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Renegade Trailhawk 2.0 Turbo Diesel 4x4 esbanja classe e performance em qualquer tipo de terreno


Versão top de linha do Renegade honra com méritos a tradição offroad da marca Jeep, e ao mesmo tempo desfilacom muita elegância em solos urbanos

Por: Jorge Matsushima - 14 de setembro de 2015

O segmento de SUVs compactos no Brasil passa incólume pela crise econômica que assola a maioria das montadoras locais, e exatamente neste promissor nicho de mercado, a FCA (Fiat Chrysler Automobilies) entrou forte na disputa com um modelo global atualizadíssimo e com uma gama de configurações extensa que convém separar as versões em dois segmentos, sendo um deles composto pelas versões equipadas com o conhecido motor ciclo otto E-torQ 1.8 Flex, e que competem no disputadíssimo filão enfrentando modelos como o Ford Ecosport; Renault Duster; Honda HRV; Chevrolet Tracker; Hyundai Tucson; Peugeot 2008; entre outros, todos eles com motorização flexível. 

Mas quando se procura um SUV compacto fabricado no Brasil, com motorização diesel, somado a uma vocação genuinamente offroad, aí o Renegade reina sobrerano em um segmento à parte, sem concorrentes diretos.

Nesta edição do Caderno Premium vamos abordar somente as características da versão top de linha, a Trailhawk 2.0 Turbo Diesel 16 válvulas, que entrega 170 cv com um torque de 35,7 Kgfm, tração 4x4 controlada eletronicamente e transmissão automática de 9 marchas. Se por um lado ele custa até 50% a mais do que as versões de entrada, pode-se dizer que o comprador está levando dois carros distintos pelo preço de um. 

E para enriquecer esta avaliação, convocamos experientes reparadores selecionados no Guia de Oficinas Brasil para colocar à prova este badalado Jeep fabricado em Goiana PE: 

Marcos Aurélio (foto 2) da Aurélio Imports, 38 anos e que trabalha desde os 14 anos no segmento. Começou com o pai, Sr. Aurélio, que fundou a empresa em 1987. Marcos atende muitos clientes com carros importados, entre eles SUVsgrandes com motores diesel.

Renato Ragozzini (foto 3 ao centro), 53 anos, 32 anos de mercado e há 24 anos proprietário da Ragozzini Motores localizada na cidade de Sorocaba SP. Trabalha com os dois filhos, Diego Ragozzini (esquerda) e Renato Ragozzini Júnior (direita). A empresa atende muitos clientes com SUVs e picapes com motores diesel.

Edson Roberto de Lara (foto 4), 46 anos, 33 anos de profissão, proprietário da Lara Diesel, empresa especializada no segmento diesel, localizada em Santo Amaro, bairro da zona sul de São Paulo.

DESIGN (FOTO 5)

Por unanimidade, todos consideram que o Renegade é um carro de muita personalidade, pois ele não segue nenhum padrão ou tendência das demais montadoras. Em uma bem sucedida mescla entre os traços clássicos dos lendários JeepsWillys e Wrangler com a modernidade dos esportes radicais, o que chama a atenção são pequenos detalhes de personalização que o associam ao espírito aventureiro. Em cada canto do carro é possível “descobrir” novos detalhes, tais como a grade frontal com 7 recortes entre os faróis redondos; o pictograma dos faróis e grade Jeep gravado nas molduras do altos falantes (foto 6), no suporte do retrovisor (foto 7) e no forro da tampa traseira (foto 7A); uma silhueta de um Jeep Willys escalando a base do parabrisa (foto 8); as inscrições Since 1941 (desde 1941) na moldura da tela multimídia (foto 9); no “X” que remete aos galões de reserva dos Jeeps militares gravado nas lanternas traseiras (foto 10) e base do porta-copos; pequenos mapas na base do porta-trecos do console (foto 11); a marca Jeep nos espelhos retrovisores; etc. O depto de design da Jeep chama esta combinação temática de “TekTonic”.

 

Marcos acredita que o modelo, por ter um apelo mais rústico, deve agradar mais os jovens aventureiros e homens, e acredita que as mulheres preferem modelos mais modernos e delicados como o HRV e Ecosport. Renato não acha pessoalmente o modelo bonito, mas acredita que muitas pessoas devem se identificar com o estilo diferenciado. Edson acredita que o carro transmite solidez e segurança, e por isso deve agradar também o público feminino.

