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Missão empresarial Itália identifica que Europa vai em direção das oficinas


Redes disputam as empresas de reparação de veículos numa prova que o modelo de negócios adotado no aftermarket europeu coloca a oficina independente no centro das atenções

Por: Direto de Bologna - 15 de junho de 2015

Compuseram a comitiva os seguintes profissionais: Da esquerda para direita: Silvio Silva (Presidente do Sindirepa Goiás; Luiz Sergio Alvarenga (Relações Institucionais e Governamentais do Sindirepa Nacional); José Vicente Machado Neto (Gerente Executivo SESI/SENAI Tijuca; Everton Peroni Almeida (Instrutor do SENAI Espírito Santo); Arildo Zanette (Vice-Presidente do SINDIREPA Espírito Santo)

As impressões sobre o mercado europeu também foram reforçadas por eventos e visitas que aconteceram no período da tradicional feira de negócios da reposição automotiva europeia Autopromotec agora em maio. Neste ambiente a missão empresarial, organizada pelo SINDIREPA-NACIONAL, teve a oportunidade de alcançar um melhor entendimento da dinâmica do mercado de aftermarket do velho continente, seus desafios e soluções, muitas delas que podem evidenciar tendências para o cenário brasileiro.

Luiz Sergio Alvarenga (Sindirepa Nacional) e Simone Guidi (Grupauto) responsável pelo marketing da rede Punto Pro na Itália

FEIRA AUTOPROMOTEC
A Feira Internacional Autopromotec, realizada de 20 a 24 de maio na cidade de Bologna – Itália, mais uma vez surpreendeu e mostrou-se com musculatura para continuar fortalecendo o aftermarket automotivo. Equipamentos, máquinas e soluções para as empresas de reparação de veículos não faltaram.  Diante de tal variedade de expositores fica fácil observar que o evento contempla todos os segmentos deste imenso universo, mecânica leve, pesada, carroceria, lavagem, pneumático, lubrificação, sistemas, entre outros.

Comitiva parcial no estande da OCAP. Da esquerda para a direita: Silvio Silva (Presidente do Sindirepa Goiás); Ronaldo Teffeha (Diretor da OCAP Brasil); Jarbas Ávila (Diretor da Editora Photon); Ivano Giordano (Presidente da OCAP); Luiz Sergio Alvarenga (Relações Institucionais e Governamentais do Sindirepa Nacional); Cassio Hervé (Diretor do Oficina Brasil); Paula Giordano (Diretora de Marketing da OCAP); José Vicente Machado Neto (Gerente Executivo SESI/SENAI Tijuca) e Everton Peroni Almeida (Instrutor do SENAI Espírito Santo)

Chamava a atenção na feira, para quem acompanha o evento há mais tempo, o destaque dos estandes formados pelas redes de oficinas, entre elas a Check Star e Grupauto, que foram visitados pela comitiva brasileira.

Sindirepa e Senai dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo em frente ao estande da indústria de autopeças Magneti-Marelli, um dos tradicionais ícones da feira italiana e um dos sponsors da comitiva. A indústria, além de sua vasta linha de autopeças, fortaleceu a imagem de sua rede de oficinas Check Star.

Comitiva parcial em frente ao estande da rede Punto Pro do Grupauto, um dos maiores grupos mundiais do aftermarket e líder na distribuição de autopeças. Aqui no Brasil o Grupauto já opera com a rede PitStop)

Ainda no tour pela feira a comitiva foi recebida pelo Presidente da indústria de autopeças OCAP, Sr. Ivano Giordano, cuja participação na feira este ano tinha um apelo especial pois a empresa está completando 40 anos de atividades.

Comitiva parcial no estande da rede Checkstar da Magneti-Marelli. A chamada “Wewantyou!” dirigida aos reparadores comprova o interesse na oficina independente

A OCAP é um fabricante tradicional de componentes para o sistema de direção e opera tanto como fornecedor das montadoras quando no mercado de reposição. Em termos de montadora se orgulha de estar na linha de montagem original de ícones da indústria automotiva, como Lamborghini.

 

A OCAP está iniciando operações no Brasil sob o comando do Sr. Ronaldo Teffeha, executivo com comprovado conhecimento do aftermarket brasileiro, responsável pelo sucesso de empresas que operam no mercado de reposição e responsável por inúmeras ações bem sucedidas com foco no reparador. Entrada principal da feira, que aconteceu entre os dias  20 e 24 de maio na cidade de Bologna

ENSINO TÉCNCICO DE QUALIDADE
Como escopo da missão empresarial, além do estudo da cadeia comercial da reposição europeia - e reconhecendo que um dos gargalos para o desenvolvimento de qualquer mercado é a formação de mão de obra – o grupo também dedicou tempo na visita de estabelecimentos de ensino.

