motociclista meio preconceituoso para este estilo de “motos” no meu começo de minha carreira. Hoje, valorizo mais o que os 1.260 mm de entre-eixos, os 1.870 mm de comprimento, os 685 mm de largura e os 1.070 mm de altura podem fazer. A altura do assento é baixa (775 mm), novamente para agradar as mulheres, mas não chega a ser um  empecilho para os grandalhões. Isso tudo me faz pensar que R$ 7.990 por um Neo branco, vermelho ou cinza fosco, podem se tornar realidade em meu dia a dia, já que tem um bom acabamento, e mesmo tendo um painel bem simples - velocímetro analógico, hodômetro total, nível de combustível e função ECO.