O acabamento interno surpreende pela sofisticação (foto 12), riqueza de detalhes e itens de conforto, além da qualidade do material utilizado, sempre com um toque agradável ao tato.

Dirigindo o RenegadeTrailhawk na cidade

Com as múltiplas regulagens do assento, encosto e volante, fica fácil encontrar uma posição confortável para conduzir o veículo. Edson elogia o apoio para o pé esquerdo, ergonomia do banco, excelente espaço disponível para cabeça e joelhos, com ótimo apoio para as pernas. 

Logo de cara, o excelente torque disponível surpreende a todos, e na sequência, a eficiente atuação da transmissão automática se destaca pela progressividade na aceleração e troca suave e rápida das marchas, sem solavancos ou queda na rotação do motor. Porém, Marcos e Renato notaram um pequeno descompasso na transmissão quando se tira repentinamente o pé do acelerador, interrompendo um processo de aceleração. Renato sentiu uma pequena folga nos componentes da transmissão, provavelmente no eixo cardan; e Marcos chegou a sentir um pequeno estalo no diferencial traseiro, como se algo tivesse escapado, mas o carro prosseguiu normalmente o restante do percurso.

A opção para troca manual das marchas na alavanca ou nos shift paddles (borboletas) no volante multifunções agradou a todos, que elogiaram as respostas rápidas e trocas precisas. Mesmo no modo automático em “D”(drive), é possível intervir manualmente nas trocas.

O baixo nível de ruído interno e a boa geometria e calibração da suspensão em combinação com a carroceria rígida, que absorve muito bem as irregularidades do piso, também chamaram a atenção. Edson observou também que não há barulho ou batida de fim de curso de molas e amortecedores.

Marcos lembra: “para uso urbano o carro é bem interessante, pois tem navegador, bluetooth e entrada USB, afinal, hoje em dia em cidades como São Paulo não se pode ficar sem estes recursos de conectividade. O painel mostra informações importantes como temperatura do motor, do radiador, da transmissão, carga de bateria e calibragem de pneus”.

Todos elogiaram também a excelente visibilidade, tanto frontal quanto laterale para trás através dos eficientes retrovisores (foto 13) e a câmera de ré de alta resolução com guias virtuais dinâmicas. Sensores de proximidade alertam sobre a presença de obstáculos em pontos cegos.

OS ATRIBUTOS OFF ROAD

Diferente de outras SUVs urbanas, o RenegadeTrailhwk ostenta o selo TrailRated (foto 14), concedido apenas para modelos comprovadamente capacitados para a prática offroad, atendendo requisitos como tração; distância do solo; articulação off road; manobrabilidade e capacidade de transpor alagamentos. Na linha Jeep, somente a lendária Wrangler e a Cherokee Trailhawk conquistaram o mesmo selo.

Uma sofisticada engenharia 4x4 Jeep oferece uma série de recursos (foto 15), entre eles: 

Hill Start Assist: Mantém o veículo parado em terrenos íngremes facilitando a transição entre o pedal de freio e o acelerador;

EXCLUSIVOS DAS VERSÕES DIESEL 4X4 

Jeep Active Drive Low: É a tração 4x4 reduzida com a incrível relação 20:1 que permite transpor os obstáculos mais desafiadores;

Hill DescentControl: Monitora o acelerador, velocidade e aplica os freios automaticamente em descidas acentuadas com baixa aderência, permitindo uma descida suave;

SelectTerrain: Seleciona o tipo de tração mais adequado para cada tipo de piso, sendo 4 para todas as versões diesel 4x4, que são: Auto (standard); Snow (neve); Sand (areia); Mud (lama) e uma quinta opção exclusiva para a versão Trailhawk, que é a Rock (rocha). Em cada opção, uma sofisticada estratégia atua nas marchas, acelerador, freios, controle de torque, deslizamento de rodas, distribuição da tração 4x4, bloqueio do diferencial (BLD) proporcionando sempre a melhor e mais segura condição de tracionamento.

Marcos elogiou o sub chassi na parte traseira baixa (foto 16), que serve de apoio e ancoragem aos componentes da suspensão traseira, e do imponente e tecnológico sistema de transmissão traseira com o diferencial e sistema de frenagem controlados eletronicamente. 

