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Após sucesso na Europa, Citroën Jumpy chega ao Brasil com adaptações e motor inédito no país


Em menos de 12 meses após sua apresentação na Europa, o utilitário chega como a primeira grande ofensiva da marca em veículos utilitários leves

Por: Caique Silva - 03 de janeiro de 2018

Com direção eletro-hidráulica, motorização 1.6 Turbo Diesel BlueHDi e câmbio manual de seis marchas, o Jumpy tende a ser uma nova referência no segmento.Em duas versões, furgão e passageiro, o lançamento da Citroën é um utilitário com a dirigibilidade de um carro de passeio e promete apimentar a disputa diante dos concorrentes.

O carro foi adaptado para a América Latina (Brasil e Argentina) de acordo com as necessidades e maior exigência dos utilitários nestes locais para atender à grande demanda. O Jumpy ganhou 100 kg a mais de carga útil em comparação com seu modelo europeu, além da suspensão elevada em 10 mm. A caixa de câmbio, outro item muito importante, foi encurtada em 6%, o que faz o veículo responder cada vez mais rápido quando há necessidade de uma segunda marcha mesmo carregado.

Além das mudanças e adaptações do modelo que já conquistou seu espaço na Europa, para o Brasil o Jumpy chega com a largura total de 2,2m, comprimento de 5,3m, entre-eixos de 3,2m e altura de 1,93m. A potência máxima do utilitário é de 115cv e 30 kgfm de torque.

Inovação

O Jumpy possui o Moduwork, que chega como um grande diferencial no mercado. Ele consiste no rebatimento do banco dianteiro e abertura do separador de cabine, que fazem com que o veículo ganhe mais 1,15 m de comprimento útil, podendo carregar materiais de até 4 m.

Plataforma compartilhada

Assim como o último lançamento que apresentamos no mês passado, o Novo Polo, a Citroën também apresenta seu novo modelo com uma plataforma modular compartilhada, a EMP2, também presente no Brasil noC4 Picasso e Grand C4 Picasso.Esta plataforma, que foi modificada especificamente para o Jumpy, se beneficia de uma estrutura reforçada que recebe um conjunto de suspensões dianteira e traseira específicas. Ela suporta assim, uma carga útil de até 1.500 kg.

Apesar de concorrentes, o Jumpy e o Peugeot Expert são carros exatamente iguais, também compartilhando dessa mesma plataforma e sendo produzido pelo Grupo PSA. O profissional que tiver o conhecimento técnico para reparar um dos veículos do grupo, não terá problema algum quando houver a necessidade de reparar o outro modelo.

Para o reparador independente

Desde 2016 a Citroën já trabalha a aproximação com reparador independente com diversos meios para divulgação de suas informações técnicas e dicas de reparação, além de palestras que acontecem por meio de suas redes de concessionárias. No ano anterior, a Citroën reuniu reparadores em uma grande palestra sobre o lançamento do motor 1.2 de 3 cilindros, o que também acontecerá no lançamento do novo motor BlueHDI 1.6 Turbo Diesel, presente no Citroën Jumpy. Dercyde Gomes, diretor de pós-venda da Citroën do Brasil fala sobre o que espera do novo modelo nas oficinas. “Quando o Jumpy chegar nas oficinas, nós queremos que o reparador já possua o conhecimento sobre esse novo modelo. É claro que um conhecimento básico, afinal ele possui um motor de alta tecnologia que demanda ferramentas específicas, mas algo bem simples”.

Motor 1.6 Turbo Diesel BlueHDi

O novo motor da Citroën, presente no Jumpy, traz como principais destaques tecnológicos:

  • Ser produzido 100% em alumínio (cabeçote, bloco e cárter);
  • Coletor de admissão integrado ao cabeçote, permitindo melhor distribuição do fluxo de ar para a câmara de combustão;
  • Turbina de geometria variável com função overbooster (automática) e intercooler;
  • Sistema de pré-aquecimento do ar de admissão com menor consumo de energia, o que permite partidas a frio mais rápidas (tensão de alimentação 5 V);
  • Bomba injetora de alta pressão, compacta e monocilíndrica, trazendo maior eficiência e robustez;
  • Taxa de compressão mais baixa para um motor a diesel, contribuindo para a diminuição de resíduos no motor e menor emissão de poluentes;
  • Ser equipado com uma correia dentada de longa duração;
  • Bomba de óleo variável;
  • EGR – Sistema de Recirculação de gases do escapamento): um sistema complementar de redução de NOx.

Além também do Sistema BlueHDi: a tecnologia que elimina até 90% de óxidos de nitrogênio (NOx) e 99,9% das partículas.

Como é sabido, um motor a diesel emite poluentes provenientes da combustão: hidrocarbonetos não queimados (HC), monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e partículas. Por meio do BlueHDi, estes componentes são eliminados em três etapas, a saber:

  • Na primeira, hidrocarbonetos não queimados (HC) e monóxido de carbono (CO) são convertidos em água (H2O) e em dióxido de carbono (CO2) no catalisador de oxidação;
  • Na segunda etapa, há a transformação de óxidos de nitrogênio (NOx) em água e nitrogênio por introdução de AdBlue® (mistura de água e ureia – equivalente ao Arla 32) dentro do catalisador SCR (Redução Catalítica Seletiva);
  • Na terceira etapa, ocorre a redução de 99,9% do número de partículas, dentro do filtro de partículas.

Aqui no Brasil é a primeira vez que esse motor será utilizado, afinal só é permitido o uso de motor a diesel em utilitários ou carros com tração 4x4. “Nos caminhões já são usados motores com a linha de redução catalítica, mas nos utilitários, como o Jumpy, a tecnologia chega agora. Para o reparador que não está habituado a reparar a linha pesada, será o primeiro contato com essa nova tecnologia. O seu diferencial é que o uso do ARLA 32 e o filtro de redução de partícula permitem que o motor trabalhe com uma temperatura elevada, conseguindo tirar uma eficiência energética muito maior, fazendo com que reduza o uso de combustível e aumente a potência e torque. Isso é tudo o que um cliente de um utilitário precisa, força e economia”, afirma Dercyde.

“Estamos oferecendo ao mercado brasileiro o que há de mais moderno em termos de eficiência energética, alto desempenho e respeito ao meio ambiente. Este novo motor será, certamente, a nova referência tecnológica no segmento de veículos utilitários”, afirma Lucas Lins, chefe de produto da Citroën do Brasil.