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Ford Fusion recebe novo visual e motorização 2.0 EcoBoost oferece até 248 cv


Sedã grande da montadora americana traz mais tecnologia e segurança no modelo 2017, tanto para os usuários do veículo como para pedestres

Por: Vinícius Montoia - 11 de novembro de 2016

Para definir a importância do Fusion no segmento de sedãs grandes, e a possibilidade de ele aparecer na sua oficina em breve, vou citar alguns números: foram 250 unidades comercializadas do modelo em setembro e, ao longo do ano, 2.641. Os seus concorrentes mais diretos, como Hyundai Azera, VW Passat e Honda Accord tiveram, no acumulado do ano, 219, 149 e 111 emplacamentos respectivamente.

Na parte da frente são novos os faróis e os faróis auxiliares
Agora se compararmos o desempenho de vendas do Fusion ao dos sedãs de marcas premium, levando em consideração o preço, o Audi A5 teve 468 emplacamentos, o BMW 320 ficou com 2.605 e o Mercedes-Benz Classe C com 3.044 até o fechamento de setembro. Ou seja, o Fusion tem números expressivos. Por quê eu te contei tudo isso? Para que você saiba com o que poderá lidar daqui dois anos, ou até menos.

DADOS TÉCNICOS
Ford Fusion 2.0 EcoBoost

Motor: 2.0 EcoBoost

Tipo: quatro cilindros em linha, transversal

Cilindrada: 1.999

Potência máx.: 248 cv (G) a 5.500 rpm

Torque máx.: 38 kgfm (G) a 3.000 rpm

Tração: 4x4

Transmissão: automática, 6 velocidades

Peso: 1.691 kg

Comprimento: 4,87 m

Largura: 1,85 m

Altura: 1,49 m

Distância entre-eixos: 2,85 m

Porta-malas: n/d

Tanque de combustível: 68 litros

Rodas: 18”, em liga-leve

Pneus: 235/45 R18

Suspensão D/T: McPherson / eixo de torção

Freios D/T: disco ventilado/ disco sólido

Desempenho

Aceleração 0 a 100 km/h: n/d

Velocidade máxima: n/d

Consumo inmetro

Cidade: 8,6 km/l (G)

Estrada: 11,7 km/l (G)


“O Ford Fusion está na vanguarda em tecnologia para a segurança, desempenho e conectividade”, afirmou Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul, durante o lançamento do novo modelo. 

O sedã vem bastante equipado na versão topo de linha, mas falaremos disso adiante. Primeiramente, vamos ao que mudou pouco: o motor EcoBoost de dois litros ganhou 6% de desempenho comparando com o modelo anterior, e gera 248 cv a 5.500 rpm (14 cv a mais) e 38 kgfm de torque a 3.300 rpm. Segundo a marca, esse propulsor disponibiliza 95% do torque a 1.750 rpm. “A curva de torque é mais rápida e se mantém plana. O motorista vai sentir isso na forma de respostas mais rápidas e ainda mais esportividade”, falou Fábio Spironelli, gerente de Engenharia da Ford América do Sul.

A traseira tem um grande aerofólio e um vinco cromado que invade as lanternas
O propulsor 2.0 tem novo turbo pulsativo “twin-scroll” e coletor de escape integrado ao cabeçote com duas câmaras independentes, além da taxa de compressão elevada, sistema de injeção direta aprimorado e o uso de um novo balanceador dinâmico de alumínio, que contribui para reduzir em 2,75 kg o seu peso. Há um sistema Start-Stop para economizar combustível. “Esse sistema tem funcionamento suave e opera de modo praticamente imperceptível para o motorista. Além disso, ele não desliga o motor se o ar-condicionado estiver sendo usado no máximo ou a bateria estiver com baixa carga, e também pode ser desativado pelo usuário”, afirma Spironelli.

Também de acordo com a fabricante, o motor 2.0 EcoBoost ficou 7% mais econômico. A transmissão é automática de seis velocidades e tem aletas para trocas das marchas atrás do volante. O seu seletor rotativo no painel, parecido com o que já se vê em alguns veículos Jaguar e Land Rover, é chamado de E-shifter e ganhou novas funções. Agora há o recurso “low”, que aciona o freio-motor na versão 2.5 Flex e o Sport na versão 2.0 EcoBoost para trocas mais esportivas. De acordo com a Ford foram feitos mais de 80 mil quilômetros de testes de rodagem.

A grade dianteira com controle ativo é um novo recurso para melhorar a eficiência aerodinâmica. Suas aletas se abrem ou fecham automaticamente de acordo com a necessidade de refrigeração do motor. Quando a entrada de ar não é exigida, o fechamento ajuda a reduzir o arrasto do vento.

Segundo a Ford, por conta da construção do motor, que tem bloco e cabeçote em alumínio, duplo comando de válvulas variável e injeção direta de combustível, o Fusion 2.0 EcoBoost consegue fazer 8,6 km/l na cidade e 11,7 km/l na estrada.

CONFORTO E CONVENIÊNCIA

Segundo a marca, o Fusion ganhou uma nova calibração na suspensão e ficou 12 mm mais alta, ajudando o carro a não raspar tanto o “bico” nas valetas e lombadas. Mas o conforto continua o mesmo, tanto por parte da suspensão quanto pela ergonomia dos bancos.