Comitiva parcial com o Dirigente da escola prof. Salvatore Grillo (de branco à esquerda) / Alunos em aula

Foi possível observar que na Itália não existe uma estrutura tão bem aparelhada como o nosso sistema SENAI, porém fica flagrante o elevado nível da escola pública no país, que investe pesado na formação técnica dos alunos de ensino médio.

Diretor Geral, comitiva parcial, instrutores Lamborghini e Ducati e o professor CosimoVerardo (à direita)

Presidente da EscolaMaria Cristina Casali

Na sequência de visitas, no dia 20 de maio a comitiva se fez presente no Istituto Di Istruzione Superiore Aldini Valeriani, onde fomos recebidos pelo seu dirigente, Prof. Salvatore Grillo e pela Vice-Presidente Licia Marcheselli. A escola fundada em 1844 (171 anos de existência), conta com 50 mil m2 de área, maior escola da Europa, atendendo 2.200 alunos através de 220 professores, e o Estado é o mantenedor.

O parque de laboratórios é impressionante, possuindo até impressora 3D, de modo que a interatividade teoria e prática em uma escola pública identifica a preocupação que é dada à educação no país.

Uma das fachadas internas da escola / Impressora 3D

No mesmo dia visitamos o Instituto Di Istruzione Superiore Fioravante Belluzzi, onde fomos recebidos por seus dirigentes e guiados com muita competência pelo Prof. Cosimo Verardo (30 anos na escola e conhece praticamente todos os alunos). A escola possui 40 anos de existência e possui 20 mil m2 de área, atendendo 1.200 alunos e um corpo docente formado 150 professores, e o Estado é mantenedor. O parque de laboratórios também impressionou, com sofisticados equipamentos, entre eles o de acústica, equipamento único na região e fruto de um elevado investimento. Muito interessante quando passamos na área de equipamentos de tornos mecânicos e de CNC, e fomos apresentados para uma jovem de 15 anos, uma das melhores alunas da área e única menina.

FOTO 14:Laboratório de acústica / Módulo de treinamento Toyota

Comitiva e a Vice-Presidente LiciaMarqueselli

Aqui conhecemos um programa inovador chamado DESI – Dual Education System Italy, nascido do acordo entre os governos alemão e italiano. O projeto, iniciado com as empresas Lamborghini e Ducati, tem como objetivo estimular o jovem que não concluiu os cinco anos de formação total, ou seja, com estes anos ele já sai com diploma e é neste momento que são estimulados através de uma bolsa de 600 euros mensais, além de se interessarem pelo setor automotivo, pois por lá o interesse maior dos alunos está sendo pela informática. São 10 meses de atividade escolar e 10 meses de atividade na empresa, conhecendo linha de montagem e processos em todas as etapas. Segundo os instrutores Prof. Marco (Lamborghini) e Prof. Roberto (Ducati) existe também um grande suporte da empresa de equipamentos Texa, muito respeitada na Itália e com forte presença na feira Autopromotec.

VISITA NAS OFICINAS
Como não poderia deixar de acontecer numa missão desta natureza um ponto importante também foi a visita as oficinas independentes de reparação.

Neste sentido podemos dizer (que com alguma exceções é claro) a oficina Italiana “média” não difere muito da brasileira, tanto pelo número de funcionários, equipamentos, instalações, etc..

A impressão é que o número de funcionários é até o mesmo, pois vimos oficinas bem localizadas na cidade onde o próprio dono, contando com um sistema auricular, fazia o atendimento do telefone ao mesmo tempo em que trabalhava na manutenção dos carros!

Porém foi nesta parte das visitas que a comitiva percebeu com maior efetividade que a oficina mecânica independente é principal elo do mercado de reposição na Europa.

As mudanças na legislação europeia envolvendo o segmento automotivo, e mais especificamente o aftermarket, provocou uma ascensão da oficina independente.

Antigamente (antes destas reformas) o segmente independente era responsável por pouco menos de 30% dos serviços, porém agora a situação é bem diferente.

As montadoras intensificaram as parcerias com as oficinas independentes e que se tornam “autorizadas” do fabricante, também as redes “independentes” (sempre associadas a grandes grupos de distribuidores e fabricantes) passaram a disputar a oficina para fortalecer seus laços comerciais com o elo “gerador de demanda” de autopeças.