Dos três reparadores, Edson foi o único que conseguiu uma pequena oportunidade para simular, ainda que minimamente, uma condição “offroad” em uma ladeira bastante íngreme com inclinação superior a 30°, parando e retomando a subida várias vezes, transpondo uma lombada, subindo lentamente na guia em um dos lados como se fosse um obstáculo natural, e na sequência da subida, em um trecho com água corrente, parou novamente e saiu pisando forte no acelerador; mas os controles eletrônicos impediram o destracionamento, e o carro subiu tranquilamente sem demonstrar o menor esforço ou dificuldade.

Por esta performance, Edson acredita que o RenegadeTrailhawke em breve se tornará uma das opções favoritas também dos jipeiros e amantes de aventuras e trilhas 4x4.

Em uma ladeira acentuada, Marcos testou e aprovou o hill start assistance (assistente de ladeira), e após passar por lombadas, buracos e ondulações nas ruas de São Paulo, considera que este carro é ideal porque as condições urbanas andam piores do que muitas estradas de terra.

Renato gostaria de ver o carro conduzido por um jipeiro experiente que consiga extrair todo o potencial offroad deste Jeep. “Eu acredito que 80 a 90% das pessoas que vão comprar este carro, dificilmente o utilizará em trilhas offroad regularmente. A grande maioria vai utilizá-lo na cidade e em viagens curtas de final de semana”.

Outros dados de destaque exclusivo da versão Trailhawk para enfrentar terrenos acidentados são o ângulo de entrada 31,3°; ângulo de saída 33°; ângulo de rampa 22,8° e altura livre do solo de 223mm. As rodas dianteiras possuem articulação de até 170 mm, e as traseiras vão até 205 mm para transpor os obstáculos. 

NA ESTRADA

Além do conforto e baixo nivel de ruído, a economia é um dos pontos altos do modelo. Segundo a FCA, o consumo médio na cidade é de 12,3 km/l no ciclo urbano, e 15,9 km/l no ciclo estrada. Dados reproduzidos na estrada em velocidade cruzeiro a 120 km/h constantes no piloto automático, e a 1.750 rpm apresentaram um consumo médio de 16km/l (foto 17), que, associado ao tanque de combustível de 60 litros, proporciona uma grande autonomia, que é outro ponto forte deste carro (cerca de 950 km).

Renato ficou com a sensação de que o caro tem muito torque mas falta um pouco de potência na estrada. “Após os 3500 giros, ele começa a perder fôlego. Outros modelos diesel, mas com motores bem maiores, tem características similares. Dá um “coice” na arrancada, e depois vão se acalmando. Mas pela proposta do Renegade, e pelas limitações de nossas estradas, creio que a potência seja coerente”.

MOTOR

O moderno propulsor 2.0 Multijet II Turbo Diesel (foto 18) tem 4 cilindros; 16 válvulas; duplo comando de válvulas no cabeçote com variador de fase; contrapesos no virabrequim que reduzem ruídos e vibrações; sistema de injeção Bosch Common Rail, que trabalha com pressão de até 1600 bar com estratégia de injeções múltiplas de até oito injeções por ciclo de combustão; e turbo compressor VGT com geometria variável e válvula de alívio (wastegate) controlada eletronicamente, proporcionando uma queima eficiente, torque (35,7 kgfm a 1750rpm) e potência (170cv a 3750 rpm) com pegada esportiva, e uma expressiva economia de combustível. 

Para atender os rigorosos níveis de emissões da fase L6 do Proconve (equivalente ao Euro V), Edson aponta uma série de componentes comuns a estes motores, tais como válvula EGR que promove a recirculação de gases de escapamento para a câmara de combustão; filtro de material particulado (DPF) e catalisador diesel. Este motor fabricado pela FPT (Fiat Powertrain) lembra um pouco os motores que equipam a Ducato, mas são de gerações diferentes, e nesta etapa inicial de produção do Renegade em Pernambuco, o conjunto motor e transmissão ainda são importados.

Marcos e sua equipe constataram que a versão Trailhawk vem equipada com um parrudo protetor de cárter (foto 19), bem adequado à proposta offroad, mas que precisa ser removido a cada troca de óleo, pois um recorte existente em formato retangular (foto 20), não coincide com o acesso ao bujão do cárter, que fica posicionado lateralmente (foto 21). 

Já o filtro de óleo, tipo refil (foto 22), tem o melhor acesso pela caixa de roda do lado direito, eRenato Jr. aponta que poderia ter sido instalado em um local um pouco mais acessível.  

Diego acredita que a correia dentada aparentemente tem um espaço razoável para troca, mas ele arrisca que pode ser necessário soltar os coxins e deslocar o motor para ter todo o acesso necessário.

