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Brasil é o país que mais ganha medalhas na WorldSkills 2015: 11 de ouro


O Brasil foi o campeão no número de medalhas, com um total de 27

Por: Da Redação - 14 de setembro de 2015

De 12 a 15 de agosto, estudantes de mais de 50 países tiveram a oportunidade de participar de programas voltados para o multiculturalismo, conferências nacionais e internacionais e atividades interativas, na WorldSkills São Paulo 2015, a maior competição de educação profissional do mundo.

O Brasil foi o campeão no número de medalhas, com um total de 27 (11 de ouro, 10 de prata e seis de bronze), o melhor resultado do país na World Skills Competition desde 1983.

Participantes de três países receberam o prêmio Albert Vidal, que reconhece os melhores desempenhos na Competição: o brasileiro Luis Carlos Sanches Machado e o sul-coreano Jeong Woo Seo, que competiram em Tecnologia Automotiva, e a britânica RianneChester, da ocupação Estética e Bem-Estar.

Roberto Spada

Realizado pela primeira vez na América Latina, a WorldSkills 2015 (43ª edição do evento) recebeu mais de 250 mil visitantes, número bem acima da média esperada.

Em entrevista exclusiva, o presidente da WorldSkills no Brasil, Roberto Spada, contou ao Jornal Oficina Brasil como a vinda de uma competição internacional contribuiu para o desenvolvimento da formação e educação técnica no país. Acompanhe:

Jornal Oficina Brasil: Qual a importância da WorldSkills vir para o Brasil, em relação aos nossos estudantes e para o país?

Roberto Spada: A importância da projeção do Brasil para o mundo, no sentido de ter uma estrutura técnica, toda infraestrutura de tecnologia em termos de equipamentos, máquinas, ferramentas, instrumentos e toda a parte de hardware e software, mostrando para o mundo a nossa força e as forças das instituições Senai e Senac, que  juntas, puderam realizar esse evento. Além disso, trata-se de um espaço vocacional com 50 profissões, onde os jovens das escolas públicas e particulares, ou seja, todos os visitantes (aproximadamente 220 mil) puderam ver nesse espaço todas as profissões e fazer uma análise, uma opção de profissão futura. 

Há também um ganho institucional, porque as empresas parceiras e patrocinadoras acabam colocando a sua tecnologia e os seus produtos e isso ganha visibilidade mundial, pois estavam presentes as instituições de educação profissional de mais de 70 países. 

JOB: Vimos que a WorldSkills não vive apenas de competição. Também houve um encontro entre ministros de vários países, como Coreia do Sul e muitos outros. Esse encontro serviu para os nossos ministros verem o que falta para a educação nacional?

RS: Na verdade, o processo permite que as lideranças políticas, empresariais e educacionais tenham um momento de encontro, com troca de experiência, no qual o Senai teve a honra de receber visitantes em suas unidades de ensino. O grande benefício desse processo é mostrar que o Brasil, que era o país do futebol e do carnaval, tem uma grande projeção da educação profissional, porque nesses últimos anos o Brasil está no top five do mundo em educação profissional, sendo número um no ranking de medalhas. 

Evento aconteceu de 12 a 15 de agosto

JOB: E para o setor de reparação independente, que movimenta muitas cifras no Brasil todo ano, qual a importância da WorldSkills para a reparação independente? 

RS: Se pensa hoje de uma forma bem mais avançada no aspecto de que todo o serviço de manutenção e reparação é estratégico para qualquer empresa no mundo, seja em qualquer área. Mas se pegarmos o setor automobilístico, temos mais de 40 montadoras, se somarmos tratores, caminhões e carros. A partir do momento em que você tem, seja nas montadoras ou no mercado de reposição, veículos de marca e tecnologia mundiais, você precisa oferecer ao mercado profissionais competentes, para o reparo e manutenção dos veículos, de padrão mundial. Ou seja, precisa-se de profissionais com competências tecnológicas e qualidades de referência mundiais.

E como é que você obtém isso? Viabilizando uma competição, na qual os melhores do mundo estão presentes, não só o competidor, mas seus avaliadores, e todo o corpo de profissionais que trabalham a formação profissional nos diferentes níveis de processo, para que se posso estimular os jovens na busca da excelência.