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JAC T6 vem equipado com motor 2.0 16V VVT JetFlex de 160 cv e sem tanquinho de partida a frio


Faixa de torque máximo permanece estável de 3.000 a 4.500 rpm, proporcionando boas retomadas e ultrapassagens com segurança em rodovias

Por: Vinicius Montoia - 08 de março de 2016

O veículo tem 4,47 metros de comprimento, 1,84 m de altura, 1,67 m de largura e seu entre-eixos é igual ao do Hyundai ix35, com 2,64 m de distância

Lanterna é composta por LEDsO primeiro SUV da chinesa JAC Motors lançado no país chegou ao mercado no ano passado com motor 2.0 que desenvolve 160 cv com etanol e 155 cv com gasolina e pode surpreender quem ainda acredita que os veículos chineses não possuem qualidade. Não afirmamos que ele é a máquina perfeita, longe disso. Mas também não podemos deixar de lado a importância que a indústria chinesa representa no mercado, com veículos equipados a um preço mais “acessível”. “Acessível” sim, pois a versão avaliada por nós, com o pacote mais completo (pack 3) de opcionais, custa R$ 81.990.

Bagageiro perde muito espaço sem necessidade: suporte que segura o assoalho, acima do pneu sobressalente, tem cerca de 10 cm

Apesar disso, em todas as versões, partindo de R$ 71.990, o veículo já conta com o propulsor 2.0 e câmbio manual de cinco marchas. Além da cavalaria na casa dos 160 cv a 6.000 rpm - os concorrentes Toyota RAV4 e Honda CR-V oferecem potência máxima de 145 e 155 cv, respectivamente - o T6 tem cabeçote construído em alumínio e seu motor dispensa o uso de tanquinho de gasolina para as partidas a frio. Isso porque há o sistema Jet Flex, que pré-aquece o etanol. O torque máximo é de 20,6 kgfm, mas graças ao comando de válvulas variável, o modelo tem bom desempenho tanto em baixas quanto em altas rotações, agrada dirigi-lo. A faixa de torque máximo começa aos 3.000 giros e permanece estável até 4.500 rpm, proporcionando ótimo rendimento em perímetros rodoviários, com fôlego para realizar ultrapassagens e fazer retomadas de velocidade sem perder a paciência.

Motor tem 160 cv com etanol e 155 com gasolina, ambos a 6.000 rpm

O câmbio, apesar de ser ligeiramente ruidoso, principalmente no momento de manusear a alavanca para trocas de marcha, tem engates mais precisos que os modelos de entrada da marca e sua relação é bastante longa, proporcionando boa economia de combustível e silêncio ao rodar.

E por falar em conforto, o T6 é equipado com suspensão McPherson na dianteira e multilink na traseira, com barras estabilizadoras em ambos os eixos. Isso proporciona certa rigidez, necessária para que o motorista não perca o controle do veículo, mas também a suavidade precisa para não arrancar nenhuma obturação. O que proporciona ainda mais conforto, longe de ser um “prazer ao dirigir”, é a direção com assistência elétrica, que não subtrai potência do motor como nos sistemas hidráulicos. Extremamente leve, se torna fácil fazer balizas e não há do que reclamar na cidade, mas na estrada ela demora para ficar rígida, o que pode trazer insegurança ao usuário. Entretanto, diferentemente dos outros modelos da JAC, os pedais são rígidos na medida certa, e não leves em demasia. Quando eles são muito leves passa a sensação de que algo está quebrado lá em baixo. A marca demonstra, com isso, que está começando a adaptar seus veículos da forma correta para o consumidor brasileiro.

Evidentemente que, para um veículo deste segmento, faltou uma opção com câmbio automático e, principalmente, bancos revestidos em couro na versão topo de gama. Um fato curioso: o console central é de couro com costuras vermelhas, enquanto que o volante também é de couro, mas com costuras pretas). E mesmo assim não há couro para os assentos.

O conjunto de freios é formado por discos nas quatro rodas (ventilados na dianteira e sólidos na traseira), com ABS e EBD (distribuição eletrônica de frenagem). As rodas são de liga-leve de 17 polegadas e pneus 225/60 R17 a partir da versão intermediária (pack 2), com valor de R$ R$ 76.990. Na de entrada (pack 1) por R$ 71.990 as rodas são de aço com calotas 17”. Nem ao menos tapetes são de série na unidade básica. 

O SUV, pelo menos na parte externa, nos faz lembrar alguns modelos coreanos vendidos no mercado pois suas dimensões são muito parecidas com o ix35, vendido pela Hyundai. O T6 tem 4,47 metros de comprimento, 1,84 m de largura, 1,67 m de altura e 2,64 m de entre-eixos, enquanto que o SUV da marca coreana tem 4,41 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,65 m de altura e os mesmos 2,64 m de distância entre-eixos. Ainda sobre dimensões, o porta-malas de 610 litros perde bastante espaço comparando com o concorrente da Hyundai, que tem 718 litros. Isso ocorre porque há uma grande área não utilizada abaixo do assoalho do bagageiro, onde está o estepe.

Interior é confortável e oferece diversas comodidades, mas poderia ter melhor acabamento e bancos em couro na versão top

O veículo, na versão testada que era a top de linha, conta com direção elétrica progressiva, sistema multimídia da Foxconn com entrada HDMI, USB, SD card e auxiliar, conexão bluetooth e a possibilidade de poder “espelhar” a tela do celular na tela HD de 7 polegadas touchscreen do SUV, tornando mais fácil a vida do condutor quando, por exemplo, quer utilizar aplicativos de música e os que monitoram o trânsito nas grandes cidades. Há ainda vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico, sendo que os retrovisores externos podem ser rebatidos com o toque em uma tecla (opcional), tomada 12V, travamento automático das portas a 15 km/h, sensor de estacionamento e câmera de ré e volante com multifunções (rádio e computador de bordo) com regulagem de altura.

Quer saber a opinião do reparador da Oficina Guia Norte, Alexandre Dias sobre o JAC T6? Então confira o vídeo da “Avaliação do Reparador” com o SUV no Canal TV Oficina Brasil no YouTube: http://bit.ly/JAC-T6