Edson e sua equipe consideram que os espaços para manutenção dos principais componentes são acessíveis e suficientes.

Os atentos Renato Jr. e Diego perceberam um vestígio de vazamento de óleo ou fluido, e logo encontraram uma mangueira trocada recentemente (foto 23), pois estava novinha em relação às demais. Um item para ser anotado, pois o carro tinha somente 3.800 km rodados.

TRANSMISSÃO

Um dos pontos fortes da versão Trailhawk é a eficiente transmissão automática ZF de 9 marchas, muito bem escalonada e calibrada para dosar de forma rápida, mas sempre progressiva, os abundantes 35,7 kgfm de torque. As múltiplas relações permitem conjugar uma tocada esportiva, econômica ou aventureira ao extremo.

Para as rotinas de manutenção, Marcos e sua equipe consideram que o compacto conjunto com o módulo eletrônico acoplado tem um acesso bastante tranquilo para remoção e recolocação (foto 24).

Renato observa que a estratégia eletrônica da transmissão sempre efetua as trocas de marchas no máximo em 4000 rpm, seja no modo manual ou automático, e pela precisão de funcionamento, deve ser um componente robusto que apresentará boa durabilidade. Edson também aprovou o regime de troca de marchas em médias rotações, por volta de 3800 rpm, inclusive nas reduções.

SUSPENSÃO E FREIOS 

As quatro rodas possuem suspensão independente do tipo McPherson (foto 25 e 26), com barras estabilizadoras e bieletas plásticas. Os amortecedores são bitubulares, com melhor absorção de impactos que garante melhor estabilidade e conforto. As bandejas e braços oscilantes são feitos de aço de alta resistência e são mais leves, sem comprometer a rigidez do conjunto.

Os freios são a disco ventilado na dianteira e disco sólido na traseira, todos eles com pinça flutuante. Na traseira constam ainda o corretor de frenagem e atuador elétrico para freio de estacionamento. Os pequenos sensores do ABS fazem a leitura na roda fônica do semieixo.

Marcos vê traços de engenharia da Fiat na suspensão dianteira, e vislumbra que as manutenções preventivas de freio e suspensão serão feitas sem maiores dificuldades.

Renato Jr. e Diego também viram a mesma semelhança, e comentam que o desenho da suspensão dianteira e agregado são parecidos com o do Stillo e da Dobló.

Edson destaca a eficiência dos freios mesmo em pisos irregulares, e a atuação do ABS no pedal é suave e complementa: “Outro detalhe interessante é a nítida atuação do freio motor quando se desacelera no modo “D”. Esta é mais uma vantagem dos motores diesel em relação aos de ciclo otto, pois ajuda a poupar os freios e seus componentes”, conclui.

DIREÇÃO

A direção com assistência elétrica possui torque ativo (drivingsteering torque) que melhora a dirigibilidade e a segurança, e é integrada ao sistema de controle de estabilidade ESC. O volante multifunções tem uma boa pegada e é revestido com couro (foto 27).

Edson, Marcos e Renato comprovaram que, apesar da altura, a estabilidade é muito boa em curvas de alta ou de raio fechado feitas em velocidade, sem oscilações laterais, e concluem que a estratégia eletrônica da direção, em conjunto com o controle de estabilidade, transmitem ao condutor a sensação de que ele tem o veículo “na mão” em qualquer condição.

Segurança e comodidades (assunto importante para as mulheres)

Segundo a Jeep, são mais de 60 itens dedicados ao quesito segurança implementados no Renegade, que o transformaram no primeiro carro nacional a obter as cinco estrelas nos ensaios de crash test realizado pela Latin NCAP (foto 28), tanto para ocupantes adultos quanto para crianças.

E por falar em segurança, além dos air bags obrigatórios para motorista e acompanhante, é possível instalar mais 5air bags para as laterais, cabeça e joelhos do condutor. Os assentos traseiros já possuem pontos para fixação de cadeirinhas do tipo Isofix.  

E para quem pensa em utilizar o Renegade no dia a dia das famílias, e com direito a aventuras nos finais de semana, existem fortes argumentos para conquistar as mulheres também, tais como: carro alto que transmite sensação de solidez e segurança; excelente visibilidade; inúmeros portatrecos espalhados pelo carro; espelhos iluminados no quebra-sol do motorista e acompanhante; câmbio automático com assistente de ladeira; conectividade; sistema Park Assist que estaciona o carro sozinho; ar-condicionado digital dual zone, entre outros.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Para Marcos, o histórico de compartilhamento das informações técnicas com a Jeep Chrysler é complicado. Por outro lado, a Fiat é mais aberta com alguma restrição para modelos mais novos. “Vamos esperar para ver qual será a postura da FCA”. 