A percepção geral que se tem é que o mercado Europeu passa por uma forte consolidação nos elos superiores da cadeia de reposição, principalmente nos steps comerciais que se juntaram para ganhar competitividade, e aí fica faltando “amarrar” o último, e mais importante elo da cadeia: a oficina.

Pois neste ambiente de “última bolacha do pacote” visitamos vários tipos de estabelecimentos, desde oficinas “comuns” até verdadeiros ambientes de sonhos, povoados de Ferraris, Lamborghinis e Masseratis.

No dia 19 de maio visitamos pela manhã a oficina Augusta, fundada em 1956 pelo Sr. Vittorio Poli, passando em seguida para o Sr. Mario Ravaglia e está na terceira geração com o Sr. Ricardo Ravaglia, comprovando as raízes de um empreendimento familiar. A empresa especializada no segmento de funilaria e pintura para veículos leves e pesados sai do padrão do modelo tradicional e mostra uma empresa planejada para atender um processo bem elaborado de uma linha de produção em quatro mil metros quadrados de área em um distrito industrial próximo a Bologna.

Segundo o depoimento do atual gestor e neto do fundador, Sr. Ricardo Ravaglia, os veículos em função das tecnologias, que os deixam mais seguros, estão batendo menos, o que gera menos trabalho, assim  e  estrutura montada, ajustou seu foco de prestação de serviços para uma empresa de solução aos seus clientes, oferecendo lavagem, locação de veículos, corretagem de seguros, serviços mecânicos e pneumáticos.

Um ponto sempre sensível na operação de oficinas de reparação é a relação com as seguradoras. Neste sentido foi identificado que lá na Itália o valor de 51 euros é a remuneração  pela hora da mão-de-obra e que o reembolso acontece em  até 30 dias. Um valor considerado bom pelo gestor da Augusta.  Cabe registrar que na oficina visitada 70% de seu movimento nos serviços de carroceria vem de cias seguradoras.

Outro ponto importante e que diferencia bem da realidade brasileira é que  não existe problema de desabastecimento de autopeças no mundo velho.

Fachada da oficina / Energia solar

Alguns outros aspectos do mercado mostram  que na Itália os impostos são pesados e podem chegar a 45%, no entanto um financiamento privado oferece juros  da ordem de 3% ao ano, já a capacitação da mão-de-obra (no caso da Augusta) é realizada na própria oficina e em parceria  com a indústria quando da parte mecânica e nas lojas de tintas quando da parte de carroceria. Por outro,  nota-se a dificuldade de encontrar profissionais, pois as novas gerações tem tido menos interesse na atividade de reparação automotiva.

Trilhos para movimentar os equipamentos de alinhamento sem mover o carro / Área de lavagem

Como uma típica empresa familiar, anteriormente o pai gerenciava o negócio e a mãe era a secretária, hoje em dia os serviços administrativos aumentaram e para cada 2 produtivos se faz necessário um administrativo.

Área de mecânica / Sala de reuniões

Na Itália cada oficina e cada seguradora possui sua tabela de tempos de serviços, o que segundo Ricardo gera uma grande confusão e por isso a empresa desenvolveu seu próprio software de gestão, o que lhe oportuniza um controle real da alocação da mão de obra.

Comitiva e Ricardo Ravaglia, gerente e membro da família proprietária (de camisa vermelha) / Comitiva parcial na fachada da oficina

Nesta atual gestão a estratégia adotada por esta bem sucedida e moderna empresa de reparação fica evidente: o foco na gestão está integrado ao dia a dia da empresa e agora trabalham forte o “marketing”, apostando em serviços e soluções de olho nas necessidades dos consumidores. Estes dois aspectos (gestão e foco no cliente) tem garantido o sucesso da Augusta, porém é evidente que a espacialização e competência técnica são alicerces muito bem fundados e que pertencem ao “DNA” da família Ravaglia.

No dia 19 de maio na parte da tarde visitamos a Auto Officina Sauro Di Rizolli, fundada em 1964 pelo Sr. Luciano Rizzoli e está na segunda geração , estando a frente hoje seu filho Sr. Francesco Rizzoli. Esta empresa de reparação de veículos de mecânica leve é autorizada Ferrari, Masserati e Lamborghini, o que a torna também uma empresa diferenciada para os nossos padrões, porém, comum no ponto de vista italiano, visto que a Ferrari roda há mais de 60 anos por aquelas terras. Um fato histórico e que vale a pena ser destacado, diz respeito ao Sr. Luciano: trabalhou junto com os míticos Enzo Ferrari e Oscar Masserati, e desde lá vem mantendo sua oficina autorizada.

