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Com design renovado e melhorias no sistema de injeção, novo Sentra agrada ao reparador


Carro deixa de ter visual sério e marca começa a apostar na esportividade, mesmo que seja aos poucos. Veículo agora conta com sistema de partida a frio por aquecimento dos bicos mas, principal reclamação é sobre a política de pós vendas da marca

Por: Fernando Naccari e Paulo Munhoz - 14 de julho de 2014

 Nissan Sentra com visual renovado agrada aos olhos, e mecânica já conhecida facilita o reparo

O Nissan Sentra nunca foi um veículo que representou ameaça aos seus concorrentes Toyota Corolla e Honda Civic, mas em sua nova versão, essa história pode mudar. O que o Sentra vendeu no acumulado dos primeiros quatro meses do ano de 2010 (1651 unidades) era equivalente a menos da metade do que o até então líder, o Toyota Corolla, vendeu apenas em abril, 4.790 unidades só em abril. [fonte: FENABRAVE]

Porém, com seu atual facelift, deixando de lado sua cara de ‘tiozão’, o Novo Sentra chegou a ser o terceiro sedã mais vendido do País, ultrapassando o GM Cruze e cada vez mais se aproximando dos rivais. Será que vai passar?

HISTÓRICO

Bem longe do Brasil, o precursor do modelo tem suas origens no ano de 1982 no Japão e atendia pelo nome de Nissan Sunny (FOTO 1). Importado para os Estados Unidos em maio daquele mesmo ano, ganhou seu nome atual [Sentra] e tinha a missão de substituir o compacto Datsun 210 (FOTO 1A) (Submarca do grupo Nissan). 

 

 

Foto 1 e Foto 1a

Depois de passar por quatro gerações no mercado externo, em 2005 o Nissan Sentra começou a ser vendido em nosso País (FOTO 2). Recebendo um pequeno tapa no visual em relação ao modelo comercializado no mercado internacional (FOTO 2A), o Sentra vendido no Brasil não fez sucesso.

 

Foto 2 e Foto 2a

 

 

A [e mais conhecida] versão que chegou por aqui em meados de 2007 (FOTO 3) foi apresentada no North American International Auto Show, em janeiro de 2006. Agora classificado como um sedã de médio porte pela EPA (Environmental Protection Agency – Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), o Sentra encorpou bastante e, quando chegou por aqui, começou a ser mais bem aceito.

Em 2009 o Sentra começou a oferecer a tecnologia flexível em combustível e, em 2010, recebeu uma pequena rejuvenescida no visual através de um sutil redesenho da grade dianteira (FOTO 4).

 

Foto 3 e Foto 4

NOVA VERSÃO
Agora sou jovem! Acho que era isso o que a Nissan pensava quando decidiu renovar todo o design de seu carro. Convenhamos, como dizem os mais antigos, o Sentra sempre foi ‘espartano’ demais. Visual conservador, interior conservador e proprietário conservador. Quem não se lembra da tentativa da Nissan em rejuvenescer o carro à força quando lançou o slogan “não tem cara de tiozão”?

Pois é, não deu certo, mas agora o Novo Nissan Sentra (FOTOS 5 e 5A) perde este estereótipo para ser, na pior das hipóteses, o carro do pai de família de meia idade que ainda gosta de surfar.

 

 

Foto 5 e Foto 5A

Mas a melhor parte é que, mesmo com essa evolução, o sedã não perderá sua clientela fiel, pois consegue mesclar a esportividade à simplicidade, coisa que o Corolla abandonou há pouco tempo e que o Civic nem lembra mais o que é.

Testamos a versão SL do Sentra, veículo cedido gentilmente pela montadora e tivemos boas impressões sobre o mesmo. No habitáculo do veículo, as mudanças foram até mais significativas que externamente. O acabamento interno é de primeira linha, tanto o material emborrachado do painel (FOTO 6) de bom agrado ao toque, quanto o cuidado com os bancos em couro escuro (FOTO 6A).

