Notícias
Vídeos

Diagnóstico Automotivo Avançado no Fórum OB – Iniciativa que incentiva a busca pelo conhecimento


Participantes sugeriram e conquistaram um novo espaço no Fórum, dedicado à troca de informações e experiências, utilizando o osciloscópio como ferramenta de diagnóstico

Por: Jorge Matsushima - 21 de novembro de 2016

A introdução dos primeiros sistemas de injeção eletrônica de combustível mudaria para sempre os procedimentos e conceitos sobre a reparação automotiva, e o que se apresentava como um grande desafio, representava apenas o início de um ciclo permanente de avanços, evoluções e adoção crescente de sistemas controlados eletronicamente. No início, a busca por veículos mais econômicos e menos poluentes foi a responsável pela aposentadoria do bom e velho carburador, mas atualmente, a eletrônica controla praticamente todos os sistemas de um veículo, incluindo itens de segurança como freios, controle de estabilidade, de tração, air-bags, itens de dirigibilidade como gerenciamento da transmissão automática, direção com assistência elétrica, piloto automático, itens de conforto, de comodidade e conectividade entre outros.

Tela com referências (régua) criada por Diogo Vieira e sinal capturado por Mauro Cervo
E neste novo cenário, o diagnóstico automotivo passou a exigir mais conhecimentos por parte do profissional da reparação, e uma capacidade de análise combinada entre o comportamento dos sistemas mecânicos e eletrônicos. Além das ferramentas tradicionais como chaves e alicates, o multímetro, analisador de motor e scanner passaram a integrar a lista de recursos essenciais para se efetuar um bom diagnóstico.

Sincronismo do motor Honda Civic 1.7 coletado por Osair Xavier e editado por Joelson Santos
O scanner então ganhou espaço e relevância, oferecendo a leitura de uma série de informações e parâmetros importantes, e em muitos casos apontando inclusive os componentes defeituosos a serem substituídos. Porém, as leituras padronizadas obtidas via scanner dependem de constantes atualizações da sua base de dados, e mesmo assim, nem sempre as leituras fornecidas são conclusivas. Nessas situações, o domínio de técnicas avançadas de diagnóstico automotivo fará toda a diferença para os profissionais que desejam ir um passo além.

Com este objetivo em mente, alguns reparadores pesquisavam alternativas para explorar e otimizar os métodos de diagnóstico, mas este assunto era mais comum entre reparadores automotivos de mercados mais avançados como Estados Unidos e Europa.

A introdução dos primeiros sistemas de injeção eletrônica de combustível mudaria para sempre os procedimentos e conceitos sobre a reparação automotiva, e o que se apresentava como um grande desafio, representava apenas o início de um ciclo permanente de avanços, evoluções e adoção crescente de sistemas controlados eletronicamente. No início, a busca por veículos mais econômicos e menos poluentes foi a responsável pela aposentadoria do bom e velho carburador, mas atualmente, a eletrônica controla praticamente todos os sistemas de um veículo, incluindo itens de segurança como freios, controle de estabilidade, de tração, air-bags, itens de dirigibilidade como gerenciamento da transmissão automática, direção com assistência elétrica, piloto automático, itens de conforto, de comodidade e conectividade entre outros.

E neste novo cenário, o diagnóstico automotivo passou a exigir mais conhecimentos por parte do profissional da reparação, e uma capacidade de análise combinada entre o comportamento dos sistemas mecânicos e eletrônicos. Além das ferramentas tradicionais como chaves e alicates, o multímetro, analisador de motor e scanner passaram a integrar a lista de recursos essenciais para se efetuar um bom diagnóstico.

O scanner então ganhou espaço e relevância, oferecendo a leitura de uma série de informações e parâmetros importantes, e em muitos casos apontando inclusive os componentes defeituosos a serem substituídos. Porém, as leituras padronizadas obtidas via scanner dependem de constantes atualizações da sua base de dados, e mesmo assim, nem sempre as leituras fornecidas são conclusivas. Nessas situações, o domínio de técnicas avançadas de diagnóstico automotivo fará toda a diferença para os profissionais que desejam ir um passo além.

Com este objetivo em mente, alguns reparadores pesquisavam alternativas para explorar e otimizar os métodos de diagnóstico, mas este assunto era mais comum entre reparadores automotivos de mercados mais avançados como Estados Unidos e Europa.

O PONTO DE PARTIDA

Em 2009, o renomado professor Humberto Manavella, há muitos anos colaborador técnico do Jornal Oficina Brasil, lançou o livro de sua autoria intitulado “Diagnóstico Automotivo Avançado”, que foi uma das primeiras literaturas em língua portuguesa a abordar o assunto em detalhes, oferecendo aos reparadores brasileiros a oportunidade para ingressar nesta importante área de conhecimento, extremamente útil e essencial para a evolução técnica destes profissionais.