É de tirar o fôlego, uma oficina “entupida” de modelos Ferrari, Masseratti e Lamborghini! / Outro ângulo do interior da oficina

A empresa trabalha forte os veículos das décadas de 70, 80 e 90, e em média os carros permanecem quatro semanas para terem suas reparações e manutenções concluídas, já os veículos mais novos em torno de tres dias.

Cliente conversando com o reparador / Além da Lamborghini, é autorizado das marcas acima

Na equipe são todos técnicos e não há participação de um engenheiro e notamos que esta situação é comum em todas as oficinas italianas, tal situação contraria  a opinião dos brasileiros, defensores da presença de um engenheiro na oficina mecânica.

Veículos de clientes protegidos / Everton, do Senai Espírito Santo, junto a um dos motores em manutenção

A capacitação dos profissionais é realizada nas  montadoras das quais são autorizados e também em cursos na própria oficina.

José Vicente, do Senai Rio de Janeiro, em frente a um dos motores em manutenção e Silvio Silva, do Sindirepa Goiás, ao lado esquerdo / Comitiva parcial junto ao fundador Luciano Rizzoli (de macacão), clientes,mecânicos e Francesco Rizzoli, filho e atual gestor

Uma das curiosidades é que no momento da visita havia um dos veículos da marca Ferrari da década de 70, de uma série especial, cujo preço está avaliado em um milhão de euros.

No dia 21 de maio pela manhã visitamos a oficina de mecânica leve Gaiani, um estabelecimento similar a que encontramos no Brasil e também maioria na Itália. O diferencial  é que se trata de uma oficina credenciada “Punto Pro”, membro do Grupauto. Outro ponto de destaque é que a mesma oficina também é autorizada da montadora Citroën, situação esta comum na Itália e também em toda a Europa.

Seu proprietário, Sr. Massimiliano Brini, nos revelou que, nos dia de hoje, a mecânica e elétrica costumam andar juntos na Itália, não havendo distinção como vemos no Brasil. Também na maioria das oficinas os próprios donos atuam como mecânicos e possuem equipes pequenas de mecânicos. A visita da comitiva na oficina foi acompanhada pelo agente e promotor da Grupauto/Punto Pro, Sr. Marco Andreassi, que pode dedicar mais atenção ao grupo, uma vez que o proprietário não podia deixar o trabalho ao  mesmo tempo em que atendia os clientes (inclusive pelo telefone, pois dispunha de um auricular que o permitia falar ao telefone e operar as ferramentas), situação comum também no Brasil, pois são negócios de pequeno porte e o dono está à frente da operação, não havendo muito tempo para uma entrevista.

Fachada da oficina / Identificação Punto Pro dentro da oficina no momento

Marco ressaltou que a entrada da oficina na rede Punto Pro se deu para aumentar a demanda, pois o participante recebe os benefícios de uma propaganda mais abrangente, seja ela nacional ou mesmo regional, estimulando os consumidores através de promoções e manutenções como por exemplo valendo-se das estações do ano como eixo de referência, pois os concorrentes também estão se valendo das propagandas e uma oficina isolada não tem poder de alcance. As oficinas, para se tornarem Punto Pro, devem atender requisitos como no mínimo três profissionais, possuir computador, guardar uma distância pré-determinada entre outra oficina da rede, além de outros detalhes. A oficina paga por integrar a rede a importância de 1.800 euros ao ano e pode receber um bônus de 400 euros da Punto Pro se todos usarem o uniforme  e a identificação padrão na empresa. Fazendo parte desta rede, que só na Itália perfaz 1.225 oficinas de mecânica leve, e 150 só na região de Emilia Romagna, onde está a cidade de Bologna, a oficina recebe capacitação profissional, gestão da oficina, marketing e serviços, imagem e visibilidade e acordos e convenções, tornando-se apta a competir em um mercado extremamente concorrido como o  Europeu.

Interior da oficina / Sala de espera

Comitiva com o proprietário Massimiliano e Marco Andreassi da Grupauto Itália/rede Punto Pro

No ambiente de concorrência com as concessionárias, Marco informou que na média estas  cobram o valor de 65 Euros a hora da mão-de-obra, enquanto as oficinas independentes giram em torno de 38,5 Euros e neste caso onde a oficina é membro da rede Punto Pro e autorizada Citroën o valor da mão-de-obra é o mesmo.