Foto 6 e Foto 6A

O painel de instrumentos tem aparência simples (FOTO 7), mas é bastante funcional. Destaque vai para a partida do motor por botão (FOTO 7A), sem a necessidade de chave, necessitando apenas que ela esteja no interior do veículo.

 

Foto 7 e Foto 7A

No centro do painel, há também a central multimídia com tela sensível ao toque, dotada de GPS, CD-Player, câmera de ré e rádio AM/FM (FOTO 8).

 

 

Foto 8 e Foto 9

O espaço interno também é um ponto positivo para o sedã. Os ocupantes que seguem no banco traseiro encontram conforto e boa posição para as pernas (FOTOS 9 e 9A). Mesmo em uma posição mais alta que os bancos dianteiros, dificilmente alguém correrá o risco de bater a cabeça no teto.

 

Foto 9a e Foto 10

Foto 11

Mas, se visualmente o Sentra mudou, tudo o que fica por baixo da carcaça permaneceu. O motor 2.0 16V de 140cv quando abastecido com gasolina, e 143cv quando com etanol, recebeu algumas melhorias para privilegiar o consumo (FOTO 10). Aliado a isso, o Sentra mantém o câmbio automático do tipo CVT chamado pela marca de X-Tronic (FOTO 11). Outra evolução é a utilização do sistema Flex-Start que dispensa o uso de tanquinho de gasolina para a partida a frio (FOTO 12).

Essas melhorias permitiram que o Sentra atingisse a média de 6,2km/l de consumo com etanol no tanque. Isso em circuito predominantemente urbano. Em circuito rodoviário, o consumo chegou a 10km/l com o mesmo combustível. 

O carro também roda macio, pois seu conjunto de suspensão parece ter sido melhor calibrado para as ruas brasileiras. O ruído interno com os vidros fechados também é mínimo, percebemos que os orientais trabalharam com zelo neste veículo.

Enfim, se o Sentra não puder enfrentar de igual para igual com seus conterrâneos orientais, que se cuidem os franceses 408, C4 Lounge e Fluence, pois eles terão que suar para brigar com esse bom japonês .

NAS OFICINAS
Mas, para evitar que julguemos um livro somente pela capa, levamos o veículo para ser avaliado na Oficina do Gato, localizada em São Paulo-SP. Lá, o reparador Sérgio Ricardo do Val compartilhou conosco sobre sua experiência com o modelo (FOTO 13).

Com 37 anos de idade, Sérgio está há 8 anos atuando na área. No entanto, se engana quem acha ele relativamente novo na área, pois este aprendeu a profissão desde pequeno com o pai que era proprietário de uma oficina mecânica, mas só depois de mais velho decidiu seguir os passou de seu progenitor.

Numa primeira análise, Sérgio comentou que este modelo apresentou importantes evoluções, as principais estão no amplo espaço para o vão do motor e na estrutura de construção da carroceria. “O modelo antigo possuía um bom espaço para trabalhar, mas este novo é bem melhor. Parece um veículo pensado para a manutenção facilitada. Outro ponto positivo é ver que os acabamentos da carroceria, como pontos de solda etc. parecem ser muito bem feitos”.

 

 

 

Foto 12 e Foto 13

DEFEITOS RECORRENTES
Sérgio relatou que o Sentra não é um veículo que tem enfrentado muito as oficinas mecânicas. “Atendi poucos até hoje. Não vejo muitas falhas recorrentes causadas por desgaste prematuro de peças. O que mais faço são manutenções preventivas, como troca de óleo e pastilhas, mas é claro que sempre há um proprietário mais descuidado que quer fazer do veículo um “jipe”. Assim, problemas na suspensão devido a trafegar descuidadamente em ruas esburacadas, costumam acontecer”.