Renato costuma resolver o acesso a informações técnicas junto ao Sindirepa SP, e tem bom relacionamento com a concessionária local. Mas pondera: “Sem informações corretas e detalhadas, é temerário mexer neste carro, pois há muita eletrônica e sistemas interligados, e uma única falha pode desconfigurar os demais sistemas”.

Já Edson, cujo foco da atividade é a parte eletrônica do motor diesel, acredita que conseguirá as informações técnicas necessárias junto a empresas de literatura técnica e sistemistas, no caso a Bosch.

PEÇAS

Marcos considera o preço das peças Chrysler abusivos, e um dos fatores que impedem o crescimento da marca no país. “Precisamos ver como vai ficar com a Fiat, mas se seguir o padrão da Journey, em que o jogo de pastilha custa 2 mil reais, a Jeep vai penalizar o cliente”. “Eu prefiro sempre que possível aplicar peças genuínas, pois não me dão de dor de cabeça, e fico na expectativa se a FCA vai melhorar esta política para o Renegade”. O prazo médio para entrega das peças nas concessionárias é de uma semana, e para itens de giro, um ou dois dias. Na Aurélio Imports, o mix de compra de peças é de 40% em Concessionárias; 35% em Importadores e Distribuidores; e 25% no Varejo (variedade e emergenciais).

Já o Edson prioriza a compra de itens genuínos, mas sempre que o preço da concessionária está muito acima da média, encontra preços razoáveis nos distribuidores, geralmente com componentes da mesma marca que está montada no veículo. Por esta razão, seu mix de compra de peças é feito nas distribuidoras (70%), concessionárias (25%) e varejo (5%).

Renato acredita e torce para que a Jeep mude radicalmente sua política de peças e se aproxime mais do modelo de negócios da Fiat, que se não é perfeito, pelo menos permite que os carros da marca tenham um custo de reparação viável, o que não acontece com o Jeep. Na Ragozzini Motores, o mix de compra de peças fica em 20% nas Concessionárias; 75% nos Distribuidores (itens de alto giro) e 5% no Varejo (peças emergenciais e avulsas).

Como é possível perceber pela experiência dos reparadores independentes, a medida que o Renegade for sendo levado na oficina independente, que é a preferência dos proprietários, caso nada seja feito na politica de peças da Jeep, a rejeição ao modelo será grande.

Certamente um grande desafio para o primeiro produto da marca que tem a pretensão de ganhar expressivas fatias de Market share sobre concorrentes com custos de manutenção mais acessíveis. Sem a experiência positiva na oficina independente, será difícil.

RECOMENDAÇÃO

Marcos: Recomendou recentemente o Renegade para uma cliente que pediu sua opinião. Agora conhecendo melhor o veículo, com certeza indicará com mais segurança, mas com uma ressalva para avaliar melhor o preço das peças de reposição. 

“Se a política de peças e pós-venda for boa, o carro será um sucesso de vendas, porque o produto é muito bom!Eu dou nota 8 para o desempenho, que é similar e até mesmo superior ao de modelos maiores, com excelente acabamento, e acessórios e recursos só encontrados em veículos mais sofisticados”.

Renato: “Recomenda a compra sim, pois é um veículo com características únicas. Tem todo o conforto de uma SUV de alto nível, preço razoável pela proposta do veículo, e um motor diesel e pegada offroad exclusivo na categoria. Não dá para compará-lo aos SUVs compactos com motores a gasolina. Para uso urbano, a minha nota é 10”. 

Edson: Recomenda sim pois gostou muito, e pensa seriamente em comprar um. Entre caminhonetes e SUVs que costuma testar, este foi o que mais surpreendeu. Motor 2.0 com muito torque e econômico, e superior a modelos de maior porte e motorização. Carro muito adequado para as ruas esburacadas e irregulares, e para escape em situações emergências, passando por cima de obstáculos sem a mínima dificuldade (segurança). Tudo isso com muito conforto e sem balanço lateral. A manutenção do motor parece bastante tranquila, desde que se tenha acesso às informações técnicas e as peças de reposição.