Bem costurados, os bancos revestidos de couro estão na medida certa para encarar viagens de longas distâncias, tanto na dianteira quanto atrás. Para motorista e passageiro eles têm regulagem elétrica, memória, aquecimento e refrigeração na versão Titanium. O painel tem acabamento suave ao toque na cor preto Ebony.

Interior continua com o mesmo desenho da geração anterior, exceto por um pequeno detalhe...
O Fusion 2017 Titanium AWD, topo de linha que custa R$ 154.500, vem equipado com duas novidades importantes: o piloto automático adaptativo com “stop and go”. A diferença em relação ao modelo anterior é que ao reduzir a velocidade, abaixo de 15 km/h, o piloto automático adaptativo (ACC) do Fusion desligava e o motorista deveria acionar os freios para parar o veículo. Ou seja, não era dos melhores sistemas disponíveis no mercado, que já conseguiam parar no trânsito e voltar a andar pouco tempo depois. Agora essa tecnologia é chamada pela Ford de “semiautônoma” e aumenta o conforto e segurança dos usuários do novo Fusion.

Além de manter a velocidade programada do veículo, ele permite selecionar a distância segura do carro à frente e, se o trânsito parar, é capaz de frear totalmente, voltando a acelerar se o fluxo for retomado dentro de três segundos. Depois desse tempo o sistema precisa ser reativado. “Se um veículo lento é detectado, reduz automaticamente a velocidade para manter a distância determinada. Um gráfico no painel com o desenho do carro indica a velocidade e a distância do veículo à frente representada por barras”, completa o engenheiro Fábio Spironelli.

A outra novidade importante é o sistema de detecção de pedestres, que opera de modo semelhante ao de alerta de colisão. Rastreando por radar e câmera a movimentação de pessoas à frente do veículo, em velocidades de 3,6 a 80 km/h, ele consegue frear o carro completamente ao verificar que há um pedestre na via.

Já o sistema de alerta de colisão com assistência de frenagem funciona até a velocidade máxima do veículo. Ele dispara um alerta sonoro e visual ao detectar a possibilidade de colisão com um veículo à frente, ao mesmo tempo em que pré-carrega os freios para uma resposta mais rápida. Se o motorista não esboçar reação, o veículo pode desacelerar e parar automaticamente. “Mas o motorista continua sempre a ter prioridade nos comandos: se decidir por uma manobra evasiva, por exemplo, acionando o acelerador e a direção, a sua ação se sobrepõe ao sistema”, explica Fábio Spironelli, gerente de engenharia da Ford América do Sul.

... o câmbio, agora chamado de e-shifter, passa a ser este seletor redondo, substituindo o antigo sistema
Além disso tudo, o veículo ainda vem equipado com sistema de monitoramento de pressão dos pneus, mostrando a calibração de cada um individualmente; sistema de permanência em faixa; detecção de cansaço, que é capaz de identificar a fadiga do motorista, quando a câmera frontal detecta saídas constantes do carro da faixa de rolagem, disparando alertas sonoros e visuais no painel; monitoramento de ponto cego; estacionamento automático; sistema pós-acidente, que ativa a buzina, o pisca-alerta e destrava as portas nessa situação e Assistência de Emergência, que liga automaticamente para o serviço de atendimento médico de urgência, o SAMU, em caso de acionamento dos airbags ou corte de combustível.

Para segurança dos usuários há também sistema Isofix para cadeiras infantis, câmera de ré, alarme perimétrico, cintos com airbag na parte traseira e oito airbags na cabine.

BEM DESENHADO 

O novo Fusion chega ao mercado com novos faróis, lanternas, parachoques e rodas. Os faróis totalmente em LED, oferecidos nas versões Titanium, ligam e desligam o farol alto automaticamente para não ofuscar os outros motoristas, através de auxílio de uma câmera frontal com alcance de mais de 700 metros, segundo a fabricante. O perfil deles foi afilado. “Os faróis são a joia do exterior do novo Fusion, com riqueza de detalhes de design e acabamento. Eles trazem recortes, aletas, áreas vazadas e cromadas que criam contrastes e a sensação 3D”, explica Adília Afonso, supervisora de Design da Ford América do Sul.

O veículo tem 4,87 metros de comprimento e 2,85 de entre-eixos. A grade cromada foi alongada, refinando o formato hexagonal. Na lateral do veículo há um desenho contínuo da carroceria e traseira curta. A traseira ganhou lanternas com novo desenho e luzes de LED, que avançam pelas laterais e a tampa do porta-malas. Elas são unidas por um novo friso cromado, criando um conjunto que traz a sensação de que o carro é mais largo. O aerofólio integrado na tampa dá um caráter esportivo ao sedã. A versão Titanium inclui ponteiras duplas de escapamento.

As rodas de liga leve de 18 polegadas também são novas. Nas versões SE e SEL as cores são perolizadas; já na Titanium a roda é diamantada, em prata com fundo preto. O novo Fusion tem sete opções de cores e chega nas seguintes versões e preços: 2.5 Flex SE por R$ 121.500; 2.0 EcoBoost SEL, novidade na linha, oferece uma opção intermediária nessa motorização por R$  125.500; 2.0 EcoBoost Titanium FWD por R$ 138.000 e 2.0 EcoBoost Titanium AWD, que custa 154.500.