Na questão reparabilidade, Sérgio disse que o Sentra é um modelo prazeroso para o reparador, pois não possui muitos segredos e dificuldades. “Tudo nele obedece uma sequência lógica, sem muitos segredos. Porém, necessitamos respeitá-lo, pois mesmo não havendo grandes dificuldades com o processo, ainda existem os torques de aperto dos parafusos, das porcas, especificações de peças etc. Lembrando ainda que tudo isso é montado em um bloco de alumínio que, se não tomarmos cuidado, poderemos espanar roscas ou quebrar suportes. Dessa forma, para removermos as velas deste modelo, por exemplo, devemos retirar o coletor de admissão para facilitar seu acesso. Se você não seguir este padrão, observará que não será nada fácil substituí-las. O mais grave é que, tentando forçar sua saída, você poderá danificar outras peças. Embora não seja o correto, já vi vários veículos que foram submetidos à manutenções equivocadas deste tipo”.

CARACTERÍSTICAS
Sobre o motor 2.0 16V de 140cv, Sérgio disse que este é dotado do sistema CVVTCS, ou seja, um comando de válvulas variável (FOTO 14) na admissão e no escape. “Além disso, outra grande novidade é ver o sistema de injeção flex Bosch Motronic passar por uma evolução e já ser por aquecimento do etanol (FOTO 14A). Esta é sequencial e é fasada com o sistema MAF (medidor de massa de ar), e com certeza a estratégia do software é trabalhar com a comparação dos valores obtidos em ‘ar’ e rotação”.

Este sistema é muito utilizado pela Bosch que, embora seja mais caro, tem uma melhor eficiência, pois informa para a ECU a massa de ar correta, calculando junto a quantidade de ar  em volume e a temperatura deste, tudo simultaneamente. “Isso permite que, associada às informações emitidas pelo sensor de rotação, a ECU calcule o tempo de injeção mais preciso, focando em reduzir as emissões de poluentes sem comprometer o desempenho do motor”, acrescentou Sérgio.

Foto 14 e Foto 14A

Sérgio ainda acrescentou que considera os sistemas Bosch Motronic muito eficientes, porém quando apresenta algum problema, o diagnóstico é bem mais complexo que os Magneti Marelli. 

No Novo Sentra, as manutenções corriqueiras serão fáceis. “A disposição do conjunto, na parte inferior do veículo, permite que em uma troca de óleo, por exemplo, o reparador coloque as ferramentas, remova o filtro e escoe o óleo sem dificuldades”.

De acordo com Sérgio, o Sentra possui dois modelos diferentes de transmissão mecânica de seis marchas e ambas são trabalhosas para remover. “Trocar a embreagem dele com essas duas transmissões dá um ‘trabalhinho razoável’, pois temos que retirar o agregado da suspensão. Nesta, ainda há a necessidade de uma atenção redobrada com o sistema de direção, principalmente se o veículo for equipado com airbag. Se sim, é preciso travar o volante de direção para que o Cable Rear (cabo de conexão atrás do volante) do sistema SRS não seja danificado”.

Sérgio acrescentou que, caso não nos atentarmos a este detalhe e o volante de direção ficar solto, o Cable Rear que é um contato espiralado dentro do volante, acaba partindo, deixando o circuito aberto. Disse ainda que esta peça é muito cara e, na maioria dos casos, o reparador não querendo ficar com o prejuízo, tenta repará-lo. “Tentando fazer isso ele acaba cometendo outro erro, pois após esta manutenção, quando o reparador for religá-lo no conjunto,  a bolsa do airbag é acionada, podendo causar sérias lesões ao reparador.

Já em veículos dotados de transmissão a automática CVT (FOTO 15), como o que avaliamos, Sérgio recomendou atenção para a troca do óleo no período correto. “Este deve ser conferido a cada 20.000km e substituído a cada 100.000km”, orientou Sérgio.

 

Foto 15 e Foto 16

O sistema de freio, quando comparado a versão anterior, não sofreu alterações. “É igual ao modelo anterior (FOTOS 16 e 16A), utilizando uma central ABS de quatro canais, quatro sensores e com controle eletrônico de distribuição de frenagem (EBD)”, opinou Sérgio.

Foto 16A

O freio dianteiro possui um par de discos ventilados de 279,4 mm de diâmetro. A espessura da pista é 24,00mm, sendo o valor mínimo desta de 22,00mm. A altura total é de 44,50mm e o diâmetro do furo total é de 68,00mm.