No livro, o autor procura estimular o desenvolvimento do raciocínio lógico, deixando de lado as “receitas prontas” para solução de problemas, e para isso apresenta uma coletânea de métodos e procedimentos de diagnóstico; desde os que utilizam ferramentas básicas, como o medidor de compressão e vacuômetro, até aqueles mais sofisticados, realizados com o auxílio do osciloscópio automotivo de armazenamento ou multímetro gráfico, associados a transdutores eletrônicos. Paralelamente, é analisada a aplicabilidade e potencialidade do “scanner” no diagnóstico do motor, através da avaliação dos parâmetros do modo contínuo. Em resumo, o objetivo é fornecer os conceitos necessários ao entendimento e interpretação dos resultados obtidos nos procedimentos de diagnóstico, da forma mais abrangente possível, para que os profissionais da reparação possam selecionar o método mais indicado para cada situação. Mais informações:  www.hmautotron.eng.br/hm.html

O PONTO DE ENCONTRO

Muitos leitores do livro se entusiasmaram com o assunto, e passaram a colocar em prática os conceitos teóricos absorvidos, e foram à luta adquirindo seus osciloscópios e efetuando no dia a dia as leituras e diagnósticos baseado na interpretação dos sinais capturados. O assunto encontrou no Fórum Oficina Brasil um terreno fértil e um ponto de encontro natural para troca de ideias e informações. Um destes participantes pioneiros, Paulo Jovino, publicou de forma muito didática em 2012, os primeiros gráficos com sinais capturados com o uso de um osciloscópio, e acabou reunindo diversos adeptos e entusiastas do assunto, entre eles Diogo Vieira (Auto_Motriz); Sidnei B. Winck; Joelson S.R.; Osair dos Santos Xavier; Ivandel da Silva Gonçalves; João Antonio de Siqueira; Mauro Cervo; Leandro Silva (Leancriss); Adã Carlos Vieira; Natan Weber; Marcelo Reinaldo de Godoy (Marcecavel); Francisco Parizzi Obice e Paulo Rogério, entre tantos outros participantes.

Recentemente, por inciativa e sugestão do reparador Diogo Vieira (Auto_Motriz), foi criada no Fórum Oficina Brasil uma seção dedicada para a divulgação de novos tópico relacionados ao tema, e Diogo comenta: “os frequentadores de fóruns estrangeiros estão bem acostumados com o tema ‘Casos de estudo em diagnóstico automotivo avançado’, e da mesma forma, os reparadores brasileiros mereciam um conteúdo igualmente relevante, numa versão em português, e contemplando a nossa realidade. Ter este espaço aqui no Fórum Oficina Brasil, que tanto nos prestigiou durante tantos anos, é um privilégio, e muito honroso para nós reparadores.”

A IMPORTÂNCIA DESTA TÉCNICA

Diogo lembra que nos primórdios da injeção eletrônica, ainda nos anos 90, era relativamente simples diagnosticar e testar alguns componentes, até mesmo pelo simples método de substituição de peças, que eram poucas, e faz uma constatação: “A situação hoje é completamente diferente, pois a quantidade de sistemas, módulos, sensores, atuadores e redes de comunicação cresceu de forma exponencial. Hoje, diante de um problema na oficina, temos uma situação inversa à dos anos 90, pois não é tão fácil ficar trocando peças para testes, sem contar que frequentemente no Fórum, vemos relatos de peças novas (utilizadas para testes) que também apresentam defeito, dificultando ainda mais uma conclusão adotando este processo. O método por tentativa e erro está praticamente inviabilizado, até porque em muitos casos, colocar uma peça apenas para teste, pode demandar mais tempo para execução do que um serviço normal. E diante da complexidade dos sistemas automotivos, as famosas ‘dicas’ que tanto nos salvaram no passado, hoje não saciam mais. Há uma necessidade de se entender como funciona, e saber efetuar os testes certos para se chegar à causa do problema. Portanto é de fundamental importância que o reparador moderno tenha habilidade com ferramentas para diagnóstico eletrônico, principalmente o osciloscópio, um equipamento que muitos acreditam servir apenas para testes de ignição, mas nesta seção do Fórum, os reparadores mostram com muita competência que esta ferramenta vai muito além, e pode ser usada tanto para o reparador de câmbio, suspensão, motor, ou até mesmo por reparadores de centrais de injeção.”

CASOS DE ESTUDO - A BIBLIOTECA COLABORATIVA

Diogo explica que, atualmente, o principal objetivo dos participantes da seção Diagnóstico Automotivo Avançado é trabalhar na formação de uma biblioteca técnica colaborativa, no melhor estilo ‘Wikipedia’, em que cada reparador pode contribuir, publicando casos resolvidos mostrando as leituras iniciais efetuadas com o problema existente, as conclusões e o raciocínio utilizado para fechar o diagnóstico, a resolução e a leitura final já com o problema sanado.

Outra importante contribuição armazenada na seção são leituras padrões de veículos em perfeito estado, que servirão de referência para casos futuros nos quais reparadores poderão conferir o sincronismo de um determinado motor, conferir os ciclos de injeção e ignição, vazão de injetores, e diversos outros parâmetros.

A seção é rica ainda em exemplos de aplicações dos diversos tipos de transdutores, capazes de gerar sinais que permitem analisar a compressão de um motor a partir da leitura dos gases de escapamento, analisar a eficiência de um coxim hidráulico do motor, do comportamento de componentes da suspensão, avaliar a eficiência de velas, bobinas, sensores, atuadores, motores elétricos, entre outras diversas possibilidades.

COMO PARTICIPAR 

Para participar e interagir na seção Diagnóstico Automotivo Avançado, basta o reparador se cadastrar gratuitamente no Fórum Oficina Brasil, opção Cadastro Premium, reservado exclusivamente aos reparadores automotivos profissionais. www.oficinabrasil.com.br/cadastro