O ano de 2014 já começou, e agora?

E foi dada a largada para o ano de 2014. Um ano que promete emoções fortes com uma grande concentração de eventos que sempre mexem com o cotidiano e com o imaginário dos brasileiros. Imagine  só: Carnaval no começo de Março, Páscoa e Tiradentes em um feriado prolongado em Abril, Copa do Mundo de meados de Junho a meados de Julho e eleições gerais em Outubro. Quando é que vamos trabalhar, pode perguntar algum desavisado, mas o fato é que a vida segue independentemente dos que querem que façamos o contrário.

Lembro-me que certa vez tentei justificar um desempenho ruim nas vendas em um determinado mês para meu chefe, que não era brasileiro com a desculpa de ter havido uma feira naquele mês ao que ele respondeu: “Marcelo, essa feira é como a Páscoa, ocorre todo ano e você sabe a data”. Aprendi a lição! Tudo é uma questão de planejamento, se realmente as vendas diminuem na época da feira porque os clientes estarão menos tempo cuidando dos negócios e mais envolvidos com a viagem e a visita, coloque um número menor na sua meta, simples assim.

Do mesmo modo temos que pensar 2014 com os pés no chão. Vários analistas estão prevendo um ano “morno”, com poucas variações macroeconômicas e algumas medidas mais severas na concessão de crédito. E isso é muito bom para a reposição automotiva. Já está comprovado que na escassez do crédito para compra de veículos novos, os donos de carro investem na manutenção dos veículos que possuem e postergam a troca. Mas para aproveitar essa boa maré é preciso estar atento e sintonizar seu negócio à demanda do mercado, aliás, à síntese do Marketing.

Nesta edição trazemos os resultados da pesquisa “Marcas Preferidas 2013” que, neste ano, contou com a participação de mais de 1.600 profissionais da reparação que opinaram a respeito de várias categorias de produtos, tanto em relação à lembrança da marca quanto em relação à compra. Os resultados mostram que ser o mais lembrado (o chamado Top of Mind) não necessariamente se traduz em ser o mais comprado. Fazer parte do dia a dia do reparador requer mais do que uma marca que apresente recall ou lembrança, é preciso entender as necessidades e oferecer um conjunto de soluções que seja percebido positivamente e se converta na opção do reparador, que se reverte em venda.

Estudar o mercado de nossa privilegiada PERSPECTIVA, a oficina mecânica, nos permite oferecer aos interessados no mercado de reposição uma visão isenta e livre da miopia que o calor do fechamento do mês impõe aos tomadores de decisão nos vários elos da cadeia, e que bem usada permite a formulação de estratégias eficientes e eficazes que se convertem em geração de demanda e aumento de market share. Não será isso que realmente buscam os líderes desta nossa indústria? Se assim for, estaremos sempre à disposição dos interessados em entender o mercado “de baixo para cima” e juntos compor a estratégia que melhor se adeque às necessidades financeiras e mercadológicas de quem tem no mercado de reposição seu mercado-alvo.

Estamos bastante otimistas e impressionados com a receptividade que os trabalhos da CINAU têm recebido ao longo dos últimos anos. Alcançamos uma posição que exige de nós manter o extremo profissionalismo e rigor científico que sempre pautou os estudos, análises e pesquisas produzidas ao longo dos 15 anos de atuação da CINAU. Nesta edição apresentamos em primeira mão o “Observatório da Reposição” que traz sumarizados os resultados da pesquisa mensal realizada no estado de São Paulo junto a oficinas mecânicas: o IGD – Indicador de Geração de Demanda que, em 2013, se consolidou como o indicador oficial do mercado de reposição, adotado pelas entidades representativas do setor: Sindirepa SP, Sindirepa Nacional, Andap e Sindipeças. Entender o IGD é antecipar o movimento estratégico da reposição.

Além da pesquisa e do Observatório, nesta edição trazemos também uma interessante entrevista com Ranieri Leitão, presidente da Assopeças do Ceará, que está realizando uma pequena revolução nas terras de Iracema ao reunir os diversos elos da comercialização de autopeças e direcionar os esforços junto a objetivos maiores, sempre com o olhar atento ao que acontece nas oficinas mecânicas.

Enfim, aproveitando o mote da Copa do Mundo: “bola pra frente!” e como sabiamente me explicou o chefe alemão, sem planejamento não há como colher bons resultados.

Uma excelente leitura e feliz 2014 para todos!

Marcelo Gabriel

Diretor da CINAU