Já o freio traseiro conta com um par de discos sólidos de 292,1mm de diâmetro (bem grandes por sinal). Essa característica permite melhor eficiência e estabilidade no conjunto, pois possui maior área de aderência e dissipação de calor.

No sistema de suspensão e direção, Sérgio não observou muitas mudanças. “Na parte frontal, continua o sistema de suspensão independente McPherson (FOTO 17) (com barra estabilizadora) e que preserva o mesmo layout dos componentes. Mas é bom lembrar que, apesar de robusta, ela não estará imune a danos causados por nossas ruas mal pavimentadas. Assim como no modelo anterior, neste teremos que trocar os coxins do amortecedor com relativa frequência. Inclusive, neste modelo novo, já observo que ele tem uma pequena alteração. Vamos acompanhar para ver se isso foi o suficiente para solucionar a falha ou não”.

 

Foto 17 e 17A

Em nosso fórum do Jornal Oficina Brasil, o reparador Gilberto (gurip) também comentou que este item é problemático. “Já peguei Sentra com problemas no coxim do amortecedor dianteiro o cliente levou o veículo na concessionária e eles diagnosticaram que era as buchas do agregado a causa. Quando pediu, não havia as buchas para reposição e eles só trocavam o agregado inteiro. Foi aí que alguém nos indicou ao cliente para a manutenção. Assim, fizemos os testes tirei os amortecedores e constatei que o coxim do amortecedor estava estourado. O mais curioso é que não havia folga, mas batia feio como se fosse bieleta folgada, mas era o ‘danado’. No fim das contas, o cliente economizou cerca de R$ 6 mil sem trocar o agregado completo”. 

O conjunto traseiro é do tipo convencional com eixo de torção e barra estabilizadora (FOTO 18). “Esta [barra estabilizadora] é bem larga! Pelo o que aparenta, ela manterá o veículo bastante estável, principalmente em velocidades altas e em curvas. Mas, em minha opinião, falta ainda colocar um sistema que permita a regulagem da convergência traseira, assim como ocorre no Civic, por exemplo”.

 

Foto 18 e Foto 19

Mas o Sentra não trouxe apenas um ‘remake’ em sistemas já existentes em versões anteriores. “Esse modelo possui uma direção mais eficiente que seu antecessor, pois esta já é eletro-assistida (FOTO 19)” relata Sérgio.

REPARABILIDADE
Toda evolução é bem vinda desde que o reparador tenha material técnico para trabalhá-la quando for necessária qualquer manutenção. “No sistema de climatização do modelo, que é do tipo ‘digital dual-zone’ (FOTO 20), apesar de oferecer conforto aos ocupantes, para o reparador dá dor de cabeça, pois não temos literatura técnica para nos auxiliar. Quando nos referimos a serviços em geral, mesmo sem algumas informações específicas nós conseguimos resolver algo, mas quando este reparo envolve diagnósticos em componentes no painel do veículo, isso complica muito”, reclamou Sérgio. 

Outro desafio encontrado pelo reparador, também no painel de instrumentos (FOTO 21), é a substituição de lâmpadas. “Quando é necessário fazer essas substituições, devemos ter muito cuidado para remover os acabamentos plásticos que ficam sobre o acesso às lâmpadas. Às vezes, mesmo tendo cuidado, alguma coisa acaba quebrando ou trincando”.

Foto 20 e Foto 21

PEÇAS E INFORMAÇÕES
Estas são as bases para que uma oficina execute um trabalho de qualidade em qualquer veículo de qualquer marca. Mais do que isso, garantem a boa reputação de um veículo perante o mecânico de confiança do cliente (futuro comprador).
Conversamos com Sérgio sobre seu hábito de compra de peças e ele nos contou que, alguns itens mais simples ele costuma encontrar com facilidade no mercado independente, porém, quando se trata de peças internas do motor, transmissão, peças de injeção eletrônica, ABS, SRS, componentes de suspensão, aí a coisa muda de figura. “Quando precisamos de algo da concessionária, vemos que nem ela e nem a montadora mantém peças em estoque, causando morosidade na reposição e chateando bastante a nós e ao cliente. Isso acarreta prejuízo para a oficina, pois carro parado é dinheiro e serviço que deixam de entrar”.