O modelo é muito interessante e pode muito bem se desenvolver no Brasil, tomando como base que as oficinas independentes estão sendo assediadas na Europa e este fenômeno deve chegar logo ao Brasil, pois lá como aqui, a demanda do aftermarket nasce na oficina e é o ambiente onde acontece a escolha/aplicação da peça, definição do canal de abastecimento e total influência (como formador de opinião) junto ao  dono do carro.

No dia 22 de maio visitamos a oficina até então autorizada Citroën e que se tornou membro da Rede Euro Repar, cuja mantenedora é o grupo PSA (Peugeot/Citroën) e seu proprietário Sr. Domenico, senhor muito simpático, recebeu a comitiva  uniformizado com seu macacão impecável e limpo.  Aparentando uns  65 anos ou um pouco mais (sua vivacidade e entusiasmo torna-o mais jovem) nos revelou  que atua há mais de 50 anos no mercado e já havia construído sua clientela em torno da marca Citroën, marca da qual era “autorizado”.

No entanto, entendeu que a proposta para se tornar uma oficina “Euro Repar” era oportuna para suas expectativas, pois precisa aumentar a sua demanda de serviços, principalmente para clientes de outras marcas, pois o sistema Euro Repar é multimarca. Ele já integra a rede há  um ano e está satisfeito com o retorno que tem tido, tanto em suporte como nas ações de mídia de massa que ajudam a movimentar a oficina com novos clientes.  Segundo o mesmo, de seu faturamento, 40% representam mão-de-obra e 60% representam peças e só trabalha a mecânica geral, que conforme foi abordado, na Itália abrange também toda a parte elétrica. 

Fachada da Oficina / Sala da área do produtivo com sistema de peças, tempos e catálogos

Acompanhados dos dirigentes da Euro Repar, Sr. Charles Sirot, Angela e Cesare fomos informados que as oficinas pagam 149 euros ao mês para integrarem  a rede e que as oficinas devem respeitar uma distância média de 8 km uma da outra.

Interior da oficina / Comitiva parcial com Sr. Domenico (de macacão), proprietário da oficina, ao seu lado direitoo diretor da Euro Repar Charles Sirot e Angela, que atua como promotora  da Rede

Além dos benefícios de propaganda, as oficinas recebem treinamento e um sistema de catálogo de peças, que também abriga informações sobre reparos e tempo de serviços de todas as marcas de veículos, o que aumenta a produtividade da oficina. Hoje na Itália são 180 oficinas Euro Repar e 15 delas estão na região de Emilia Romagna.

CONVENÇÃO DA GRUPAUTO ITÁLIA

O presidente do Sindirepa São Paulo e Sindirepa Nacional, Antonio Fiola em seu discurso na convenção da Equipauto em Bologna, para uma platéia de mais de mil participantes e Domenico Del Vivo, presidente do GrupautoItáliaNo dia 22 de maio foi realizado no auditório principal do pavilhão de Bologna a Convenção da Grupauto Itália, que possui 40 anos de existência, reunindo cerca de mil participantes, entre eles 250 estudantes. A convenção reforçou a importância da rede formada na Itália por 1.225 oficinas leves da rede Punto Pro, 150 oficinas pesadas da rede Top Truck e 1.000 oficinas “convencionais” (não vai dar para explicar aqui, apenas peguei do catálogo deles, pois existem modalidades de credencimento). No evento fomos recepcionados pelo Diretor Geral da Grupauto Itália, Sr. Diego Belmonte, e na abertura dos trabalhos o presidente da Grupauto Itália Sr. Domenico Del Vivo após suas palavras chamou ao palco o presidente do Sindirepa Nacional, Sr. Antonio Fiola, representando naquele momento as empresas de reparação independente de veículos brasileiras e nelas, os 1.000 pontos da rede PitStop credenciados no mercado brasileiro.

Considerado a maior rede de oficinas da Europa o Grupauto tem nas suas bases de relacionamento com a oficina independente os seguintes pilares:

- Competência profissional;
- Gestão da oficina;
- Marketing e Serviços;
- Imagem e visibilidade;
- Acordos e Convenções.

O número expressivo de oficinas participantes prova que as oficinas estão percebendo valor ao aderirem a esta rede.

Os benefícios se refletem, principalmente, no ganho de eficiência dos estabelecimentos associados.