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Aprenda mais sobre direção com auxílio elétrico


Alguns exemplos de utilização da tecnologia estão empregados no Audi Q5, Citroën C3, Nissan Tiida, Volkswagen Jetta, entre outros

Por: Da Redação - 16 de julho de 2010

Até o momento apenas modelos de luxo desfrutam das caixas mecânicas com auxílio 100% elétrico (através de servo paralelo), livre de tubulações e fluído, pois os fabricantes em geral desenvolvem complexos e dispendiosos sistemas interligados com a rede CAN (gerenciamento do motor).

Alguns exemplos de utilização da tecnologia estão empregados no Audi Q5, Citroën C3, Nissan Tiida, Volkswagen Jetta, entre outros. Várias vantagens são presentes neste tipo de sistema, como exemplo o auxílio inteligente, que atua apenas no momento em que se esterça o volante, o auxílio extra, que oferece maior assistência em manobras em baixa velocidade, ajuda no retorno da direção ao realizar uma curva fechada que exigiu muitas voltas do volante, e até mesmo a nova tecnologia denominada de assistência ao estacionamento.

O primeiro veículo a contar com o sistema no Brasil é o Volkswagen Tiguan 2.0 TFSI 2010. O opcional batizado pela montadora de ‘Park Assist’, entra em ação após o motorista selecionar a opção através de um botão no painel. A partir daí a tecnologia reconhece se a vaga escolhida comporta as dimensões do carro e realiza o esterçamento do volante de maneira automática, bastando apenas engatar a marcha à ré e controlar o pedal de freio.

Todas estas novidades alegram os consumidores, mas e o reparador, como fica nesta história? Devemos sempre lembrar que o mercado nacional é diferente da realidade dos países europeus, os quais possuem liberados por lei a venda dos manuais técnicos de cada veículo lançado, assim como os equipamentos para diagnose com acesso a todos os sistemas.

Portanto reparar uma possível avaria neste tipo de veículo em uma oficina independente pode se tornar um pesadelo em nosso país.

Pensando em oferecer a tecnologia da assistência 100% elétrica na direção a grande massa de consumidores brasileiros através dos veículos populares, alguns fabricantes de sistemas de direção estão preparando soluções com estrutura construtiva muito mais simples, barata e fácil de reparar.

Um exemplo é a DHB Componentes Automotivos, que anunciou na feira Automec 2009 uma revolução no segmento, com projetos destinados a veículos com motores 1.0l, 1.4l e 1.6l. Segundo o gerente de engenharia avançada da DHB, Leonardo Lessa, o sistema oferece a vantagem de reduzir o peso total do veículo, elimina a necessidade de possuir fluído hidráulico, evitando, assim, futuros vazamentos, extinção da manutenção da bomba hidráulica (que deixa de existir), além do fim dos ruídos característicos de funcionamento do sistema.

Quanto à economia de combustível, o ganho está na ordem de 5% a 7% em comparação ao sistema hidráulico, pois o servo elétrico consome energia do alternador e bateria somente quando exigido.

Este tipo de solução é desenvolvido para o público brasileiro sem a complexidade dos sistemas europeus, com programação que permite o auto diagnóstico via luzes espia no painel, com codificação simples de o reparador entender. O custo de produção deste sistema para veículos populares será equivalente ao hidráulico, porém em grande escala a tendência é a de redução.

Como desvantagens, o gerente da DHB avalia que pode haver um pré-conceito perante a tecnologia por parte do reparador, porém esta preocupação não deve existir, pois a simplicidade do sistema será tão grande que apenas com o auxílio de ferramentas básicas como o multímetro e ponta de prova serão suficientes para ‘matar’ qual o componente está defeituoso no caso de uma manutenção corretiva.

O servo elétrico pode estar acoplado à própria coluna de direção, ou diretamente à caixa de direção, cabendo a cada montadora escolher a melhor opção. Segundo Lessa, a adaptação do sistema é possível, desde que seja instalada uma caixa que possua o servo elétrico afixado a ela mesma.

O engenheiro da DHB não recomenda, no entanto que os servos sejam afixados à coluna de direção, pois em caso de acidente podem gerar ferimentos às pernas do condutor, além de aumentar as chances de danificar a estrutura do painel do veículo devido o peso extra de aproximadamente 2kg.