Chateado com essa postura da marca com o mercado independente, Sérgio sugeriu que a montadora realizasse um estudo real sobre a situação da disponibilidade de peças, pois na realidade atual não recomenda este veículo a seus clientes. “Embora seja um veículo de qualidade e que tem tudo para agradar ao proprietário, não posso indicar um carro que nós reparadores não tenhamos condições de consertar”.

Sérgio comentou que, certa vez, comprou uma embreagem de um fabricante conhecido, mas após a montagem, esta produzia vibrações no pedal e incômodo para dirigir. No final, o problema foi sanado somente com uma embreagem genuína. Mas o maior problema esteve no meio deste caminho. “Esta embreagem demorou cerca de 20 dias para chegar na concessionária e, durante esse período, tivemos que ficar com o veículo parado na oficina. Imagina o prejuízo que tivemos? E se fosse uma oficina pequena? Com certeza o prejuízo seria bem pior”.

Assim como encontrar algumas peças, informações técnicas da Nissan são difíceis de conseguir. “Tenho muita dificuldade em consegui-las, pois são poucas as concessionárias Nissan em São Paulo e não tenho amigos nelas que poderiam me ajudar. No caso deste carro, a situação vai se complicar e, para realizar alguma manutenção nele, teremos que utilizar o nosso conhecimento dos modelos anteriores”.

Mas, até para sair de uma certa ‘zona de conforto’, Sérgio nos aconselhou. ‘O KTS da Bosch é um bom equipamento e é dotado de muitos recursos para nos auxiliar em diversos casos, inclusive ele possui alguns manuais de reparação. No entanto, verifico que para os Nissan, as informações são bem resumidas até nesse equipamento”.

Direto do nosso Fórum do jornal Oficina Brasil, o reparador Mauro André Cervo (rlmac) comentou: “Até agora não pegamos ainda em nossa oficina nenhum Sentra com um problema grave. 

As peças são relativamente fáceis de conseguir, pois no mercado paralelo tem muita coisa de marca boa que podemos usar nas revisões do dia-a-dia como pastilhas de freio, velas, filtros, correias, rolamentos, amortecedores, componentes de suspensão, etc. Há cerca de 1 ano atrás, tivemos um caso de problema em sonda lambda de um Sentra e na hora não tinha na concessionária e também não constava em catálogos de marcas renomadas. Aí arriscamos em colocar uma universal planar da Bosch e funcionou muito bem. Já os materiais técnicos são um pouco difíceis de conseguir mesmo. Temos muitos manuais de serviços mas eles não abrangem muito essas linhas japonesas, só tem o básico e ainda assim contém muitos erros. No geral acho um bom carro e acho ainda que o Novo Sentra será ainda melhor em tecnologia e conforto”.

CONCLUSÃO
A Nissan apostou em um visual renovado para fazer o Sentra alavancar as vendas no Brasil. Além disso, o conjunto mecânico permaneceu e recebeu algumas melhorias, como o sistema de partida a frio que dispensa o tanque auxiliar. No entanto, apesar do Sentra ser um bom veículo, a Nissan comete o mesmo erro das coirmãs japonesas [Honda e Toyota] e teima em manter o acesso às informações técnicas quase nulo. Quem consegue algo, é na base da camaradagem e troca de favores entre algumas concessionárias e oficinas, mas quem não tem essa vantagem, fica ‘a ver navios’. Assim, se a montadora decidisse ser pioneira e trabalhar mais assiduamente com o mercado independente, o Sentra, apesar de não possuir o mesmo glamour dos seus irmão japoneses, teria tudo para ter uma melhor aceitação pelo público e teria um grande avanço nas vendas, pois teria o apoio do mercado de reparação independente que, como sabemos, é o principal consultado pelo proprietário no ato da escolha por um novo veículo.

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